quarta-feira, 26 de junho de 2019

CYRANO, MON AMOUR

Antonio Carlos Egypto






CYRANO, MON AMOUR (Edmond).  França, 2018.  Direção e roteiro: Alexis Michalik.  Com Thomas Solivérès, Olivier Gourmet, Mathilde Seigner, Tom Leeb, Lucie Boujenah.  105 min.


Cyrano de Bergerac é a mais importante peça do teatro francês.  Sua primeira encenação data de 1897 e, desde então, já foi vista nos palcos milhares de vezes.  É um sucesso que teve início no século XIX e permanece no século XXI.  Seu autor, Edmond Rostand (1868-1918), a escreveu toda em versos e tinha menos de 30 anos quando a completou, em meio aos ensaios da primeira encenação.

Dezenas de filmes também foram feitos com base na peça.  Quem for ver “Cyrano, Mon Amour” não se apresse em sair do cinema, uma cena de cada um desses filmes é exibida, e identificada, junto com os créditos finais.

O filme “Cyrano, Mon Amour” é uma homenagem a Rostand, tanto que no original o filme se chama apenas “Edmond”. De qualquer modo, o centro da história é o processo de criação e concretização da peça de maior sucesso de todos os tempos na França e também muitíssimo apreciada em todo o mundo.  Claro, o Cyrano de Bergerac.




O diretor, roteirista e também ator, Alexis Michalik, é ainda o autor da peça teatral que ele escreveu e montou com sucesso nos palcos franceses e que veio a se tornar o filme “Cyrano, Mon Amour”, seu primeiro longa, porém, um trabalho já sólido e maduro.  Ele passou anos estudando o Cyrano de Bergerac, escreveu a peça que conta o processo de criação a partir do autor Edmond Rostand e, finalmente, realizou o filme, já dominando sua própria peça inteiramente e conhecendo fala por fala.  O trabalho tem ritmo, não perde o gás, se passa em grande parte no teatro, mas é tão cinematográfico quanto é teatral.  Na verdade, é também uma bela homenagem ao fazer teatral.

O filme é metalinguístico, é sobre os percalços, dificuldades e prazeres da criação à execução do espetáculo.  Cria-se uma narrativa essencialmente cômica, a partir desse difícil processo, que tem lances dramáticos.  E tudo se passa como filme de época.  No contexto histórico do fim do século XIX.  Um período que testemunhou o nascimento do cinema com os irmãos Lumiére, o que é mostrado, dois anos antes da estreia do Cyrano.  Os primeiros carros, o início da aviação, a popularização da eletricidade, um período eufórico de avanços tecnológicos e artísticos.




Entre os personagens que entram na história de Edmond e seu  Cyrano  estão George Feydeau (1862-1921), papel vivido pelo diretor Alexis Michalik, Sarah Bernardt (1844-1923), vivida por Clémentine Célarsé, e Constant Coquelin (1841-1909), o ator que interpretou Cyrano pela primeira vez no palco, vivido com maestria no filme por Olivier Gourmet.  No papel de Edmond, o jovem e talentoso Thomas Solivérès protagoniza com brilho o seu personagem.  E tem ainda Mathilde Seigner, como Maria Legaut, e Lucie Boujenah, como Jeanne, as intérpretes de Roxanne, e Tom Leeb, como Léo, todos muito bem.

As locações em Praga, na República Tcheca, procuram recriar o clima e os ambientes da Paris daquele período.  O que os figurinos, adereços, penteados, perucas, maquiagem, se encarregam de completar com sucesso.

Uma comédia inteligente, que trata de um tema cultural relevante, especialmente para a França, mas não só para ela, que diverte, informando, e não deixa de oferecer sua quota de dramaticidade e romantismo.  O filme foi visto por mais de 500 mil pessoas na França, foi bem recebido por aqui, na recente estreia do Festival Varilux do Cinema Francês e tem tudo para agradar ao público, pois oferece bom divertimento com qualidade.



segunda-feira, 24 de junho de 2019

MAYA

Antonio Carlos Egypto






MAYA (Maya).  França, 2018.  Direção e roteiro: Mia Hansen-Love.  Com Roman Kolinka, Aarshi Banerjee, Suzan Anbeh, Judith Chemia, Alex Descas.  105 min.


O improvável encontro amoroso entre Gabriel (Roman Kolinka), repórter de guerra, e Maya (Aarshi Banerjee), uma jovem indiana, parece inviável.  Ele, aos 30 anos, já tem experiências de vida muito fortes, enquanto ela é uma adolescente que leva uma vida tranquila, no seu espaço, certamente em busca de voos maiores, mas até aqui as tradições que a prendem falaram mais alto.

Esse encontro se dá porque Gabriel resolve revisitar a Índia de sua infância, sua cidade original, Goa, onde vivem seu padrinho e a jovem Maya, e Mumbai (Bombaim), onde vive sua mãe, de quem ele sempre esteve distante.  De passagem, ele vai a outras localidades da Índia, o que permite à diretora francesa Mia Hansen-Love explorar belezas e sítios históricos do país.

Gabriel acabou de passar por uma experiência terrível, ao cobrir a guerra da Síria e ser sequestrado e cativo dos terroristas do ISIS, por quatro meses, escapando literalmente de ser degolado por eles.  O que aconteceu, de fato, a um colega jornalista.  Mas ele reluta em assumir uma notoriedade e uma espécie de heroísmo, ao lado de outro colega, ambos devolvidos à França numa negociação com o então chamado Estado Islâmico.  Em vez de permanecer em Paris, prefere ir ao encontro de suas origens indianas.




A história é boa, prende a atenção, apesar de que o roteiro claudica em uns tantos momentos.  A filmagem, porém, de muita beleza e atualidade, compensa um pouco isso.  O filme é falado em francês e inglês.

O elenco é muito bom.  A química entre Roman Kolinka e Aarshi Banerjee vai bem, são ótimos desempenhos.  E há sempre uma expectativa no ar quanto ao que pode acontecer.

O que move um correspondente de guerra?  O que ele busca, quando se dirige ao centro do conflito, sabendo dos enormes riscos envolvidos?  Por que caminha para os lugares de onde todos estão fugindo?  Essas são questões que se colocam diante do personagem Gabriel e que não deixam de ser enigmáticas.  Há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe a nossa vã filosofia, diria Shakespeare.  Isso vale para o inescrutável ser humano que, muitas vezes, nos soa como muito estranho, incompreensível, até.  Os caminhos da mente são surpreendentes.





terça-feira, 18 de junho de 2019

SANTIAGO, ITÁLIA

Antonio Carlos Egypto



SANTIAGO, ITÁLIA (Santiago, Itália).  Itália, 2018.  Direção: Nanni Moretti.  Documentário.  80 min.


Nanni Moretti é um realizador muito antenado com tudo o que se passa na sua cidade, no seu país e no mundo.  Ótimo contador de histórias, incorpora a seus personagens e situações um humor cheio de ironias políticas, que buscam avançar na direção de um mundo mais livre, defenestrando figuras conservadoras e autoritárias, como Berlusconi, por exemplo.

Suas ficções flertam com o documental, em vários filmes.  Em “Caro Diário”, de 1993, ele é o próprio personagem e seus passeios de lambreta por toda a Roma não deixam de ser uma bela reportagem sobre a cidade.  “Santiago, Itália”, no entanto, é o primeiro documentário que vejo dele (não sei se ele fez outros, que podem não ter chegado aqui).

Seu estilo característico de dirigir, e mesmo de atuar, está lá.  Fluidez e leveza garantidas.  Mas a forma do documentário se impõe, com muitas imagens de arquivo e entrevistas com as pessoas que estiveram envolvidas com a história que ele vai nos contar. E essa história precisava mesmo ser contada, porque se refere a um momento em que ideais políticos, resistência á truculência e solidariedade humana estavam em alta na Itália.




Em 1973, o Chile passou a viver uma tragédia política e humanitária, a partir do 11 de setembro em que o Palácio de la Moneda, sede do governo, foi bombardeado pelas Forças Armadas do país, com o presidente eleito Salvador Allende dentro dele.  Que optou pelo suicídio, nos fazendo lembrar de Getúlio Vargas, e deixou sua marca na história.  O filme de Nanni Moretti começa antes disso, nos anos felizes e prósperos do governo Allende, que sempre contou com amplo apoio popular.

A ditadura militar que então se instalou, sob o comando do general Augusto Pinochet, foi um estado de exceção marcado pela censura, perseguição, prisão, tortura e morte dos que participaram ou apoiaram aquele governo popular.

A embaixada italiana em Santiago do Chile recebeu, na época, muitas pessoas, que pularam seu muro, relativamente baixo, e lá se abrigaram para salvar suas vidas.  Chegaram a viver dentro da embaixada cerca de 250 pessoas, incluindo crianças.  Os embaixadores italianos Piero De Masi e Roberto Toscano, ouvidos no filme, decidiram conceder asilo a todos esses chilenos perseguidos e muito fizeram para ajudá-los a se adaptar e encontrar emprego e moradia dignos em solo italiano.  Muitos deles lá ficaram, reconstruíram suas vidas e relembram a solidariedade recebida e a acolhida afetuosa que tiveram, inclusive na rua e de moradores das cidades que os receberam, querendo saber deles e do Chile.

O papel que a Itália como país desempenhou nesse momento terrível da vida chilena é mostrado por Moretti como algo inesquecível, que exala humanidade.  E que se perdeu pelo caminho. Na Itália de hoje, o que vigora são o consumo e o individualismo.




O documentário é um belo resgate desses fatos, que merecem ser mais conhecidos e celebrados e que praticamente não circularam por aqui.  Excelente trabalho do diretor, que costuma ser também ator de seus filmes.  Entre seus principais trabalhos estão, além de “Caro Diário”, “Abril”, de 1998, “O Quarto do Filho”, de 2001, “Crocodilo”, de 2006, “Habemus Papam”, de 2011, e “Minha Mãe”, de 2015.  Uma obra inteligente e de grande qualidade.

“Santiago, Itália” recebeu o prêmio Davi de Donatello de melhor documentário e o prêmio Nastro D’Argento, do Sindicato dos Jornalistas Italianos.




quarta-feira, 12 de junho de 2019

DOR E GLÓRIA

Antonio Carlos Egypto





DOR E GLÓRIA (Dolor y Gloria).  Espanha, 2019.  Direção e roteiro: Pedro Almodóvar.  Com Antonio Banderas, Asier Etxeandia, Leonardo Sbaraglia, Penélope Cruz.  113 min.


“Dor e Glória”, de Pedro Almodóvar, centra-se no personagem Salvador Mallo, um cineasta que já traz no nome a convivência dos contrários.  Seu momento atual e suas lembranças são marcados pela dor e pela glória.  A dor, porque, já envelhecido e sentindo-se sem condições de filmar, a razão de ser de sua vida, as doenças tomando conta de seu corpo.  Desde as dores de coluna, as dores de cabeça, os engasgos frequentes, até a depressão pela perda de amores e de vitalidade. 

Uma animação, muito bem realizada, nos mostra o que são essas dores que acometem o corpo, cheia de cores, com didatismo e humor.  Com Almodóvar, a dor também fica divertida.  Como sempre foi nos seus filmes.

A cabeça continua produzindo, escrevendo histórias, a partir de experiências vividas, desejadas ou imaginadas, que agora não se destinarão ao cinema.  Mas também não são contos literários.  Um momento de declínio que produz uma crise existencial.


Banderas, Penélope, Almodóvar e Sbaraglia


Esses belos escritos, que acabarão sendo representados ou filmados, são a revelação de uma vida de criatividade, de sucesso e admiração internacionais, que é evidente.  O relançamento de um filme chamado “Sabor”, realizado há trinta anos e que produziu uma inimizade com o ator principal, faz com que se reate seu contato e, por meio dele, um velho amor reaparece.  A glória também vem das lembranças infantis, da vida na casa caverna, da mãe pobre, forte, batalhadora, do canto que abriu caminho ao estudo patrocinado junto aos padres, do primeiro desejo que se manifesta numa febre.  O talento de escritor e a inclinação precoce na direção do cinema já dominam a cena.  Desde sempre.

Embora hoje doloroso, há um caminho a seguir e não será pela via da heroína que combate a dor, mas escraviza.  Será novamente pelo desejo que novos ânimos poderão surgir.  Não por acaso, a produtora de Pedro e seu irmão Agustín Almodóvar chama-se  El Deseo.  Ele é visto como o motor da existência.

O protagonista Salvador Mallo, brilhantemente interpretado por Antonio Banderas, remete, é claro, à própria figura de Pedro Almodóvar, mas não pode se considerar uma autobiografia.  Aí estão lembranças, recordações, mas também acontecimentos que poderiam ter existido ou serem criados, expectativas, decepções, hipóteses, exageros.  Sentimentos e impressões que passam, se transformam.  Elementos de uma vida que abrem perspectivas para um novo personagem, que dialoga com seu inspirador.  Este, por sua vez, realiza sua autoanálise, encarando a morte como algo já mais próximo e palpável.  Em alguns momentos, até desejável.


Almodóvar e suas atrizes


O filme é lindo, profundo, e traz um time de atores e atrizes magnífico, além de Banderas.  O argentino Leonardo Sbaraglia, como Federico, um ator já muito tarimbado e nosso conhecido do cinema dos hermanos.  Penélope Cruz, sempre luminosa, faz Jacinta, a mãe.  Ambos vivem papéis de coadjuvantes, mas brilham.  Asier Etxeandia, de nome complicado, como Alberto Crespo, e que eu não conhecia, tem um trabalho competente num papel importante.  E outras grandes mulheres estão lá: Nora Navas, como Mercedes, Julieta Serrano, como a mãe já idosa, Susi Sánchez e a  participação de Cecília Roth, que já atuou em tantos filmes dele, compõem um elenco à altura, para esse novo grande trabalho almodovariano.

Há poucos anos, escrevi um livro destacando a sexualidade e a transgressão no cinema de Almodóvar.  O diretor continua fiel a esses temas norteadores, assim como à utilização da metalinguagem.  Em seus filmes, outros filmes e peças são feitos, aqui “Vício” e “O Primeiro Desejo” são as realizações.  O construir artístico, a escrita, a filmagem, a distribuição e exibição dos filmes, o trabalho dos atores e atrizes, além do próprio diretor, evidentemente, enriquecem a experiência cinematográfica do espectador.

“Dor e Glória”, recentemente exibido no Festival de Cannes, teve excelente acolhida.  Levou só o prêmio de melhor ator para Antonio Banderas.  Acho que merecia mais.


  


terça-feira, 4 de junho de 2019

GRAÇAS A DEUS

Antonio Carlos Egypto





GRAÇAS A DEUS (Grâce à Dieu).  França, 2018.  Direção: François Ozon.  Com Melvil Poupard, Denis Ménochet, Swann Arland, Josiane Balasko, Bernard Verley.  137 min.


O assunto é explosivo, já foi tratado algumas vezes pelo cinema, mas está longe de ser solucionado.  Trata-se do abuso sexual praticado por padres na forma de pedofilia, que sempre foi muito encoberto, negado, não admitido, nem punido.  Até que os primeiros casos fossem denunciados, sempre dezenas de anos depois do ocorrido, e aí a bola de neve cresceu de forma assustadora.  Sob o comando do papa Francisco, vem sendo, finalmente, encarado de frente.  Mas ainda falta muito para que essa chaga do catolicismo seja curada.  Se é que é possível, dada a vigência do celibato para os sacerdotes, o gigantismo e a existência milenar da igreja católica, com seus conflitos internos.

Em “Graças a Deus”, uma narrativa ficcional baseada em fatos reais, ocorridos na cidade de Lyon, na França, o diretor François Ozon faz uma exposição clara e metódica de como é difícil lidar com esse assunto.  Quanto desgaste produz, como mexe em estruturas poderosas, envolve e compromete muita gente.

O caso tratado foi o do padre Preynat, que desde os anos 1980, trabalhando na paróquia, no catecismo, em eventos, viagens e acampamentos, abusou de centenas de crianças.  Apesar disso ter sido conhecido pela cúpula da igreja de Lyon, e quando questionado nunca negado pelo próprio abusador, nada foi feito de relevante.  O de sempre: mudança de local ou função e tudo acaba voltando ao que era e a acontecer novamente.




Um dos principais personagens retratados pelo filme é um homem hoje casado, com cinco filhos, que se surpreende revendo o seu abusador atuando com crianças, trinta anos depois do que ele viveu.  Apesar do trauma, do tabu que engoliu os fatos, formando uma cortina de silêncio, resolve agir.  A partir de seus movimentos, reabre um caso por todos aparentemente esquecido e as vítimas começam a aparecer.  O cardeal Philippe Barbarin não corresponde ao que seria de se esperar de um superior que fosse informado de fatos tão graves, tantos anos depois.  Simplesmente, porque já sabia e deixou seguir.  A maioria dos casos já prescreveu, devido ao tempo, e ele comete o ato falho de dizer que  graças a Deus  isso aconteceu.  Daí o nome do filme.

Como se caminha da denúncia à igreja para atingir a justiça comum, fazer a difusão dos fatos pela mídia, organizar um grupo de apoio e institucionalizá-lo é do que trata o filme, num passo a passo importante de ser relatado, para que o público possa entender todo o processo e as enormes dificuldades que são geradas.

Os sentimentos e sofrimentos estão presentes, assim como a descrição das situações de abuso.  Mas tudo isso é mostrado de forma discreta, ou por meio de sintomas, o abuso sexual nunca é encenado.  Não há a mais remota intenção de explorar o tema para chocar, fazer sensacionalismo ou destacar o escândalo sexual.  O trabalho de Ozon em “Graças a Deus” vai ao ponto de forma clara, direta, racional.  A abordagem é política, claro, mas sem proselitismo ou moralismo de nenhuma espécie.  Grande mérito do toque de Ozon, principal cineasta francês da atualidade.  Favorece antes e acima de tudo a reflexão.

O caso de Lyon é único, mas representativo de uma realidade que se multiplicou amplamente pelo mundo, colocando em xeque a igreja e sua omissão, que favoreceu a perpetuação do crime.




Em cada um dos personagens tratados na trama, vão se desvelando questões relevantes para a existência deles, de seu entorno e da sociedade, que esquadrinham muito bem o problema.  O filme tem mais de duas horas, um pouco longo para uma temática pesada.  Porém, muito bem conduzido e interpretado por um elenco bastante uniforme nos seus desempenhos, bem convincentes.  Com destaque, naturalmente, para os três protagonistas principais: Melvil Poupard, como Alexandre, Denis Ménochet, como François, e Swann Arland, como Emmanuel. 

O filme levou o Urso de Prata do Festival de Berlim, o Grande Prêmio do Júri.  Méritos não faltam a esse novo trabalho de François Ozon, de “Frantz”, 2017, “O Amante Duplo”, 2016, “Uma Nova Amiga”, 2014, “Dentro da Casa”, 2012, “Potiche – Esposa Troféu”, 2011 e “O Refúgio”, 2010.  É uma obra de peso.  Todos os filmes citados têm críticas aqui, no Cinema Com Recheio, para quem quiser conferir.

“Graças a Deus” entra em cartaz regularmente no dia 20 de junho, mas é um dos principais destaques do Festival Varilux de Cinema Francês, que acontece em mais de 80 cidades brasileiras, de 06 a 19 de junho de 2019, antecipando o lançamento comercial dos filmes.