Tatiana Babadobulos
Coco Chanel & Igor Stravinsky. França, 2009. Direção: Jan Kounen. Roteiro: Jan Kounen, Chris Greenhalgh e Carlo De Boutiny . Com: Anna Mouglalis e Mads Mikkelsen. 120 min.
Os fashionistas estão cansados de saber quem foi Coco Chanel. Ainda que suas contribuições não tenham sido apenas na moda, mas também no comportamento das mulheres, muitos ignoram o papel importante que ela teve. Nascida Gabrielle Chanel, ela passou poucas e boas na infância até alcançar o topo do sucesso na França e depois no mundo todo.
Após “Coco Antes de Chanel”, filme protagonizado por Audrey Tautou e que contou a história da estilista desde o seu nascimento até os primeiros desfiles, agora estreia “Coco Chanel & Igor Stravinsky”, longa-metragem baseado no romance “Coco & Igor”, de Chris Greenhalgh, que também é roteirista da fita, ao lado de Carlo De Boutiny e do diretor Jan Kounen (de “99 Francs”).
Ao contrário do primeiro filme, este não tem a preocupação de contar de forma linear os passos da estilista (e do seu sofrimento após perder Arthur ‘Boy’ Capel), mas sim de mostrar o seu envolvimento com o maestro russo Igor Stravinsky (aqui vivido pelo dinamarquês Mads Mikkelsen, de “007 - Cassino Royale”).
A atriz responsável por dar a voz e (principalmente) a forma a Chanel é a francesa Anna Mouglalis, que também é modelo da grife.
Na Paris de 1913, a bela vai ao Théâtre des Champs-Élysées acompanhar a apresentação de Stravinsky. Embora ela tenha amado, o público vaia. Tal como ela e sua moda, a música é moderna, a frente de seu tempo. Os dois, no entanto, só vão se reencontrar em 1920, quando ela já se consolidou, se tornou rica e famosa e está desolada após a morte de ‘Boy’. Já o russo está vivendo em exílio na França após a revolução russa. É a partir deste encontro que ela se oferece a ajudá-lo para que ele e a família possam ter uma vida tranquila enquanto cria.
Paralelamente ao caso extra-conjugal, o espectador pode acompanhar o desenvolvimento nas criações das músicas e das coleções de Chanel. E também como foi desenvolvida a fragrância do perfume que conquistou Marilyn Monroe e é o mais vendido do mundo todo.
Com figurino impecável, elegante, simples mas muito chique (produzido pela própria grife), “Coco Chanel & Igor Stravinsky” mostra também a preferência da estilista pelas cores preta, branca e cinza, os chapéus, os tailleurs. Falado em inglês, francês e russo, o longa emociona com a história de sucesso dos dois artistas.
Diferentemente de “Piaf – Hino ao Amor”, biografia da cantora francesa Edith Piaf que mostra sua vida repleta de dificuldades no início e até chegar o sucesso, assim como “Coco Antes de Chanel” e “Ray”, o filme Jan Kounen se preocupa em mostrar bom humor, frases prontas (“Você não me conhece; podemos aprimorar isso”; “Eu sou mais poderosa que você, Igor, mas faço mais sucesso”) e emocionar o espectador.
Julgamentos de conduta e fidelidade à parte, a história de amor e paixão é arrebatadora e mostra a influência de cada um no trabalho de ambos. No mínimo, mais paixão na música do maestro e mais sensualidade nas criações de Chanel. Ao espectador, o resultado positivo de um roteiro envolvente com direção bem feita. É só aproveitar.
Coco Chanel & Igor Stravinsky. França, 2009. Direção: Jan Kounen. Roteiro: Jan Kounen, Chris Greenhalgh e Carlo De Boutiny . Com: Anna Mouglalis e Mads Mikkelsen. 120 min.
Os fashionistas estão cansados de saber quem foi Coco Chanel. Ainda que suas contribuições não tenham sido apenas na moda, mas também no comportamento das mulheres, muitos ignoram o papel importante que ela teve. Nascida Gabrielle Chanel, ela passou poucas e boas na infância até alcançar o topo do sucesso na França e depois no mundo todo.
Após “Coco Antes de Chanel”, filme protagonizado por Audrey Tautou e que contou a história da estilista desde o seu nascimento até os primeiros desfiles, agora estreia “Coco Chanel & Igor Stravinsky”, longa-metragem baseado no romance “Coco & Igor”, de Chris Greenhalgh, que também é roteirista da fita, ao lado de Carlo De Boutiny e do diretor Jan Kounen (de “99 Francs”).
Ao contrário do primeiro filme, este não tem a preocupação de contar de forma linear os passos da estilista (e do seu sofrimento após perder Arthur ‘Boy’ Capel), mas sim de mostrar o seu envolvimento com o maestro russo Igor Stravinsky (aqui vivido pelo dinamarquês Mads Mikkelsen, de “007 - Cassino Royale”).
A atriz responsável por dar a voz e (principalmente) a forma a Chanel é a francesa Anna Mouglalis, que também é modelo da grife.
Na Paris de 1913, a bela vai ao Théâtre des Champs-Élysées acompanhar a apresentação de Stravinsky. Embora ela tenha amado, o público vaia. Tal como ela e sua moda, a música é moderna, a frente de seu tempo. Os dois, no entanto, só vão se reencontrar em 1920, quando ela já se consolidou, se tornou rica e famosa e está desolada após a morte de ‘Boy’. Já o russo está vivendo em exílio na França após a revolução russa. É a partir deste encontro que ela se oferece a ajudá-lo para que ele e a família possam ter uma vida tranquila enquanto cria.
Paralelamente ao caso extra-conjugal, o espectador pode acompanhar o desenvolvimento nas criações das músicas e das coleções de Chanel. E também como foi desenvolvida a fragrância do perfume que conquistou Marilyn Monroe e é o mais vendido do mundo todo.
Com figurino impecável, elegante, simples mas muito chique (produzido pela própria grife), “Coco Chanel & Igor Stravinsky” mostra também a preferência da estilista pelas cores preta, branca e cinza, os chapéus, os tailleurs. Falado em inglês, francês e russo, o longa emociona com a história de sucesso dos dois artistas.
Diferentemente de “Piaf – Hino ao Amor”, biografia da cantora francesa Edith Piaf que mostra sua vida repleta de dificuldades no início e até chegar o sucesso, assim como “Coco Antes de Chanel” e “Ray”, o filme Jan Kounen se preocupa em mostrar bom humor, frases prontas (“Você não me conhece; podemos aprimorar isso”; “Eu sou mais poderosa que você, Igor, mas faço mais sucesso”) e emocionar o espectador.
Julgamentos de conduta e fidelidade à parte, a história de amor e paixão é arrebatadora e mostra a influência de cada um no trabalho de ambos. No mínimo, mais paixão na música do maestro e mais sensualidade nas criações de Chanel. Ao espectador, o resultado positivo de um roteiro envolvente com direção bem feita. É só aproveitar.