Tatiana Babadobulos
Indomável Sonhadora (Beasts ofmSouthern Wild). Estados Unidos, 2012. Direção: Behn Zeitlin. Roteiro: Lucy Alibar e Behn Zeitlin. Com: Dwight Henry, Quvenzhané Wallis, Levy Easterly. 93 minutos
Vivendo com o pai, Wink (Dwight Henry), às margens de um rio em uma comunidade chamada “Banheira”, a menina de seis anos Hushpuppy (Quvenzhané Wallis) vai ter de aprender lições de sobrevivência, mesmo que não saiba dessas “aulas”. Este é o tema de “Indomável Sonhadora” (“Beasts of Southern Wild”).
Os ensinamentos são dados porque o pai descobre que está muito doente e quer que a garota se vire sozinha quando ele não estiver mais presente. Neste meio tempo, a tal “Banheira” se torna um local impróprio para se viver e as autoridades tentam retirar os refugiados e levá-los ao hospital.
O diretor Benh Zeitlin utiliza a câmera na mão em muitos momentos para acompanhar o movimentomdas famílias que vivem na “Banheira”. Ali, há o lado seco e o lado molhado e, como qualquer pessoa que tem ligação com a sua origem, não quer deixar o lugar onde vive.
A menina, indicada ao Oscar, é responsável pela narração do filme, quando tenta decifrar a linguagem dos animais que diz que os que não tinham pai para pô-los dentro do barco, o fim do mundo chegou.
Os diálogos têm um toque de humor, principalmente pelo linguajar infantil da menina que precisa se virar tal como uma adulta, mas ao mesmo tempo o drama das famílias provoca lágrimas no espectador.
Além de aprender a se virar, o filme tem outra vertente importante: mostra lições de solidariedade entre os vizinhos que estão na mesma situação. E, como uma lição de moral, ao final a mensagem diz que “sempre perdemos quem nos fez. Os bravos ficam para presenciar. Eles não fogem”.
Além da indicação ao Oscar de Melhor Atriz, o longa recebeu indicações nas categorias Melhor Filme, Diretor e Roteiro.
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