Tatiana Babadobulos
Os Belos Dias (Les Beaux Jours). França, 2013. Direção: Marion Vernoux. Com: Fanny Ardant, Laurent Lafitte, Patrick Chesnais, Jean-François Stévenin, Fanny Cottençon. 94 minutos
Talvez porque a expectativa de vida da população tenha aumentado, talvez porque a população esteja envelhecendo, já que as pessoas estão tendo menos filhos. Há vários motivos para se falar, cada vez mais, na Terceira Idade. Aliás, há cada vez mais motivos para se falar com a Terceira Idade.
O cinema encontrou o foco e aborda o modo como essas pessoas vivem. Os realizadores retratam os idosos na tela grande de diversas maneiras, seja provando o romance, tal como fez Michael Haneke, em “Amor”, seja mostrando como eles vivem, como se relacionam com a família.
Baseado no romance “Une jeune fille aux cheveux blancs’’ (“Uma jovem mulher de cabelos brancos”), de Fanny Chesnel, “Os Belos Dias” (“Les Beaux Jours”) traz a musa do cinema francês, Fanny Ardant, no papel de Caroline, uma mulher de 60 anos, casada, com duas filhas, e recém-aposentada.
Enquanto sofre com a morte de sua melhor amiga, e também por ter deixado de trabalhar como dentista ao lado do marido, ganha das filhas a matrícula em um clube de aposentados e idosos chamado Les Beaux Jours, título original do longa-metragem.
O problema é que Caroline não está interessada em frequentar cursos
de ioga, de computação ou até mesmo de degustação de vinho e cerâmica.
Mas é dentro do tal clube que ela redescobre o romance. Ela se envolve
com um dos professores, que tem a idade de suas filhas.
O longa dirigido por Marion Vernoux traz imagens belíssimas, como a sequência que se passa dentro do carro. “Os Belos Dias” retrata uma típica família francesa, mas que poderia ser uma brasileira.
Tem também sensibilidade de comunicar como os idosos vivem de maneira original. E traz ainda a reflexão sobre a tal Terceira Idade, sem ser tabu. Afinal de contas, nem sempre as pessoas se preparam psicologicamente para viver com tanto tempo livre.
As filhas da protagonista nem perguntaram se a mãe gostaria de frequentar o tal clube, ou se ele preferiria ficar em casa sem fazer nada, ou simplesmente assistindo a filmes na televisão. Acham que é preciso se ocupar.
“Os Belos Dias” dialoga não apenas com os idosos, mas também com aqueles que, quem sabe, um dia chegarão lá. É uma ótima reflexão para se ter sobre o que fazer no dia depois de amanhã. Discute também sobre o fato de o jovem, ao contrário, não fazer absolutamente nada de útil, só pensar no aqui e agora.
No final de semana de estreia na França, o filme levou mais de 200 mil pessoas aos cinemas, arrancando elogios de público e crítica.
Os Belos Dias (Les Beaux Jours). França, 2013. Direção: Marion Vernoux. Com: Fanny Ardant, Laurent Lafitte, Patrick Chesnais, Jean-François Stévenin, Fanny Cottençon. 94 minutos
Talvez porque a expectativa de vida da população tenha aumentado, talvez porque a população esteja envelhecendo, já que as pessoas estão tendo menos filhos. Há vários motivos para se falar, cada vez mais, na Terceira Idade. Aliás, há cada vez mais motivos para se falar com a Terceira Idade.
O cinema encontrou o foco e aborda o modo como essas pessoas vivem. Os realizadores retratam os idosos na tela grande de diversas maneiras, seja provando o romance, tal como fez Michael Haneke, em “Amor”, seja mostrando como eles vivem, como se relacionam com a família.
Baseado no romance “Une jeune fille aux cheveux blancs’’ (“Uma jovem mulher de cabelos brancos”), de Fanny Chesnel, “Os Belos Dias” (“Les Beaux Jours”) traz a musa do cinema francês, Fanny Ardant, no papel de Caroline, uma mulher de 60 anos, casada, com duas filhas, e recém-aposentada.
Enquanto sofre com a morte de sua melhor amiga, e também por ter deixado de trabalhar como dentista ao lado do marido, ganha das filhas a matrícula em um clube de aposentados e idosos chamado Les Beaux Jours, título original do longa-metragem.
O longa dirigido por Marion Vernoux traz imagens belíssimas, como a sequência que se passa dentro do carro. “Os Belos Dias” retrata uma típica família francesa, mas que poderia ser uma brasileira.
Tem também sensibilidade de comunicar como os idosos vivem de maneira original. E traz ainda a reflexão sobre a tal Terceira Idade, sem ser tabu. Afinal de contas, nem sempre as pessoas se preparam psicologicamente para viver com tanto tempo livre.
As filhas da protagonista nem perguntaram se a mãe gostaria de frequentar o tal clube, ou se ele preferiria ficar em casa sem fazer nada, ou simplesmente assistindo a filmes na televisão. Acham que é preciso se ocupar.
“Os Belos Dias” dialoga não apenas com os idosos, mas também com aqueles que, quem sabe, um dia chegarão lá. É uma ótima reflexão para se ter sobre o que fazer no dia depois de amanhã. Discute também sobre o fato de o jovem, ao contrário, não fazer absolutamente nada de útil, só pensar no aqui e agora.
No final de semana de estreia na França, o filme levou mais de 200 mil pessoas aos cinemas, arrancando elogios de público e crítica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário