terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

O MENSAGEIRO



Antonio Carlos Egypto


O MENSAGEIRO (The Messenger). Estados Unidos, 2009. Direção: Oren Moverman. Com Ben Foster, Woody Harelson, Jena Malone e Samantha Morton. 112 min.


Os Estados Unidos, ou melhor, o seu povo, está purgando os males de guerra, em que o país sempre se envolve. A intervenção no Iraque vai cobrando o seu preço em vidas ceifadas e sofrimentos que ficam. Vidas de gente muito jovem, na faixa dos 20 anos de idade, com tudo pela frente. Alguns já com esposa e filhos, mas a maioria com seus vínculos mais fortes com pai e mãe.

Quando os pais ou a mulher apoiam a atuação militar no Iraque e aprovam que seus parentes se disponham a ir para lá, geralmente não consideram seriamente a ideia de uma morte em combate, assim, tão prematura.

Por isso, é preciso ter militares à altura de uma missão espinhosa: comunicar a morte ou desaparecimento de seus entes queridos. E as reações serão as mais diversas: do desespero à agressão aos mensageiros, os “culpados” visíveis. De uma aceitação conformista, que surpreende, a uma revelação de traição, que se dá nessa hora.

Mas é trabalho para militar nenhum botar defeito, haja coragem. Alguns vão preferir a exposição aos tiros e às bombas a ter de enfrentar isso.

Bem, é dessa missão que trata o filme, sem qualquer inovação ou brilho particular. O tema é sério e sofrido. As histórias complementares à trama principal tratam de arejar um pouco a coisa, para que a película não se torne simplesmente triste ou depressiva. Tem até algum humor. Mas não é fácil elevar o astral do público, com um tema desses, convenhamos.

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