Antonio
Carlos Egypto
A 100 PASSOS DE UM
SONHO (The Hundred-Foot Journey). Estados Unidos, 2013. Direção de Lasse Hallström. Com
Helen Mirren, Manish Dayal, Om Puri, Charlotte Le Bon. 122 min.
O diretor sueco Lasse Hallström é bom para contar
histórias humanas que envolvam personagens que lutam, sofrem, mas têm
determinação no que fazem. Fez filmes
magníficos, como “Minha Vida de Cachorro”, de 1985, na Suécia, e “Regras da
Vida”, de 1999, nos Estados Unidos. Tem
desenvolvido sua carreira em Hollywood, também com filmes menos densos, de
entretenimento, como “Chocolate”, de 2000, ou “Querido John”, de 2010, por
exemplo. É, inegavelmente, um cineasta
competente.
Foi ele o escolhido para dirigir uma produção de
Steven Spielberg, Oprah Winfrey e Juliet Blake, chamada “A 100 Passos de um
Sonho”, uma história que combina, de fato, com o que o diretor sabe fazer. E com produtores desse peso deve ter sido bom
trabalhar.
A história se passa no sul da França, na localidade
de Saint-Antonin-Noble-Val, para onde acaba chegando, por obra da sorte, uma
família indiana dona de um restaurante conceituado na Índia, fugindo de
perseguições religiosas em seu país.
Naturalmente, o caminho será montar um restaurante
típico de comida indiana por lá. E é o
que Papa (Om Puri) faz, pondo sua família a cozinhar e tratando de divulgar a
novidade de forma até espalhafatosa, com muitas luzes e cores, música alta e
tudo o mais.
Acontece que, a apenas 100 passos, está um premiado
restaurante francês de alto padrão, com uma estrela do Michelin, dirigido por
Madame Mallory (Helen Mirren). A
novidade do concorrente indiano Maison
Mumbai aparece como um pesadelo para ela.
Comida de lá, comida de cá, brigas, desentendimentos, competição. Mas também curiosidade e necessidade de
entender o outro lado. E até um
relacionamento amoroso potencial entre o jovem e talentoso chef Hassan (Manish Dayal),
da cozinha indiana, e a jovem chef Margueritte
(Charlotte Le Bon), da gastronomia francesa.
Com um filme desses, o mínimo que acontece é que a
gente sai de lá salivando, em busca de uma comida saborosa, diferente. Dá fome e até parece que a gente sentiu o
cheiro daqueles pratos fumegantes, maravilhosos, de um lado e do outro daquela rua
gastronômica.
Certamente, uma diversão bem realizada, muito
agradável de se ver, com ótimos atores, destacando-se, como sempre, a
interpretação de Helen Mirren. Os
indianos também são muito bons e Charlotte Le Bon, uma graça. Como entretenimento, está de bom
tamanho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário