domingo, 9 de março de 2014

OSCAR 2014


Antonio Carlos Egypto


Um breve comentário em relação ao Oscar 2014.  A leva de filmes concorrentes pode ser considerada muito boa.  Mas, como se poderia esperar, alguns dos melhores filmes da lista não estavam entre os favoritos e não levaram nada.  É o caso de “Nebraska”, dirigido por Alexander Payne e protagonizado por Bruce Dern.  Uma história sensível de um idoso que, já sem poder contar com a lucidez de outros tempos, vai em busca de um suposto prêmio, acreditando numa propaganda desonesta, dessas banais, de todos os dias.  Atravessa os Estados Unidos com o filho, num road movie tocante e envolvente.  Exibe uma fotografia em preto e branco magnífica.  Saiu da cerimônia como entrou.  Não era filme para Oscar, seja lá o que isso signifique.

NEBRASKA

O britânico “Philomena”, de Stephen Frears, com a atuação de Judi Dench, também ficou fora de qualquer prêmio.  E tinha muitos méritos.  A crítica desse filme, aqui no cinema com recheio, foi postada em fevereiro de 2014.

A Academia também ignorou “O Lobo de Wall Street”, de Martin Scorsese, com Leonardo Di Caprio.  Outro belo trabalho que recebeu crítica no cinema com recheio, em janeiro de 2014.

“Ela” recebeu merecidamente o Oscar de roteiro original.  De fato, a relação amorosa entre um escritor solitário e um sistema operacional de computador com uma voz feminina atraente tem uma boa história para contar e é intrigantemente contemporâneo.  Spike Jonze acertou em cheio. 

ELA

“Gravidade” recebeu vários Oscar, os de efeitos visuais, os de trilha e som, fotografia e montagem.  O principal foi o de diretor, para o mexicano Alfonso Cuarón.  Há que se reconhecer que é o filme típico para a indústria do cinema exibir tecnologia e imagens impactantes.  Os prêmios técnicos foram merecidos.  Já os de melhor montagem e direção só pelo trabalho que deu viabilizar um filme tão tecnológico assim. A crítica de “Gravidade” foi publicada no cinema com recheio, em outubro de 2013.

A vitória de “12 Anos de Escravidão”, de Steve McQueen, como melhor filme, roteiro adaptado e pela atriz coadjuvante Lupita Nyong’o (ótima) teve todos os méritos para isso.  Faltou o reconhecimento ao ator Chiwetel Ejiofor.  Crítica do cinema com recheio de fevereiro de 2014.

12 ANOS DE ESCRAVIDÃO

O “Clube de Compras Dallas” foi premiado principalmente pelo melhor ator, Matthew Mc Conaughey, e o coadjuvante Jared Leto, cujas performances não posso avaliar porque ainda não vi o filme.  Mas sabemos que um perdeu 20 quilos e o outro, 15, para desempenharem os respectivos papéis, por se tratar da Aids.  Este tipo de sacrifício costuma ser valorizado pela Academia.

“A Trapaça” e “O Capitão Philips” ficaram a ver navios.  Não me surpreendeu isso.  Cate Blanchet levou merecidamente o prêmio de melhor atriz, pelo desempenho em “Blue Jasmine”, de Woody Allen, que não estava indicado a melhor filme.  Uma atuação notável, realmente.

A GRANDE BELEZA

O filme estrangeiro premiado foi, como já se esperava, “A Grande Beleza”, de Paolo Sorrentino, da Itália.  Ótimo trabalho, que já havia levado o BAFTA e o Globo de Ouro.  Crítica do cinema com recheio em dezembro de 2013.



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