Antonio Carlos Egypto
TULPAN (Tulpan). Cazaquistão, 2008. Direção: Sergey Dvortsevoy. Com Askhat Kuchinchirekov, Samal Yeslyamova, Ondasyn Besikbasov, Tulepbergen Baisakalov. 100 min.
Um jovem, Asa, após o serviço militar na Marinha, volta à sua região rural do Cazaquistão, onde vive sua família. A irmã e o marido são pastores de ovelhas em vida nômade nas estepes da região e ele se sente atraído por essa vida. Porém, para viver como eles, Asa precisa se casar. E nesse universo rural as mulheres são mais raras do que as ovelhas. O que fazer, quando a única pretendente possível não quer saber do nosso personagem, porque ele tem orelhas grandes demais?
Com essa história singela e ingênua se desenvolve um belo filme, que faz da sua simplicidade o seu maior mérito. Nas planícies do Cazaquistão pós-soviético, tudo parece tão diferente de quem está nas grandes cidades: a paisagem é árida, os espaços, enormes, por onde circulam poucas pessoas, os tempos são lentos, não há atração ou diversões, a comunicação é escassa, os animais estão tão próximos que é com eles que se dá a maior convivência.
O filme “Tulpan”, porém, nos leva a viver este mundo com tal delicadeza e respeito aos sentimentos que sua humanidade salta aos olhos e conseguimos fazer empatia com os personagens e sua vida tão distante da nossa, ao menos aparentemente.
A beleza árida da região e da fotografia que a capta em “Tulpan”, as cenas passadas num tempo que nos permite ver detalhes, curtir falas, movimentos, reações e expressões, fazem dessa experiência cinematográfica um momento de puro prazer. Desde que sejamos capazes de deixar de lado, ao menos por alguns instantes, a agitação, a correria e a expectativa criadas pelo ritmo hollywoodiano de fazer cinema.
A cena do parto da ovelha, mostrada em todos os detalhes do seu real acontecimento, é o ponto alto do filme.
A produção do filme é modesta e a simplicidade, a sua grande arma. Mesmo assim, essa produção contou com apoio financeiro alemão, suíço, russo e polonês. Cinema é caro de se fazer. Valeu a pena. “Tulpan” conquistou o prêmio “Um certo olhar”, no Festival de Cannes, em 2008, e encantou o público paulistano que viu suas primeiras exibições na 32ª. Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Quase dois anos depois, finalmente chega aos cinemas e depois deve sair em DVD.
Um jovem, Asa, após o serviço militar na Marinha, volta à sua região rural do Cazaquistão, onde vive sua família. A irmã e o marido são pastores de ovelhas em vida nômade nas estepes da região e ele se sente atraído por essa vida. Porém, para viver como eles, Asa precisa se casar. E nesse universo rural as mulheres são mais raras do que as ovelhas. O que fazer, quando a única pretendente possível não quer saber do nosso personagem, porque ele tem orelhas grandes demais?
Com essa história singela e ingênua se desenvolve um belo filme, que faz da sua simplicidade o seu maior mérito. Nas planícies do Cazaquistão pós-soviético, tudo parece tão diferente de quem está nas grandes cidades: a paisagem é árida, os espaços, enormes, por onde circulam poucas pessoas, os tempos são lentos, não há atração ou diversões, a comunicação é escassa, os animais estão tão próximos que é com eles que se dá a maior convivência.
O filme “Tulpan”, porém, nos leva a viver este mundo com tal delicadeza e respeito aos sentimentos que sua humanidade salta aos olhos e conseguimos fazer empatia com os personagens e sua vida tão distante da nossa, ao menos aparentemente.
A beleza árida da região e da fotografia que a capta em “Tulpan”, as cenas passadas num tempo que nos permite ver detalhes, curtir falas, movimentos, reações e expressões, fazem dessa experiência cinematográfica um momento de puro prazer. Desde que sejamos capazes de deixar de lado, ao menos por alguns instantes, a agitação, a correria e a expectativa criadas pelo ritmo hollywoodiano de fazer cinema.
A cena do parto da ovelha, mostrada em todos os detalhes do seu real acontecimento, é o ponto alto do filme.
A produção do filme é modesta e a simplicidade, a sua grande arma. Mesmo assim, essa produção contou com apoio financeiro alemão, suíço, russo e polonês. Cinema é caro de se fazer. Valeu a pena. “Tulpan” conquistou o prêmio “Um certo olhar”, no Festival de Cannes, em 2008, e encantou o público paulistano que viu suas primeiras exibições na 32ª. Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Quase dois anos depois, finalmente chega aos cinemas e depois deve sair em DVD.
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