sexta-feira, 1 de abril de 2016

PARA MINHA AMADA MORTA


Antonio Carlos Egypto

PARA MINHA AMADA MORTA.  Brasil, 2015.  Direção: Aly Muritiba.  Com Fernando Alves Pinto, Lourinelson Vladmir, Mayana Neiva, Giuly Biancato, Vinicius Sabbag, Michelle Pucci.  113 min. 


Uma trama de suspense, envolvendo um jovem viúvo e seu pequeno filho, vivendo o luto e a falta da mulher amada e da mãe.  Uma história de amor, bem sucedida durante sete anos, no entanto, revela que, por trás disso, ou ao lado disso, havia uma traição.  O mundo desaba diante de fitas picantes de VHS, que a amada fazia com seu amante.





Daí para a obsessão com o assunto à busca e aproximação do agressor e um plano de vingança, é um pulo.  Aly Muritiba, porém, não faz um filme convencional.  Seu suspense se converte em drama psicológico e as expectativas se revertem.  Ou seguem os caminhos da mente e das emoções e não o das convenções. 

Com sequências muito bem filmadas, bom elenco e sensibilidade, o filme surpreende pela profundidade com que aborda o tema, tão batido, da vingança.

Há duas ou três sequências estranhas, difíceis de serem aceitas, pela velha questão da verossimilhança.  Mas é um problema menor, numa narrativa tão consistente como a de “Para Minha Amada Morta”.

  

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