quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

O HOBBIT: UMA JORNADA INESPERADA

      
 Antonio Carlos Egypto




O HOBBIT: UMA JORNADA INESPERADA (The Hobbit: An Unexpected Journey).  Estados Unidos/Nova Zelândia, 2012.  Direção: Peter Jackson.  Com Martin Freeman, Richard Armitage, Ian McKellen, Cate Blanchett, Ian Holm.  169 min.


É inegável que a trilogia de “O Senhor dos Anéis” (2001 a 2003), dirigida por Peter Jackson, representa um produto cinematográfico sedutor.  As narrativas são marcadas por lendas e fantasias exuberantes, com personagens heróicos, excêntricos e bizarros.  A tecnologia avançada impera, os efeitos especiais são belos, de tirar o fôlego, e as paisagens da Nova Zelândia, terra natal do diretor, são deslumbrantes.

Apesar de tudo isso, os três filmes: “A Sociedade do Anel”, “As Duas Torres” e “O Retorno do Rei”, são cansativos, longos demais.  Todos têm 3 horas de duração, o último até um pouco mais do que isso.  Lembro-me de quando eu o vi no cinema.  Pareceu-me interminável, eu não aguentava mais. Pois bem, agora, com o lançamento de “O Hobbit”, que se refere a um período de 60 anos anterior à saga de “O Senhor dos Anéis”, esses três filmes foram reapresentados nos cinemas, com duração estendida.  Cada um deles, com 50 minutos a mais.  Inacreditável.  Será que teve público para essa iniciativa?  Para mim, soa como masoquismo.






“O Hobbit: Uma Jornada Inesperada” é também anunciado como parte de uma trilogia.  Tudo baseado em um único livro de J.R.R.Tolkien, de cerca de 300 páginas.  Esse filme é apenas o começo da nova saga, que remete a um tempo passado, mas traz o hobbit Bilbo Bolseiro, o mago Gandalfi e os anões numa jornada pela Terra Média, com direito à aparição de elfos, trolls e a criatura Golum, com seu precioso anel.  E ainda o dragão Smaug e o reino de Eredor.  E, é claro, muita aventura e muita batalha, com a mesma beleza e sedução da saga de “O Senhor dos Anéis”.  Dessa vez, o filme dura quase 3 horas: 169 minutos.  Só que agora há muito menos história, é preciso povoar a trama com muitas caminhadas, conversas e lutas sem muita razão de ser.  Tome magia a todo instante.  O impossível é um elemento recorrente da filmagem, com seus efeitos mirabolantes.





Novidade, nenhuma.  É mais do mesmo conhecido e sedutor produto. Ainda virão dois filmes que vão esticar mais a história.  Para quem gosta de ver sempre a mesma coisa, com pequenas variantes, é um prato cheio.  Mas não há nada de importante a acrescentar.  Para mim, já deu.  Fui.
  

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