Antonio Carlos Egypto
HUBBLE 3D (Hubble 3D). Estados Unidos, 2010. Direção: Toni Myers. Documentário. 43 min.
O Hubble é o telescópio espacial que é capaz de produzir imagens de galáxias distantes, penetrar no interior de uma estrela, registrar como ela se forma e outras coisas dessa magnitude. Tê-lo no espaço é uma grande conquista para a ciência, que ganha muito em conhecimento sobre o universo.
Ocorre que telescópio espacial – e de grandes dimensões – também exige manutenção, ajustes, consertos, como qualquer máquina. Isso supõe uma missão espacial arriscadíssima, em que astronautas enfrentarão muitos perigos e que exigirá deles muito preparo, capacidade de lidar com o equipamento com extremo cuidado e precisão, para obter êxito, sobreviver e retornar à Terra.
Essa missão é a que é mostrada no documentário, com imagens geradas do espaço pelos próprios astronautas, que também se filmam na nave se alimentando, fazendo gracinhas, saindo para o espaço, e no trabalho fazendo as conexões necessárias para manter o Hubble em forma. E a grande atração do filme são imagens colhidas pelo telescópio. Bonitas, impactantes.
Isso numa tela Imax e com tecnologia 3D tem sua força e seu encanto, inegavelmente. O que não significa que tenhamos diante de nós um grande filme. Muito ao contrário. É um documentário bastante convencional e bem curto. Apresentado dublado em português fica com cara de programa de TV. Seus 43 minutos comportariam até os necessários anúncios a serem enxertados na duração padrão de 60 minutos de um documentário televisivo. E é exatamente o que ele parece ser, apesar do aparato tecnológico que o cerca e da sua pretensão de abarcar o universo. Paradoxal, não é mesmo?
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
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