Tatiana Babadobulos
Need for Speed. Estados Unidos, 2014. Direção: Scott Waugh. Roteiro: George Gatins. Com: Aaron Paul, Dominic Cooper, Scott Mescudi. 130 minutos.
Nem só de livros vivem os roteiros dos filmes.
Videogame também é fonte de inspiração para a criação de longas-metragens
homônimos. É o caso, por exemplo, de “Need for Speed”, que estreia nesta
quinta, 13, e foi inspirado em jogo que, embora não tenha história alguma, foi
feito aos fãs de velocidade. Ao todo, foram vendidas 140 milhões de cópias.
A trama gira em torno de Tobey Marshall (Aaron Paul),
dono de uma oficina de carros que herdou do pai, morto há pouco tempo. Mas
Tobey, apaixonado pelas supermáquinas, não pode viver apenas de sua paixão – as
corridas de rua não oficiais –, pois tem contas a pagar no final do mês. Eis,
então, que surge uma solução para este problema.
Seu arquirrival, ex-piloto da Nascar, Dino Brewster
(Dominic Cooper), saiu da pequena cidade onde vivem para ganhar as pitas de
corrida do mundo todo. Agora, ele oferece um bom dinheiro para que a equipe de
Marshall lhe arrume um carro.
Trata-se de um modelo que precisa ganhar um motor
mais potente. Os funcionários de Marshall são contra ajudar o rival, mas ele
não tem escolha, precisa do dinheiro. No meio do caminho, um problema acontece
e o mecânico vai parar na cadeia.
Segundo o material de divulgação para a imprensa, sete
Mustangs foram construídos para o filme. Aparecem em cena no desfile dos
carrões também os modelos Koenigsegg Agera R, Lamborghini Elemento, Spano GTA,
Saleen S-7, Bugatti Veyron e McLaren P-1.
“Need for Speed” tem começo, meio e fim e conta uma
história instigante sobre o mundo da velocidade. Tem a participação da inglesa Julia
Bonet (Imogen Poots, de “V de Vingança”), que vai acompanhar a turma em uma
viagem, de modo que o longa dirigido por Scott Waugh (em sua estreia solo em
longa de ficção) se transforma em um verdadeiro road movie cheio de aventura,
embora algumas cenas sejam bastante previsíveis.
Embora o diretor coloque o espectador dentro da
pista para acompanhar cada detalhe da corrida, há momentos em que não se sabe
quem está batendo e quem está vencendo a corrida.
Diferentemente da franquia “Velozes e Furiosos”, que
já possui seis sequências, este longa não tem humor, é muito mais baseado no
drama e na aventura do que na parte cômica.
Aos amantes da velocidade e de modelos de carros
modernos e potentes, “Need for Speed” é um prato cheio de diversão. E detalhe:
não é preciso conhecer o jogo que inspirou a trama para se entreter.
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