Tatiana Babadobulos
Querido John (Dear John). Estados Unidos, 2010. Direção: Lasse Hallström. Roteiro: Jamie Linden. Com Channing Tatum, Amanda Seyfried, Richard Jenkins. 108 min.
Dirigido pelo sueco Lasse Hallström (de “Chocolate”, “Sempre ao seu Lado”), “Querido John” (“Dear John”), cuja estreia está marcada para esta sexta, 7, conta a história de John Tyree (Channing Tatum, de “G.I. Joe – A Origem de Cobra”), um soldado do Grupo de Operações Especiais que luta pelos Estados Unidos na Alemanha. Durante a licença de poucas semanas, conhece na praia a bela Savannah Curtis (Amanda Seyfried, do musical “Mamma Mia!”).
Como todo amor de verão, os dois trocaram juras de amor, mas as férias têm fim e cada um precisa tomar o próprio rumo: ela volta para a faculdade, e ele para algum lugar do mundo, onde há guerra. A partir de então, como John não pode revelar sobre suas missões, uma vez que se trata de segredo de Estado e segurança nacional, é por intermédio de cartas que ambos vão manter contato e fazer persistir o amor.
Apesar de tumultuado e repleto de problemas ao redor, a história criada com base no romance de Nicholas Sparks – que escreveu, entre outros, “Um Amor para Recordar” e “Noites de Tormenta” –, demora a convencer e, a certa altura, não convence mais. Tudo parece tão previsível e se coincide que fica difícil de acreditar. Outro empecilho é com relação ao pai de John, vivido por Richard Jenkins, um colecionador de moedas que, aos olhos da garota, é autista.
Essa interrogação (se o pai do rapai tem problemas mentais ou não) e outras, como o motivo pelo qual John não é bem-vindo no restaurante onde vai jantar com a garota pela primeira vez, não é esclarecido. É como se o diretor criasse para a plateia um suspense e, antes que tudo fosse solucionado, o longa-metragem chega ao fim, deixando o espectador no vácuo. É claro que esses dois pontos de interrogação não mudarão o desfecho do filme, mas também não justificam existir, se são apenas para serem jogados ao léu.
Ainda que a fita trate de relacionamentos (como o de John e Savannah), fala também sobre a relação entre pai e filho, que vivem sozinhos. A ausência da mãe não é pronunciada, mas o pai, ainda que estranho, trata o filho com amor, cozinha lasanha para os dois todos os domingos (e tudo com ele é repetitivo), tem medo de sair de casa e se relacionar com outras pessoas.
Dividido entre o trabalho, a missão em defender o país (principalmente após os ataques às Torres Gêmeas em 11 de setembro, em 2001), e o amor pela garota, o personagem-título precisa tomar uma decisão, mas ele prefere deixar a vida levar e, sozinha, escolher o seu destino.
“Querido John” discute amor a distância, separação, troca de cartas apaixonadas (no mundo onde e-mail e torpedos de celular são as vedetes) e confirma, prematuramente, a frase que um dia o Dalai Lama disse: “Se quer muito algo, é melhor deixá-lo livre. Se voltar para você, será seu para sempre; se não voltar, é sinal que nunca foi seu”.
Querido John (Dear John). Estados Unidos, 2010. Direção: Lasse Hallström. Roteiro: Jamie Linden. Com Channing Tatum, Amanda Seyfried, Richard Jenkins. 108 min.
Dirigido pelo sueco Lasse Hallström (de “Chocolate”, “Sempre ao seu Lado”), “Querido John” (“Dear John”), cuja estreia está marcada para esta sexta, 7, conta a história de John Tyree (Channing Tatum, de “G.I. Joe – A Origem de Cobra”), um soldado do Grupo de Operações Especiais que luta pelos Estados Unidos na Alemanha. Durante a licença de poucas semanas, conhece na praia a bela Savannah Curtis (Amanda Seyfried, do musical “Mamma Mia!”).
Como todo amor de verão, os dois trocaram juras de amor, mas as férias têm fim e cada um precisa tomar o próprio rumo: ela volta para a faculdade, e ele para algum lugar do mundo, onde há guerra. A partir de então, como John não pode revelar sobre suas missões, uma vez que se trata de segredo de Estado e segurança nacional, é por intermédio de cartas que ambos vão manter contato e fazer persistir o amor.
Apesar de tumultuado e repleto de problemas ao redor, a história criada com base no romance de Nicholas Sparks – que escreveu, entre outros, “Um Amor para Recordar” e “Noites de Tormenta” –, demora a convencer e, a certa altura, não convence mais. Tudo parece tão previsível e se coincide que fica difícil de acreditar. Outro empecilho é com relação ao pai de John, vivido por Richard Jenkins, um colecionador de moedas que, aos olhos da garota, é autista.
Essa interrogação (se o pai do rapai tem problemas mentais ou não) e outras, como o motivo pelo qual John não é bem-vindo no restaurante onde vai jantar com a garota pela primeira vez, não é esclarecido. É como se o diretor criasse para a plateia um suspense e, antes que tudo fosse solucionado, o longa-metragem chega ao fim, deixando o espectador no vácuo. É claro que esses dois pontos de interrogação não mudarão o desfecho do filme, mas também não justificam existir, se são apenas para serem jogados ao léu.
Ainda que a fita trate de relacionamentos (como o de John e Savannah), fala também sobre a relação entre pai e filho, que vivem sozinhos. A ausência da mãe não é pronunciada, mas o pai, ainda que estranho, trata o filho com amor, cozinha lasanha para os dois todos os domingos (e tudo com ele é repetitivo), tem medo de sair de casa e se relacionar com outras pessoas.
Dividido entre o trabalho, a missão em defender o país (principalmente após os ataques às Torres Gêmeas em 11 de setembro, em 2001), e o amor pela garota, o personagem-título precisa tomar uma decisão, mas ele prefere deixar a vida levar e, sozinha, escolher o seu destino.
“Querido John” discute amor a distância, separação, troca de cartas apaixonadas (no mundo onde e-mail e torpedos de celular são as vedetes) e confirma, prematuramente, a frase que um dia o Dalai Lama disse: “Se quer muito algo, é melhor deixá-lo livre. Se voltar para você, será seu para sempre; se não voltar, é sinal que nunca foi seu”.
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