Antonio Carlos
Egypto
YORIMATÃ.
Brasil, 2015. Direção: Rafael
Saar. Documentário. 117 min.
“Yorimatã” é um documentário que procura recuperar a
rica história musical da dupla de cantoras e compositoras Luhli e Lucina, que
esteve no centro dos acontecimentos da MPB, nas décadas de 1970 e 1980. Conviveu e trabalhou com grandes talentos
desses períodos, mas, por razões diversas, sempre acabou se afastando da
ribalta, sem poder colher os frutos de seus inegáveis méritos. Para viver o amor que pulsava entre elas,
junto com a música. Para construir uma
família a três, com o fotógrafo Luís Fernando Borges da Fonseca. Para viver uma vida hippie no mato, longe da
cidade, em economia de subsistência, por opção ideológica. E, também, retornando às origens da natureza,
quando um câncer acometeu Luís Fernando, para estar com ele na doença.
Com tantos percalços e opções viscerais ou radicais,
a dupla não alcançou o sucesso que sempre esteve por perto. Mas tem muito o que mostrar, nas imagens
recuperadas das filmagens em VHS e fotos que Luís Fernando registrou por longos
anos. E nos depoimentos atuais delas, de
Gilberto Gil, Zélia Duncan, Tetê Espíndola, Ney Matogrosso, Antonio Adolfo,
Joyce e outros mais. Para quem não conhece, ou conhece pouco, o filme mostra as
músicas e o universo cultural da produção delas muito bem.
Yorimatã, segundo a dupla, é uma espécie de palavra
mágica que significa “salve a criança da mata”
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