sexta-feira, 29 de março de 2024

NADA SERÁ COMO ANTES - A Música do Clube da Esquina

                        

    Antonio Carlos Egypto

 


NADA SERÁ COMO ANTES – A Música do Clube da Esquina.  Brasil, 2023. Direção: Ana Rieper.  Documentário.  79 min.

 

Quem lê meus textos, aqui no Cinema com Recheio, sabe que eu valorizo esse ramo do cinema brasileiro, que se dedica, por meio de documentário ou de ficção, à nossa melhor música popular (e à medíocre também).  Nossa música sempre teve muita qualidade para ser reconhecida mundialmente, isso aconteceu e acontece.  É um dos maiores patrimônios do nosso país.

 

O documentário “Nada Será Como Antes” destaca um desses momentos luminosos da nossa MPB, em que um grande número de músicos, compositores, letristas, produziu um trabalho inovador e de altíssima qualidade, a partir de Minas Gerais.  Na origem, no cruzamento entre as ruas Paraisópolis e Divinópolis, em Belo Horizonte, num bar onde se reuniam, entre outros, Milton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes, Wagner Tiso, Toninho Horta.  Daí surgiu um movimento musical que resultaria em um disco histórico, reconhecido como um dos melhores já realizados no Brasil: o álbum duplo, em LP, Clube da Esquina, de 1972.

 

Participam do disco os nomes citados no poster do filme, mostrado acima, outros mais e um ilustre ausente, Fernando Brant (1946-2015), coautor de alguns dos maiores êxitos da carreira de Milton Nascimento.  Todos, os mais e os menos importantes, têm espaço no filme para falar do seu trabalho e do conjunto, expondo sua visão daquele histórico momento musical de que participaram.

 


Clube da Esquina é um feliz encontro de uma turma que se alimentava de jazz, música erudita, música afro, rock progressivo, Beatles, cinema e movimento estudantil de resistência à ditadura militar.  Essas influências são citadas e mostradas pelos integrantes do Clube da Esquina, hoje senhores já idosos.  E há quem aponte as montanhas mineiras como elemento essencial da criação musical que se fazia por lá, com altos e baixos, e picos pouco comuns aos que fazem música ao nível do mar, como o pessoal da Bossa Nova.

 

Seja como for, a diretora carioca Ana Rieper soube explorar muito bem em seu filme essa criatividade mineira, rica em diversidade, mas com um espírito coletivo admirável.  Na base da amizade, se construíram grandes e variadas parcerias, sessões musicais empolgantes, e cada um deles preservou sua identidade musical.

 

O grupo pôde contar, como divulgador, com um dos maiores cantores que já apareceram no Brasil: Milton Nascimento, uma voz belíssima, um timbre marcante, falsetes magníficos e um bom gosto de admirar como compositor.  Essencial relembrar tudo isso que, felizmente, está disponível ao nosso desfrute.  E que nos orgulha.

Este filme marca o retorno da sessão Vitrine Petrobrás, a preços reduzidos, nos cinemas.



quarta-feira, 20 de março de 2024

2 FILMES E 1 MOSTRA


Antonio Carlos Egypto

 

 



 

SAUDOSA MALOCA.  Brasil, 2023.  Direção: Pedro Serrano.  Elenco: Paulo Miklos, Gero Camilo, Gustavo Machado, Leilah Moreno, Sidney Santiago Kuanza.  108 min.

 

Pedro Serrano dirigiu um empolgante e divertido documentário sobre Adoniran Barbosa, chamado “Meu Nome é João Rubinato”.  Agora, ele prossegue com a celebração da obra de Adoniran, realizando uma ficção que toma por base a história de um dos maiores sucessos do compositor: “Saudosa Maloca”.  Adoniran (Paulo Miklos) convive com Joca (Gustavo Machado) e Matogrosso (Gero Camilo), que frequentam um bar, servido por Cícero (Sidney Santiago Kuanza) e onde se destaca Iracema (Leilah Moreno).  A trama é recheada de letras das muitas músicas de Adoniran Barbosa.  Os diálogos se alimentam delas e de encenações radiofônicas do personagem Charutinho, de “História das Malocas”, de Osvaldo Moles.  Assim vai se desenrolando a saga dos despossuídos que acabam despejados de sua maloca, tendo até de tentar trabalhar, em nome do pogréssio, que vão a um samba na casa do Arnesto, que não acontece, e a disputada Iracema termina, como sempre soubemos, atropelada na contramão.  Uma São Paulo, um Bexiga, que já não são os mesmos, é o ambiente em que se move o povo que Adoniran Barbosa conheceu e com quem conviveu de perto, nessa história que, embora contada de forma cômica, na verdade é trágica.  O lamentável é que só piorou e é cada vez menos divertida.  Vale a pena, no entanto, aproveitar a brincadeira tão bem organizada e original desse roteiro.  E curtir o desempenho de um elenco que passa muito amor pela obra e pela figura de Adoniran Barbosa, a começar por Paulo Miklos.  Todos os protagonistas estão muito bem, curtindo seus papéis.

 

 




NO SUBMUNDO DE MOSCOU (Khitrovka Znak Chetyryokh).  Rússia, 2023.  Direção: Karen Shakhnazarov.  Elenco: Konstantin Kryukov, Mikhail Porechenkov, Anfisa Chemykh, Evgeny Stychin.  129 min.

 

“No Submundo de Moscou” é uma divertida aventura russa, inspirada em Arthur Conan Doyle.  Passa-se em Moscou, em 1902, contando com alguns fatos reais da época, criando uma trama que envolve o assassinato de um residente local indiano bem misterioso.  O ambiente é o bairro pobre de Khitrovka, que entra na história porque o famoso ator, encenador e teórico do teatro, Stanislavsky, pediu ajuda ao jornalista Vladimir Gilyarovsky para ver de perto, observar, o comportamento da “Ralé”, que dá nome à famosa peça de Tchekov, em que estava atuando. Anton Tchekov, outra grande figura da época, participa da história também.  Por conta disso, tudo acontece com Stanislavsky e com Gilyarovsky, que acabam desvendando uma complicada e esotérica trama mirabolante.  Um filme policial, de detetive, que explora o exótico em todos os sentidos possíveis.  Por exemplo, a figura de um anão estranho que sopra flechinhas envenenadas certeiras, que matam instantaneamente.  Não falta também uma joia imensa e caríssima, cujo poder vale matar ou correr risco de morte.  Um entretenimento muito bem realizado.  Seu diretor, Karen Shakhnazarov, está vindo ao Brasil para divulgar seu filme por aqui.

 

OJU – MOSTRA DE CINEMAS NEGROS

 

No Cinesesc São Paulo acontece, de 20 a 27 de março, a OJU – RODA SESC DE CINEMAS NEGROS, em sua 3ª. edição.  O evento também ocorre nas unidades Sesc da capital e do interior do Estado.  Destaque para o ótimo documentário de Lucas H. Rossi dos Santos sobre um dos maiores atores e comediantes do Brasil de todos os tempos: Grande Othelo (1915-1993).  O filme chamado “Othelo, o Grande” se vale de um vasto material de arquivo para compor a figura artística de Sebastião Bernardes de Souza Prata, que rompeu todas as barreiras do racismo estrutural para vir a ser o ícone do cinema, e de outras mídias, que foi.  83 min.  Lá está também o doc. “Lupicínio Rodrigues – Confissões de um Sofredor”, de Alfredo Manevy, já comentado aqui recentemente, e muito mais.  Filmes como “Levante”, de Lilah Ella, “Mussum, o Filmis”, de Sílvio Guidane, “O Dia Que Te Conheci”, de André Novais de Oliveira, e vários outros, inclusive curtas.

www.sescsp.org.br/oju



segunda-feira, 18 de março de 2024

O PRIMEIRO DIA DA MINHA VIDA

        

 Antonio Carlos Egypto

 


 

O PRIMEIRO DIA DA MINHA VIDA (Il Primo Giorno Della Mia Vita).  Itália, 2023.  Direção: Paolo Genovese.  Elenco: Toni Servillo, Valerio Mastandrea, Marguerita Buy, Sara Serraiocco, Gabriele Cristini.  121 min.

 

É raro que o autor de um romance se torne também o diretor do filme que adapta o texto literário.  Essa é uma das características de “O Primeiro Dia da Minha Vida”, de Paolo Genovese. 

 

Há muitas outras especificidades no filme, que parte de uma questão que nos ocupa ao longo de toda a vida.  O que acontece após a morte?  Esse assunto é, geralmente, muito explorado pela filosofia e pelas religiões.  Frequentemente, envolve questões morais e a expectativa por uma imortalidade.  O trabalho de Paolo Genovese não vai por aí.  Trilha um caminho mais original sobre o tema.  Mais leve, também, mas não se trata exatamente de uma comédia.  É uma fantasia que nos leva a uma reflexão bastante interessante sobre a vida e a forma como lidamos com seus desígnios e suas agruras.  Por exemplo, quem nunca pensou em como segue o mundo quando eu não estiver mais aqui?  Se faz alguma diferença a minha ausência?

 

Após um suicídio, o que vem em seguida?  Quero dizer, imediatamente após, na primeira semana que se segue ao fato.  Em primeiro lugar, encarar o que se fez e o que motivou o ato.  Buscar uma reparação seria algo possível?  Imaginemos que sim e o processo dessa semana seja conduzido por um homem misterioso, uma figura misteriosa, que não é Deus, nem demônio, nem anjo, nada disso.  No entanto, tem um papel fundamental nesse momento. 




Diante de quatro suicídios ocorridos na noite anterior, o condutor do processo vai reunir um comunicador famoso, da área de motivação, uma atleta jovem, vice-campeã na ginástica de competição, que por uma queda acaba numa cadeira de rodas, uma mulher madura, inconsolável com a morte da filha e um menino de 12 anos, diabético, que comeu 40 donuts intencionalmente e não tomou sua insulina habitual.

 

Toni Servillo faz o homem misterioso de uma forma contida, como convém ao personagem.  E explora bem o inusitado da figura.  Napoleone, o motivador desmotivado com a própria vida, papel de Valerio Mastandrea, exige dele uma ambiguidade constante e uma rejeição à situação em que está.  Que é central para a trama. 

 

Marguerita Buy, no papel de Arianna, explora muito bem o lado materno e acolhedor, mesmo em contexto tão angustiado e desesperador.  Sara Serraiocco, a atleta Emilia, compõe um papel que nos remete à vida em suspenso, com muita clareza.  E o jovem Danielle, de 12 anos, vivido por Gabriele Cristini, compõe o quarteto dos suicidas com alguma leveza e até toques de humor, em meio à circunstância trágica de rejeição de pai e mãe.

 

Acompanha-se o filme com muito interesse, porque é um modo novo de abordar o assunto.  E porque a armadilha do moralismo e da literatura de autoajuda está bem perto, mas não triunfa.  Afinal, é sempre possível olhar os assuntos triviais por outra ótica, buscando um novo ângulo, desviando do que não interessa tratar.  Ainda bem.  Ponto para o romancista cineasta.



 

quarta-feira, 13 de março de 2024

LUPICÍNIO RODRIGUES - CONFISSÕES DE UM SOFREDOR

 

Antonio Carlos Egypto 

 


 

LUPICÍNIO RODRIGUES – CONFISSÕES DE UM SOFREDOR.  Brasil. 2022.  Direção: Alfredo Manevy.  Documentário.  Narração: Paulo César Pereio.  96 min.

 

O longa de estreia do diretor Alfredo Manevy, o documentário “Lupicínio Rodrigues – Confissões de um Sofredor” tem o mérito de destacar o trabalho de um grande compositor, poeta e intérprete da música popular brasileira.

 

O gaúcho Lupicínio Rodrigues (1914-1974) teve composições gravadas por intérpretes de várias gerações, que alcançaram sucesso e se tornaram clássicos, nas vozes de Francisco Alves, Orlando Silva, Ciro Monteiro, Elizeth Cardoso, Linda Batista, Jamelão.  E também de Paulinho da Viola, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Maria Bethânia, Elis Regina, Ney Matogrosso, Marisa Monte.  Enfim, todos os grandes intérpretes da música brasileira beberam na fonte de Lupicínio.

 

O compositor se alimentou das desventuras do amor para fazer suas letras ternas, duras e diretas, machistas também, mas de rara beleza poética.  Pode ser considerado o criador do chamado samba da dor de cotovelo.  Lembremos um trecho de “Esses Moços, Pobres Moços”, quando ele se dirige aos jovens: Se eles julgam que a um lindo futuro só o amor nesta vida  conduz, saibam que deixam o céu por ser escuro e vão ao inferno à procura de luz.  Bonito, não é?

 

Lupicínio, com sua música, aparece inteiro no documentário, todo montado a partir de vasto material de arquivo, incluindo entrevista  e canto com ele e muita música dele em várias interpretações, como citei acima.  Destaque para a linda interpretação de João Gilberto, para “Quem há de dizer”.  E para uma música de Lupicínio que foi indicada ao Oscar 1945, no filme “Dançarina Loura”, sem consulta ao compositor e sem lhe dar crédito.  Era nada mais nada menos do que uma versão instrumental e dançante de “Se Acaso Você Chegasse”.  A mesma canção lançaria a grande Elza Soares ao estrelato, pela genialidade de sua interpretação, em 1960.

 


São muitas as histórias que envolvem a música que ele criou com maestria.  Vamos lembrar mais algumas delas?  “Felicidade” (foi-se embora...), “Vingança”, “Nervos de Aço”, “Cadeira Vazia”, “Nunca”, “Ela Disse-me Assim”, “Volta”, “Maria Rosa, “Loucura”, “Brasa”...

 

Sustentado à base do álcool e das noites e madrugadas de música, bares e mulheres, foi um compositor que ultrapassou seu próprio tempo.

 

Embora marcada pelos valores de sua época, a música de Lupicínio é tão atual hoje, 50 anos após a sua morte, que o filme de Alfredo Manevy, narrado por Paulo César Pereio, com certeza vai entusiasmar todos que forem vê-lo no cinema.  De todas as idades e preferências musicais.  E é muito bom que a música popular brasileira, tão rica e variada, com talentos tão fantásticos, esteja sendo tão bem documentada pelo cinema brasileiro.

 

 

 

sexta-feira, 8 de março de 2024

ERVAS SECAS

Antonio Carlos Egypto

 



ERVAS SECAS ((Kuru Otlar Üstüne), Turquia, 2023.  Direção: Nuri Bilge Ceylan.  Elenco: Deniz Celiloglu, Merve Dizdar, Musab Ekici, Ece Bagci, Erdem Serocak.  197 min

 

O cineasta Nuri Bilge Ceylan é muito respeitado, admirado pelos cinéfilos pelo trabalho de alta qualidade que desenvolve. É só lembrar de “Climas” (2006), “Era uma Vez em Anatólia” (2011), “Sono de Inverno” (2014) e “A Árvore dos Frutos Selvagens” (2018).

 

Em “Ervas Secas”, personagens bem representativos aparecem.  Como um professor de cidade pequena, a escola onde atua, os alunos, os pais, os colegas e a burocracia, que dificultam uma existência mais livre e criativa.  Onde um erro pode pesar muito e as relações de poder podem se dar por coisas menores, comezinhas.  O ciúme, a maledicência, as simulações, correm soltos.  

 

Uma mulher bonita e inteligente precisa vencer não só o machismo e os preconceitos de gênero como os das pessoas com alguma deficiência, que é o caso dela. Tanto naquilo que envolve a visão de mundo e as ideologias, quanto na manifestação humanística da aceitação, da compreensão e da solidariedade.  As coisas são difíceis.  

 


Ao longo de mais de 3 horas brilhantemente conduzidas, o filme flui em consistência e beleza.  A sequência inicial nos remete à neve que se alastra no local, ocupa toda a tela, exceto por um transporte coletivo visto lá atrás e alguém que vem à frente, aos poucos, já dá toda a dimensão do filme.  

 

Essa neve, esse branco, esse frio, representam as relações humanas que não florescem, não se aquecem, não se colorem.  Fora do inverno, vigoram as ervas descoloridas. Desprezíveis, desinteressantes, sem brilho.  E... secas.  Nesse sentido, o filme é realística e simbolicamente pessimista.  

 

A fotografia nos filmes de Ceylan é sempre um espetáculo à parte.  Os enquadramentos perfeitos e as paisagens turcas escolhidas são primorosos.  É um arrebatamento visual, uma experiência muito gratificante. 

 

 

terça-feira, 5 de março de 2024

ANIMAÇÕES NO OSCAR 2024

 

 Antonio Carlos Egypto

 



Animação indicada ao Oscar 2024 e considerada favorita na disputa é O MENINO E A GARÇA (The Boy and the Heron), desenho japonês de Hayao Miyazaki, que é um mestre do gênero e está com 83 anos.  Já levou um Oscar por “A Viagem de Chihiro”, em 2003. Foram 7 anos para conceber e concluir “O Menino e a Garça”, a aventura de Mahito, de 12 anos de idade, em uma nova cidade, após a morte da mãe.  Será que ela morreu mesmo?  O processo de elaboração dessa morte, da aceitação de um novo ciclo de vida com Natsuko, a madrasta, igual a sua mãe (irmã dela?), com quem ele reluta em conviver.  O filme explora a questão do luto, da morte, da velhice, do passar do bastão de seu tio-bisavô e, claro, das muitas lutas que é preciso encarar pela vida.  A animação é muito bonita, cativante.  Seu ponto fraco, para mim, é o excesso de ação, o excesso de lutas.  Mahito não tem de lidar só com a garça, que inferniza sua vida, mas pode ser parceira em algumas situações.  Há um monte de aves hostis, e em bando, que ele tem de encarar.  Isso cansa quem não é grande aficionado das tais batalhas hollywoodianas que enchem os filmes de ação, em que a gente já nem sabe quem luta com quem e por quê.  Aqui, nem tanto, mas o suficiente para cansar.  O filme é complexo, leva em conta desejos, sonhos, expectativas, esperanças e, evidentemente, fantasias.  Por gerar tantas batalhas e variações para alcançar a maturidade e a compreensão, o desenho é longo, passa de duas horas.  Convenceria mais se fosse mais editado.  Mas é um belo trabalho, inegavelmente.  124 min.

 



MEU AMIGO ROBÔ (Robot Dreams), produção da Espanha/França, do diretor espanhol Pablo Berger, também indicado ao Oscar de Animação 2024, é um desenho mais simples, mais tradicional.  Bonito e criativo, também.  É uma ode à amizade, já que Dog compra e monta um robô para poder ter um amigo com quem conviver.  E se dá muito bem, até que seu amigo robô, empolgado pela praia e pelo mar, acaba paralisado pela ferrugem.  Aí o desenho envereda pela fantasia dos sonhos, do que aconteceu, do que poderia ter acontecido ou do que cada um dos dois personagens principais gostaria que acontecesse.  Nesse sentido, o filme é inovador, vai de uma sequência a outra, variando o registro, emociona e diverte.  102 min.

 

 

 

sexta-feira, 1 de março de 2024

PRÊMIO ABRACCINE 2023

Antonio Carlos Egypto

 




Prêmio Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema – para os melhores filmes de 2023 escolhidos pelo voto dos críticos associados.

 

Melhor Filme Internacional

 

Vencedor: ASSASSINOS DA LUA DAS FLORES, de Martin Scorsese

 

 


e divulgou a lista dos 10 mais votados (por ordem alfabética):

  

“Afire”, de Christian Petzold

“Assassinos da Lua das Flores”, de Martin Scorsese

“Close”, de Lukas Dhont

“Os Fabelmans”, de Steven Spielberg

“Folhas de Outono”, de Aki Kaurismäki

“John Wick: Baba Yaga”, de Chad Stahelski

“Monster”, de Hirokazu Kore-eda

“Saint Omer”, de Alice Diop

“Sem Ursos”, de Jafar Panahi

“Tár”, de Todd Fie


Melhor Longa Nacional

Vencedor: MATO SECO EM CHAMAS, de Adirley Queirós e Joana Pimenta




e divulgou a lista dos 10 mais votados (por ordem alfabética):

  

“Capitu e o Capítulo”, de Julio Bressane

“Incompatível com a Vida”, de Eliza Capai

“Luz nos Trópicos”, de Paula Gaitán

“Mato Seco em Chamas”, de Adirley Queirós e Joana Pimenta

“Medusa”, de Anita Rocha da Silveira

“Noites Alienígenas”, de Sérgio de Carvalho

“Pedágio”, de Carolina Markowicz

“Propriedade”, de Daniel Bandeira

“Retratos Fantasmas”, de Kleber Mendonça Filho

“Tia Virgínia”, de Fábio Meira


Melhor Curta ou Média Nacional

Vencedor: CAIXA PRETA, de Bernardo Oliveira e Saskia




e a lista dos 10 mais votados (por ordem alfabética):

 

“Os Animais Mais Fofos e Engraçados do Mundo”, de Renato Sircili

“Cabana”, de Adriana de Faria

“Caixa Preta”, de Bernardo Oliveira e Saskia

“Cama Vazia”, de Fábio Rogério e Jean-Claude Bernadet

“A Edição do Nordeste”, de Pedro Fiuza

“Ela Mora Logo Ali”, de Fabiano Barros e Rafael Rogante

“Mãri-Hi: A Árvore do Sonho”, de Morzaniel Iramari Yanomami

“Pulmão de Pedra”, de Torquato Joel

“Ramal”, de Higor Gomes

“Remendo”, de GG Fákòlàdé