Tatiana Babadobulos
Looper - Assassinos do Futuro (Looper). Estados Unidos e China, 2012. Direção e roteiro:
Rian Johnson. Com: Joseph Gordon-Levitt, Bruce Willis e Emily Blunt. 118 minutos
Uma das coisas que mais confundem o espectador dentro da sala escura é o longa-metragem que trata de viagens no tempo. Um dos mais recentes, “A Origem” (2010), de Christopher Nolan, deixa a plateia se perguntando o que está acontecendo durante boa parte da projeção. É comum, aliás, as pessoas assitirem ao filme mais de uma vez para entender os detalhes.
Em “Looper – Assassinos do Futuro” (“Looper”), a situação não é diferente. A trama se passa em um futuro próximo, no qual um grupo de assassinos (os tais Loopers) são enviados do futuro para o presente a fim de matarem criminosos antes que os crimes sejam cometidos.
O problema é que, um deles, Joe (Joseph Gordon-Levitt, de “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge”), descobre que foi enviado para o passado para matar a si mesmo, em uma versão mais velha (Bruce Willis).
Até que o espectador entenda o que está se passando na tela, porém, já é quase o fim do filme. Aos cinéfilos mais ansiosos, existe uma dificuldade maior de acompanhar a trama, cheia de narrações em off para que cada personagem explique o que está fazendo. Logo no início, uma dessas narrações traduz o que são os loopers.
Na verdade, eles precisam encontrar quem são os loopers e dar o fim. Caso o seu looper fuja, a pessoa passa a ser o procurado. Por conta disso, o longa é violento, cheio de tiros e perseguições.
Depois de mostrar o seu talento em diferentes longas, Joseph Gordon-Levitt comprova que é mesmo um bom ator – ainda que seus traços tenham sido modificados com a maquiagem – e consegue transitar em diferentes gêneros.
Neste filme, seu personagem é viciado em drogas, entrega seu amigo em troca de prata, mas precisa solucionar um problema ainda maior no decorrer da trama. É neste ponto que entra em cena a personagem feminina do filme: Sara (Emily Blunt).
A trama de “Looper – Assassinos do Futuro” é tão confusa, que é provável que até mesmo o diretor e roteirista, Rian Johnson (de “Os Vigaristas”), não saiba ao certo o que está se passando. Quando entra em cena uma criança, filho de Sara, é que o espectador vai entender menos ainda a trama.
Acostumado a filmes de ação, Bruce Willis, aplica toda a sua malemolência e seu jeito de canastrão no seu personagem e dá ritmo ao filme. Os diálogos, embora tentem explicar o que se passa na tela, não têm bom humor, e talvez seja esse o elemento que falta na trama, para que dê mais leveza e conquiste o espectador de uma vez por todas no meio do filme. Sendo assim, é bem provável que muitos saiam da sala do cinema sem entender o que acabou de acompanhar na tela grande.
Oi, Tatiana. Bem, ao que parece você também ficou confusa no roteiro de "A Origem", pois o tema não é viagem no tempo nem de longe! rsrsrs.
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