sábado, 27 de outubro de 2018

NOVOS DIRETORES NA 42a. MOSTRA


Antonio Carlos Egypto


42ª Mostra anuncia finalistas ao Troféu Bandeira Paulista

Astrid Adverbe, Edgard Tenembaum, Ferzan Ozpetek, Sérgio Machado e Teresa
Villaverde integram o júri oficial desta edição

Os filmes da 42ª Mostra que estão na Competição Novos Diretores recebem votos do público, após serem exibidos na primeira semana da Mostra. As obras mais bem votadas serão submetidas ao Júri, que avaliará e escolherá os longas vencedores do Troféu Bandeira Paulista — uma criação da artista plástica Tomie Ohtake— na categoria melhor filme. Os jurados também podem premiar obras em outras categorias.
Neste ano, os filmes mais votados pelo público foram A Costureira dos Sonhos, de Rohena Gera, Ága, de Milko Lazarov, Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos, João Salaviza e Renée Nader Messora, Culpa, de Gustav Möller, Deslembro, de Flavia Castro, ¡Las Sandinistas!, de Jenny Murray, Meio Irmão, de Eliane Coster, O Mau Exemplo de Cameron Post, de Desiree Akhavan, Os Relatórios de Sarah e Saleem, Muayad Alayan, Rir ou Morrer, de Heikki Kujanpää, Sócrates, de Alex Moratto, e Yomeddine, de A. B. Shawky.

Desses filmes de novos diretores melhor votados pelo público da Mostra, vi A COSTUREIRA DE SONHOS, um indiano com características mais comerciais, mas bem feito.  Conta a história do envolvimento afetivo entre um patrão jovem que ia se casar, mas não se casou, e sua bela empregada.  Um envolvimento que poderia evoluir para amoroso, não fosse o fato de que as castas indianas são absolutamente impermeáveis a mudança.  O que vale no filme é como ele mostra essa realidade rígida que permeia todas as relações humanas e o quanto isso limita a vida.


OS RELATÓRIOS DE SARAH E SALEEM


OS RELATÓRIOS DE SARAH E SALEEM, o filme palestino, também trata de um amor inviável, mas vai mais fundo e entra no contexto político.  Um homem e uma mulher, ambos casados, acabam se envolvendo sexual e amorosamente, gerando uma dupla traição.  Se isso já é um drama, imagine se esse homem for palestino e essa mulher, israelense?  Esse romance proibido se transformará numa crise política de grandes dimensões em Jerusalém.

O dinamarquês CULPA, que já comentei aqui antes, é um filme notável.  Está entre os melhores de toda a Mostra.  Mesmo sem ter visto ainda os outros filmes indicados dos novos diretores, eu faria minha aposta nele para o troféu.  Mas, claro, é preciso ver os outros.  Pode haver novas pérolas entre eles.  Tomara que seja assim.



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