VIAGEM AO CENTRO DA TERRA (Journey of the center of the Earth), EUA, 2008. Direção: Eric Brevig. Com: Brendan Fraser, Josh Hutcherson e Anita Briem. 92 min.
São adoráveis as histórias de ficção científica que o romancista francês Júlio Verne (1828-1905) legou ao mundo. A popularidade delas permanece intacta, tendo atravessado todo o século XX, e continua gerando produções cinematográficas como esta recente versão para Viagem ao Centro da Terra, texto de 1864. E ela vem com todo o charme da exibição em Terceira Dimensão, com direito a óculos especiais, que agora já não dão dor de cabeça, como acontecia no passado.
O resultado é um espetáculo fascinante, em matéria de tecnologia. Os objetos são arremessados direto aos nossos olhos, figuras parecem invadir as nossas percepções, irremediavelmente, e os efeitos especiais ganham força e dramaticidade, com a tecnologia 3D. Diversão pura, que encanta e entusiasma.
Já quanto ao filme, a aventura em si, nada de novo. Apenas o de sempre. Muito efeito, mas tudo sempre igual, com direito até a uma simulação de montanha russa de parque de Orlando. Não faltam as manjadas perseguições de dinossauros, que já cansaram até as crianças menores, e que estão totalmente deslocados na história. As quedas profundas em relação ao centro da Terra e as cenas com água, que são específicas desta aventura, funcionam bem e de modo geral o filme mantém o suspense e a expectativa, apesar das obviedades. E apesar, também, de um elenco fraco, capitaneado por Brendan Fraser, um herói nada convincente, sem a empolgação que seria necessária para quem vivesse tamanha aventura.
O filme está sendo exibido também em cópia normal nos cinemas. Aí não há nenhuma razão para vê-lo. Em 3ª. dimensão, sim, a coisa rola legal, apesar do preço ainda mais salgado do que o das sessões comuns de cinema de shopping. Ou seja, caro pra burro.