Antonio Carlos
Egypto
Está chegando a hora.
O evento cinematográfico mais importante do ano, a 41ª. Mostra
Internacional de Cinema de São Paulo, começa dia 19 de outubro e vai até 01 de
novembro, sem contar a repescagem, que estende as sessões por mais uma semana,
geralmente, aí somente no Cinesesc.
Durante o período oficial da Mostra, 30 espaços acolherão os filmes,
entre cinemas, centros culturais e museus.
Serão 394 títulos, incluindo 30 curtas-metragens e os filmes das
retrospectivas.
Só de retrospectivas de grandes diretores serão
3. A primeira, dedicada ao talentoso
diretor Alain Tanner, integra o Foco
Suíça , em que 32 longas recentes da produção do país serão exibidos. Agnès Varda será homenageada com o prêmio Humanidade
e terá 11 de seus filmes incluídos
na 41ª. Mostra. O trabalho da cineasta é
de excepcional qualidade. É para não
perder essas sessões. O diretor Paul
Vecchiali também ganha retrospectiva e recebe o prêmio Leon Cakoff. É um trabalho
provocador, que merece atenção.
Um belo programa retrô será acompanhar a comédia muda
“O Homem Mosca”, de 1923, protagonizada
por Harold LLoyd, em que ele se pendura
no relógio no alto de um prédio, que receberá o acompanhamento ao vivo da
orquestra Jazz Sinfônica, no Auditório Ibirapuera. Um luxo!
O cinema brasileiro terá presença farta na Mostra e
pela primeira vez se entregará o prêmio Petrobrás R$100.000,00 para o melhor
documentário e R$200.000,00 para a melhor ficção, com júri específico para
isso. Não faltará uma boa safra de
filmes latino-americanos, como de hábito se constata na Mostra. As últimas edições têm trazido filmes
entusiasmantes pela qualidade.
Desde que nasceu, o foco da Mostra é o cinema de todo
o mundo e a apresentação de novos talentos, cineastas que concorrem ao prêmio
principal do festival, desde que estejam em seu primeiro, segundo ou terceiro
longas. E o público vota nos melhores,
que serão analisados pelo júri oficial.
Os diretores consagrados, os premiados de festivais
internacionais, os indicados de seus países ao Oscar de filme estrangeiro,
compõem a Perspectiva Internacional, aqueles filmes que acabam provocando uma
grande procura e longas filas em algumas sessões. Mas quem pode resistir?
Por falar em filas, fazer assinaturas integrais, de
20 ou de 40 ingressos e retirá-los com antecedência na Central da Mostra, no
Conjunto Nacional, na avenida Paulista, viabiliza garantir lugar para as sessões, sobretudo as
mais badaladas. As assinaturas estarão à venda na Central a partir de 14 de
outubro.
O cartaz da 41ª. Mostra foi concebido pelo artista
chinês Ai Weiwei. Seu filme “Human Flow
– não existe lar se não há para onde ir”, que abre o evento, já identifica um
dos principais focos que podemos esperar na temática cinematográfica atual: a
grave crise mundial dos refugiados. Além
dela, as questões da diversidade, de gênero e do meio ambiente, devem se
destacar. É o cinema pulsando em
sintonia com o mundo.
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