VENDO OU ALUGO.
Brasil, 2012. Direção: Betse de
Paula. Com Marieta Severo, Nathalia
Timberg, Marcos Palmeira, Sílvia Buarque, Bia Morgana, Pedro Monteiro. 88 min.
Um casarão no alto do morro, no Rio de Janeiro, é
herança de família para várias gerações de mulheres. Maria Alice (Marieta Severo) vive lá com sua
mãe, Maria Eudóxia (Nathalia Timberg), sua neta Madu (Bia Morgana) e sua filha
Baby (Sílvia Buarque), essa última, quando não está viajando, em busca de
conexões cósmicas com o planeta. Se a
família já esteve bem, no passado, agora
as coisas andam muito mal, as dívidas se acumulam, o IPTU já não é pago há dez
anos e, a continuar nessa balada, a própria casa irá a leilão.
Há mais um dado importante: justamente quando a casa
está sendo visitada, com vistas à venda, uma UPP – Unidade de Polícia
Pacificadora – promete ocupar o local e afastar os traficantes do controle do
morro. Será que isso vai ajudar ou
prejudicar a venda?
A base de toda a ação é formada por personagens
caricaturizados. Na realidade, são
estereótipos, seguem o padrão esperado pelo público. Nesse sentido, não inovam. Isso até que poderia resultar muito
divertido, mas não é o que acontece.
Algumas situações são realmente engraçadas, mas não são muitas. Acabam caindo no lugar comum, o da situação
cômica que já foi vista ou é muito parecida com outras que já foram vistas
muitas vezes. Um pouco mais de
criatividade na elaboração dessas situações, com esses mesmos personagens,
poderia ter resultado num trabalho muito atraente e envolvente. Como está, fica no meio do caminho. Serve como entretenimento que respeita o
espectador, é fácil de ver, tem alguma graça.
Mas deixa a sensação de que falta alguma coisa para que o filme funcione
realmente. Claro que não é o fator
apelativo. O elenco é ótimo, a direção é
boa, a trama proposta é apropriada. Mas,
para uma comédia, falta um timing de
humor mais forte e eficiente. E um
bocado de boas piadas, para rechear a trama com mais risos.
“Vendo ou Alugo” veio carregado de prêmios do 17º.
Cine PE. Conquistou em Recife doze
premiações: melhor filme, direção, roteiro, montagem, trilha sonora, direção de
arte, atrizes protagonista e coadjuvante (Marieta Severo e Nathalia Timberg),
ator coadjuvante (Pedro Monteiro), tendo sido agraciado tanto pela crítica
quanto pelo júri popular. Vem, portanto,
cacifado para conquistar bom público nos cinemas
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