Reproduzo aqui matéria
divulgada pela assessoria de imprensa da Mostra com as informações sobre os
filmes premiados pelo juri oficial, pela crítica e pelo público. Incluindo o
prêmio Abraccine e o Projeto Paradiso. Como ainda pretendo ver alguns desses
filmes na repescagem da Mostra comentarei oportunamente a premiação e apresentarei
a minha lista de melhores.
Antonio Carlos
Egypto
Mostra divulga
premiados da 43ª edição
A entrega dos prêmios da 43ª Mostra
Internacional de Cinema em São Paulo foi realizada durante a cerimônia
de encerramento na noite desta quarta-feira no Auditório
Ibirapuera - Oscar Niemeyer. A solenidade foi apresentada por Serginho Groisman
e Renata de Almeida.
Veja abaixo a lista completa
dos títulos premiados na 43ª Mostra:
TROFÉU
BANDEIRA PAULISTA 2019
PRÊMIO
DO JÚRI INTERNACIONAL
Após serem exibidos
na 43ª Mostra, os filmes da seção Competição
Novos Diretores mais votados pelo público
foram submetidos ao Júri Internacional, que escolheu Honeyland como
melhor documentário e System Crasher e Dente de
Leite como melhores longas de ficção. Os filmes recebem o Troféu
Bandeira Paulista (uma criação da artista
plástica Tomie Ohtake).
Conheça os filmes
premiados pelo júri internacional:
MELHOR
DOCUMENTÁRIO
HONEYLAND
Macedônia do Norte, 2019, cor,
85 min. Documentário.
direção | roteiro Ljubomir Stefanov e Tamara
Kotevska
Em uma vila isolada na Macedônia do Norte, Hatidze,
uma mulher de 50 e poucos anos, cuida de uma colônia de abelhas. Um dia, uma
família itinerante se instala ao lado, e o reino pacífico de Hatidze dá lugar a
motores barulhentos, sete crianças e 150 vacas. No entanto, ela se anima com a
vizinhança e passa a dividir seus conselhos sobre apicultura, sua afeição e seu
conhaque especial. Porém, Hussein, o patriarca dessa família, toma uma série de
decisões que podem destruir o modo de vida de Hatidze para sempre.
MELHOR FICÇÃO
SYSTEM CRASHER
Alemanha, 2019, cor, 119 min. Ficção.
direção | roteiro Nora
Fingscheidt
elenco Helena
Zengel, Albrecht Schuch, Gabriela Maria Schmeide e Lisa Hagmeister
Benni é uma menina de nove
anos revoltada, agressiva e imprevisível. A garota foi expulsa de todas as
escolas onde estudou e não vive com a mãe, que tem medo dela. O serviço social
contrata Micha, uma especialista em controle de raiva, para acompanhar Benni na
escola.
DENTE DE LEITE
Austrália, 2019, cor, 117 min. Ficção.
direção Shannon Murphy
roteiro Rita Kalnejais
elenco Eliza
Scanlen, Toby Wallace, Emily Barclay e Eugene Gilfedder
Milla, uma adolescente que está muito doente, apaixona-se por Moses, um
pequeno traficante de drogas —para o desespero dos pais da menina. A jovem
começa a ter uma nova vontade de viver, mas, aos poucos, vai deixando de lado
os valores tradicionais e a moralidade. Ela começa a mostrar a todos ao seu
redor —os pais, Moses, uma vizinha que está grávida— como é viver sem ter nada
a perder. O novo comportamento de Milla poderia ser um desastre para a família,
no entanto, em vez disso, ela ensina como ver graça no caos da vida.
Júri Internacional: Beto
Brant, Lisandro Alonso, Maria de Medeiros e Xénia Maingot.
PRÊMIO
PROJETO PARADISO
Todos os diretores que tiveram
títulos selecionados para a Mostra Brasil poderiam inscrever um novo projeto
para concorrer a um prêmio oferecido pelo Projeto Paradiso, uma iniciativa do
Instituto Olga Rabinovich. A bolsa, no valor de R$ 30 mil, é destinada ao
roteirista do projeto em fase de desenvolvimento e inclui ainda mentoria
nacional, consultoria internacional e participação no Workshop Audience Design
do TorinoFilmLab no Brasil.
O projeto premiado neste ano foi “O Campo dos Lobos Guarás”,
de Bárbara Cunha e Paulo Caldas.
PRÊMIO
DO PÚBLICO
O público
da 43ª Mostra escolheu,
entre os estrangeiros, Parasita, como melhor filme de
ficção, e A Grande Muralha Verdecomo melhor documentário.
Entre os brasileiros, Chorão: Marginal Alado recebe o prêmio
de melhor documentário e Pacificadoo de melhor ficção.
A escolha do público é feita
por votação. A cada sessão assistida, o espectador recebeu uma cédula
para votar com uma escala de 1 a 5, entregue sempre ao final do filme. O
resultado proporcional dos filmes com maiores pontuações determinou os
vencedores.
Conheça os filmes
premiados pelo público:
PRÊMIO DO PÚBLICO - MELHOR FICÇÃO
BRASILEIRA
PACIFICADO
Brasil, 2019, cor, 100 min. Ficção.
direção | roteiro Paxton Winters
elenco Bukassa
Kabengele, Débora Nascimento, Cassia Gil, José Loreto
distribuição Fox
Rodado no labirinto de uma favela no Rio,
Pacificado nos apresenta a história de Tati, uma garota de 14 anos que tenta
manter sua mãe longe do vício, e de Jaca, um ex-traficante que finalmente está
livre depois de passar anos na cadeia.
PRÊMIO DO PÚBLICO - MELHOR DOCUMENTÁRIO BRASILEIRO
CHORÃO: MARGINAL ALADO
Brasil, 2019, cor & pb, 75
min. Documentário.
direção Felipe
Novaes
roteiro Felipe
Novaes, Hugo Prata, Matias Lovro
distribuição O2
Paly
Documentário sobre o cantor
Chorão (1970-2013), vocalista da banda Charlie Brown Jr. Com depoimentos que
englobam a vida particular e a trajetória profissional do cantor, imagens de
acervo pessoal e da mídia, o filme percorre a história de um dos mais
importantes astros do rock brasileiro.
PRÊMIO DO PÚBLICO - MELHOR FICÇÃO
INTERNACIONAL
PARASITA
Coreia do Sul, 2019, cor, 131 min. Ficção.
direção Bong Joon-ho
roteiro Bong Joon-ho e Jin Won Han
elenco Kang-ho Song, Sun-kyun Lee e Yeo-jeong Jo
distribuição Pandora
Filmes e Alpha Filmes
A família de Ki-taek é
bastante unida, mas precisa conviver com o desemprego e com um futuro sombrio
no horizonte. Seu filho Ki-woo é recomendado por um amigo, estudante de uma
universidade de prestígio, para um trabalho bem remunerado como tutor, o que gera
a esperança de uma renda regular. Carregando as expectativas de todos os
familiares, Ki-woo vai à casa dos Park para uma entrevista. Na residência do
sr. Park, dono de uma empresa global de TI, ele conhece Yeon-kyo, a linda e
jovem sra. Park. Esse primeiro encontro entre as duas famílias dá início a uma
sequência incontrolável de problemas.
PRÊMIO DO PÚBLICO - MELHOR DOCUMENTÁRIO
INTERNACIONAL
A GRANDE MURALHA VERDE
Reino Unido, 2019, cor/pb, 92 min. Documentário.
direção | roteiro Jared P. Scott
O produtor-executivo Fernando Meirelles (diretor de filmes como Cidade
de Deus, O Jardineiro Fiel e Dois Papas, que encerrará a 43ª Mostra) e Inna
Modja, cantora e ativista do Mali, nos levam a uma jornada épica pela Grande
Muralha Verde da África —uma iniciativa ambiciosa para fazer crescer um
"muro" de oito mil quilômetros de árvores que se estende por toda a
largura do continente para restaurar a terra e fornecer um futuro para milhões
de pessoas. Atravessando Senegal, Mali, Nigéria, Níger e Etiópia, Modja segue a
florescente Grande Muralha Verde pela região do Sahel —um dos lugares mais
vulneráveis da Terra, onde as temperaturas estão subindo 1,5 vezes mais rápido
que a média global—, revelando as graves consequências da degradação severa do
solo e da aceleração da mudança climática. A muralha visa combater o aumento da
desertificação, da seca, da escassez de recursos, da radicalização, dos
conflitos e da migração.
PRÊMIO
DA ABRACCINE
A Abraccine –
Associação Brasileira de Críticos de Cinema também
realiza tradicionalmente uma premiação que escolheu o melhor filme brasileiro
entre os realizados por diretores estreantes. Neste ano, o eleito foi o
longa Currais, de David Aguiar e Sabina Colares.
O filme foi escolhido “pela forma eficaz com que combina as linguagens
documental e ficcional para realizar o resgate histórico essencial de um
episódio pouco discutido de nosso passado e que muito revela, em suas
similaridades com o presente, nossa insistência, como nação, não só em ignorar,
mas punir os mais pobres por sua condição".
PRÊMIO DA
ABRACCINE
CURRAIS
Brasil, 2019, cor, 90 min. Documentário.
direção | roteiro David Aguiar e Sabina Colares
Misto de documentário e ficção, acompanhamos Romeu, um personagem
fictício que viaja pelo sertão do Nordeste em busca de respostas e vestígios
dos campos de concentração onde, em 1932, flagelados da seca foram aprisionados
em troca de sobrevivência. Romeu vai costurando memórias a partir de relatos
reais, documentos e fotos.
Júri – Prêmio
Abraccine: Nayara Reynaud, José Geraldo Couto e Pablo
Villaça
PRÊMIO
DA CRÍTICA
A imprensa especializada que
cobre o evento e tradicionalmente confere o Prêmio
da Crítica, também participou da
premiação elegendo Aos Olhos de Ernesto como o melhor filme
brasileiro e Honeyland como o melhor entre os estrangeiros.
Dirigido por Ana Luiza
Azevedo, o longa Aos Olhos de Ernesto foi escolhido “por
tratar a solidão de maneira realista, sem abrir mão do humor; por apostar com
segurança num estilo narrativo que dialoga tanto com cinéfilos
quanto com amplas plateias”.
Já o documentário Honeyland leva
o prêmio por sua “habilidade em mergulhar o espectador em um universo tão
particular e torná-lo próximo de sua carismática protagonista ao mesmo tempo em
que, através desta, discute a importância da manifestação de uma consciência
ambiental e social ".
Conheça os filmes
premiados pela crítica:
MELHOR FILME
BRASILEIRO
AOS OLHOS DE
ERNESTO
Brasil, 2019, cor, 123 min.
Ficção.
direção Ana
Luiza Azevedo
roteiro Ana
Luiza Azevedo e Jorge Furtado
elenco Jorge
Bolani, Gabriela Poester, Jorde D’Elia e Julio Andrade
distribuição Elo
Company
Ernesto, um fotógrafo uruguaio
de 70 anos que vive no Brasil, vem enfrentando as limitações da velhice - como
a solidão e a crescente cegueira, que ele acha que pode disfarçar de todos.
Quando ficou viúvo, Ernesto passou a ocupar os silêncios com um disco rodando,
os telefonemas do filho que mora longe, as idas ao banco para buscar sua
escassa aposentadoria e as rápidas visitas do vizinho Javier. Mas Bia, uma
descuidada cuidadora de cães, atropela a sua vida e coloca em risco seu
metódico cotidiano. E Ernesto percebe que envelhecer pode ser rejuvenescer com
a intensa companhia de uma menina que não tem nem trinta anos.
MELHOR FILME ESTRANGEIRO
HONEYLAND
Macedônia do Norte, 2019, cor,
85 min. Documentário.
direção | roteiro Ljubomir Stefanov e Tamara
Kotevska
Em uma vila isolada na Macedônia do Norte, Hatidze,
uma mulher de 50 e poucos anos, cuida de uma colônia de abelhas. Um dia, uma
família itinerante se instala ao lado, e o reino pacífico de Hatidze dá lugar a
motores barulhentos, sete crianças e 150 vacas. No entanto, ela se anima com a
vizinhança e passa a dividir seus conselhos sobre apicultura, sua afeição e seu
conhaque especial. Porém, Hussein, o patriarca dessa família, toma uma série de
decisões que podem destruir o modo de vida de Hatidze para sempre.