Tatiana Babadobulos
Trata-se de um remake do longa-metragem lançado em 1941 (de George Waggner), em preto-e-branco, a estreia desta sexta, 12: “O Lobisomem” (“The Wolfman”). Refilmagens, aliás, são pouco justificáveis, a não ser que sirvam para melhorar algo que era bom. Neste caso, pois, a ideia pode ter sido aprimorar os efeitos especiais e torná-los realistas. E neste ponto vai bem.
A lenda da criatura conhecida como licantropo, um humano com a habilidade de se transformar em lobo em noite de lua cheia, remete aos mitos dos gregos antigos. No cinema, a história conta sobre Lawrence Talbot (Benicio Del Toro, de “21 Gramas”), cuja infância fora bastante tumultuada, principalmente após a morte de sua mãe. Desde a trágica noite, saiu da Inglaterra e foi para os Estados Unidos esquecer os sons que costumava ouvir, os traumas. Tanto trauma que se internou no hospício, pensando que era loucura. No entanto, é a morte do seu irmão, anunciada por sua cunhada, Gwen (Emily Blunt), que o faz voltar para descobrir o que tem acontecido naquela redondeza.
De maneira não linear, com roteiro escrito por Andrew Kevin Walker e David Self (com base no de Curt Siodmak), portanto, o filme volta ao ponto inicial e mostra como foi a infância do rapaz, sua relação com o pai (Anthony Hopkins, ótimo!), que era frio e pouco amoroso (embora obsessivo com relação às mulheres), e por que as desgraças acontecem sempre nas noites de lua cheia.
O que o motiva a ir atrás do que aconteceu, além da cigana Maleva (Geraldine Chaplin), que afirmou ser o seu destino depois que fora mordido pela criatura e, por isso, não é possível mudar, é o amor que nasce em relação a Gwen. É o amor que sente por ela que o move a acabar com o mistério que ronda a mansão onde vive.
Com direção de Joe Johnston (“Jurassic Park 3”), “O Lobisomem” é um filme de época, situado no interior da Inglaterra e em Londres (onde aparecem de relance a Tower Bridge, a catedral St. Paul, o rio Tâmisa), uma cidade com ruas por onde passam cavalos, inspetores da Scotland Yard em busca do assassino, além de acampamento de ciganos. Todos, pois, com seus figurinos que condizem com a época (fim do século 19), mas com imagens sempre sombrias.
O lobisomem aparece primeiramente de relance, só a sua sombra, uma vez que seus movimentos são extremamente rápidos. No entanto, quando uma das cenas mostra a transformação do homem para a fera, então é revelado, passo-a-passo, os pelos a mais que crescem em seu corpo e rosto, as mãos, os pés, os dentes e toda a estrutura de seu corpo que é modificado para viver alguns minutos como predador.
Um dos problemas da fita é a trilha sonora incessante. Desse modo, ainda que seja bela, o espectador passa a ignorar o som, pois ele está sempre lá, e não se surpreende nos momentos de tensão e suspense, nem quando a música se altera para pregar susto.
Para os que não aguentam cenas permeadas de sangue e matança, atenção: há corpos dilacerados, vísceras esparramadas pelo chão (e que a câmera mostra com cuidado), cabeças cortadas, pulsos arrancados durante os ataques daquele que chamam, a princípio, de diabo.
O clímax, enfim, é um dos momentos mais esperados: o combate entre dois monstros e segue a torcida para descobrir quem vai levar a melhor. Afinal, quem chega no cavalo branco é a mocinha e não o príncipe encantado.
Em tempo dos filmes que exaltam criaturas como vampiros (“Crepúsculo”, “Lua Nova”), “O Lobisomem”, baseado também em uma lenda, reúne boa história de uma maneira bem contada, com ótimas interpretações (o olhar de Del Toro é incrível e consegue transmitir a fúria e as diferenças entre quando é o mocinho e quando se torna a besta) aliadas a efeitos especiais e maquiagem de primeira qualidade.
Trata-se de um remake do longa-metragem lançado em 1941 (de George Waggner), em preto-e-branco, a estreia desta sexta, 12: “O Lobisomem” (“The Wolfman”). Refilmagens, aliás, são pouco justificáveis, a não ser que sirvam para melhorar algo que era bom. Neste caso, pois, a ideia pode ter sido aprimorar os efeitos especiais e torná-los realistas. E neste ponto vai bem.
A lenda da criatura conhecida como licantropo, um humano com a habilidade de se transformar em lobo em noite de lua cheia, remete aos mitos dos gregos antigos. No cinema, a história conta sobre Lawrence Talbot (Benicio Del Toro, de “21 Gramas”), cuja infância fora bastante tumultuada, principalmente após a morte de sua mãe. Desde a trágica noite, saiu da Inglaterra e foi para os Estados Unidos esquecer os sons que costumava ouvir, os traumas. Tanto trauma que se internou no hospício, pensando que era loucura. No entanto, é a morte do seu irmão, anunciada por sua cunhada, Gwen (Emily Blunt), que o faz voltar para descobrir o que tem acontecido naquela redondeza.
De maneira não linear, com roteiro escrito por Andrew Kevin Walker e David Self (com base no de Curt Siodmak), portanto, o filme volta ao ponto inicial e mostra como foi a infância do rapaz, sua relação com o pai (Anthony Hopkins, ótimo!), que era frio e pouco amoroso (embora obsessivo com relação às mulheres), e por que as desgraças acontecem sempre nas noites de lua cheia.
O que o motiva a ir atrás do que aconteceu, além da cigana Maleva (Geraldine Chaplin), que afirmou ser o seu destino depois que fora mordido pela criatura e, por isso, não é possível mudar, é o amor que nasce em relação a Gwen. É o amor que sente por ela que o move a acabar com o mistério que ronda a mansão onde vive.
Com direção de Joe Johnston (“Jurassic Park 3”), “O Lobisomem” é um filme de época, situado no interior da Inglaterra e em Londres (onde aparecem de relance a Tower Bridge, a catedral St. Paul, o rio Tâmisa), uma cidade com ruas por onde passam cavalos, inspetores da Scotland Yard em busca do assassino, além de acampamento de ciganos. Todos, pois, com seus figurinos que condizem com a época (fim do século 19), mas com imagens sempre sombrias.
O lobisomem aparece primeiramente de relance, só a sua sombra, uma vez que seus movimentos são extremamente rápidos. No entanto, quando uma das cenas mostra a transformação do homem para a fera, então é revelado, passo-a-passo, os pelos a mais que crescem em seu corpo e rosto, as mãos, os pés, os dentes e toda a estrutura de seu corpo que é modificado para viver alguns minutos como predador.
Um dos problemas da fita é a trilha sonora incessante. Desse modo, ainda que seja bela, o espectador passa a ignorar o som, pois ele está sempre lá, e não se surpreende nos momentos de tensão e suspense, nem quando a música se altera para pregar susto.
Para os que não aguentam cenas permeadas de sangue e matança, atenção: há corpos dilacerados, vísceras esparramadas pelo chão (e que a câmera mostra com cuidado), cabeças cortadas, pulsos arrancados durante os ataques daquele que chamam, a princípio, de diabo.
O clímax, enfim, é um dos momentos mais esperados: o combate entre dois monstros e segue a torcida para descobrir quem vai levar a melhor. Afinal, quem chega no cavalo branco é a mocinha e não o príncipe encantado.
Em tempo dos filmes que exaltam criaturas como vampiros (“Crepúsculo”, “Lua Nova”), “O Lobisomem”, baseado também em uma lenda, reúne boa história de uma maneira bem contada, com ótimas interpretações (o olhar de Del Toro é incrível e consegue transmitir a fúria e as diferenças entre quando é o mocinho e quando se torna a besta) aliadas a efeitos especiais e maquiagem de primeira qualidade.
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