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quarta-feira, 11 de novembro de 2015

007 Contra Spectre

Tatiana Babadobulos


007 CONTRA SPECTRE (Spectre). Reino Unido e Estados Unidos, 2015. Direção: Sam Mendes. Roteiro: John Logan e Neal Purvis. Com Daniel Craig, Léa Seydoux, Monica Bellucci, Ralph Fiennes. 148 min.

Não dá pra ir assistir ao longa-metragem “007 Contra Spectre” (“Spectre”) e achar que vai encontrar um filme como os de arte, com recheio filosófico e tratamento intimista.
Quando se compra um tíquete para ver mais uma sequência da bilionária franquia, já se sabe o que vem pela frente: ação, muita ação. E, nesse quesito, Sam Mendes  (de “Beleza Americana”, “Soldado Anônimo” e “007 Operação Skyfall”) entrega aquilo o que promete.
O ator Daniel Craig diz que este é o seu último papel como James Bond. O final, aliás, dá isso a entender. Ele fecha com chave de ouro uma sequência de quatro filmes como o espião mais conhecido do mundo e eternizado por gigantes como Sean Connery, Pierce Brosnan, Roger Moore e outros. Há rumores, no entanto, que ele também fará o papel no 25º filme da franquia.
Os clichês são muitos e estão todos lá. O nome do espião, do jeito que só ele sabe contar; os carros rápidos, esportivos e cheios de ferramentas; e as “traquitanas” que se transformam em outras para livrá-lo de algum perigo. A maneira como ele sai dos percalços condizem com o verdadeiro James Bond, para delírio da plateia lotada.
O início da trama se passa na Cidade do México. Na primeira fuga, um plano sequência digno de Alfred Hitchcock. Mas o charme da cena termina por aí. Dali pra frente, ficam a ação, a correria, as perseguições, a música alta e repetitiva martelando na cabeça para ninguém esquecer que trata-se da série 007.
A narrativa vai passar ainda por Marrocos, por Roma, pelas montanhas geladas da Áustria e, claro, Londres.
Tudo começa quando Bond é levado para a Cidade do México a partir de uma mensagem cifrada. De lá, segue para Roma, onde conhece Lucia Sciarra (a bela Monica Belluci), que está de luto. Bond se infiltra em uma reunião e descobre a existência da organização Spectre.

Nessa reunião, aliás, o vilão é mostrado apenas como uma sombra. A voz e o próprio letreiro de abertura do filme já indicam quem é o ator. Sua calma e seu jeito sarcástico são imbatíveis, embora Javier Barden, em “Skyfall”, também esteja sensacional.
Assim como em “Skyfall”, cuja Bond Girl era francesa (Bérénice Marlohe), desta vez é a também francesa Léa Seydoux (“Azul É a Cor Mais Quente”) que ocupa o lugar. Ela atira, ajuda o agente 007 a se salvar, além de ser belíssima. Falta um pouco de química com James Bond, mas este é o menor dos problemas no meio de muita ação, sangue e tiros.
“Spectre” é o 24º filme da série e não pode ficar de fora da sua filmografia, se for fã de Bond. James Bond.
Em tempo: No Brasil, o longa estreou na quinta, 5 de novembro. No mundo, segundo a revista “Variety”, “007 Contra Spectre” rendeu US$ 300 milhões em bilheteria. Só nos EUA, em seu fim de semana de estreia, a produção arrecadou US$ 73 milhões.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Intocáveis




Tatiana Babadobulos

Intocáveis (Intouchables). França, 2011. Direção e roteiro: Olivier Nakache e Eric Toledano. Com: François Cluzet, Omar Sy e Anne Le Ny. 112 minutos


Dirigido e escrito a quatro mãos por Olivier Nakache e Éric Toledano, o longa-metragem francês “Intocáveis” (“Intouchables”) obteve grande sucesso de público e crítica no seu país, e foi capaz de levar aos cinemas mais de 23 milhões de pessoas. Como a obra teve baixo orçamento (menos de 10 milhões de euros), o público que prestigiou a produção fez dela um fenômeno nas bilheterias.

Com François Cluzet e Omar Sy, a comédia é baseada no livro autobiográfico de Philippe Pozzo di Borgo (“O Segundo Suspiro”) e conta a história de Philippe (Cluzet), um multimilionário que, após ficar paraplégico, precisa de um enfermeiro para ajudá-lo nas tarefas simples do dia a dia.

Depois de várias entrevistas, ele contrata Driss (Sy), negro ex-presidiário que não tem qualquer formação para o cargo, mas se deslumbra com o estilo de vida do milionário. Além de ajudá-lo a tomar banho e se a trocar, já que possui força e disposição, o cuidador leva o patrão para se divertir com mulheres e outras coisas que ele não fazia há muito tempo.




O longa, baseado no livro “O Segundo Suspiro”, escrito pelo próprio Phillippe Pozzo di Borgo, e no “Você Mudou a Minha Vida”, versão da história do enfermeiro argelino Abdel Sellou, não foca muito nas passagens tristes da vida do personagem; prefere mudar o olhar para a comédia, ao contrário, por exemplo, de “O Escafandro e a Borboleta”. E é sobre a amizade improvável entre duas pessoas que o longa foca: um pobre e um milionário, um negro e um branco, além da diferença de idade.

Destaque para a interpretação de Omar Sy, vencedor do Cesar 2012 de Melhor Ator, principalmente em uma das cenas mais interessantes que é o seu solo da dança.

“Intocáveis” garante boas gargalhadas, mas também doses extras de emoção.


Sucesso
No Brasil, o longa-metragem, que estreou em 30 de agosto, já foi visto por mais de 500 mil pessoas. E, ao invés de diminuir a cada semana, o filme faz o caminho inverso: apresenta um aumento semanal na bilheteria. Segundo a California Filmes, distribuidor da fita no país, em sua quarta semana em cartaz, o filme teve crescimento de 23% e subiu uma posição no ranking, terminando em quarto lugar. No acumulado, o filme arrecadou R$ 5,6 milhões.

Entre as causas possíveis do sucesso pode ser o fato de se abordar o tema delicado sem ser triste e depressivo e de ter a capacidade de falar com todos os públicos.

Filmes franceses, de uma maneira geral, são considerados cult, muitas pessoas não entendem, principalmente pelo fato de muitos não terem um final explícito (vide “Caché”, de Michael Haneke).

Quando se trata de um assunto delicado, como é o caso do milionário tetraplégico que procura um enfermeiro para ajudá-lo nas tarefas diárias, a tendência é que a trama seja dramática, triste, pra baixo.

“Intocáveis” vai ao contrário desse “padrão”. Isso porque o filme trata dessa temática teoricamente triste, de uma maneira inteligente e engraçada, eleva o espírito de qualquer espectador ao ver o desejo de viver que tem o cadeirante. E  não é só: tem começo, meio e fim, mas não é contado de maneira linear. Existe uma volta no tempo logo no início.

François Clerc, dos estúdios Gaumont, produtor do longa-metragem, indica que o sucesso se deve ao fato de o filme falar de heróis comuns. “O filme fala de pessoas que são rejeitadas – os cadeirantes e aqueles que vivem na periferia. E também porque é uma história real.”

Depois do sucesso na França, o longa-metragem ganhou prêmios, veio para o Brasil e, graças à distribuição, que não o isolou no “circuito de arte”, outras pessoas tiveram a chance de assisti-lo. Assim, muitos podem comprovar que filme francês não precisa ser, necessariamente, restrito aos intelectuais de plantão.

O boca a boca também ajudou bastante. Com as performances do atores, muitas pessoas comentaram não apenas na saída do cinema (assisti ao filme em uma sessão lotada, em pleno domingo), mas também nas redes sociais. Na semana de estreia, choveram comentários no Facebook e no Twitter de pessoas que assistiram ao filme, gostaram e contaram aos seus amigos.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Bruna Surfistinha

Tatiana Babadobulos

Bruna Surfistinha. Brasil, 2011. Direção: Marcus Baldini. Roteiro: Homero Olivetto, José de Carvalho e Antônia Pellegrin. Com: Deborah Secco, Drica Moraes, Fabíula Nascimento, Cássio Gabus Mendes.

O livro que virou filme já atraiu um milhão de espectadores ao cinema. "Bruna Surfistinha", longa-metragem sobre a garota de classe média, Raquel, que sai da casa dos pais para ser garota de programa, está fazendo sucesso nos cinemas e está apenas em seu segundo final de semana de exibição.

Ao todo, a fita já arrecadou mais de R$ 9 milhões e está entre os 10 filmes mais vistos do ano. No cinema nacional, é raro quando isso acontece. Vimos recentemente o sucesso de "Tropa de Elite 2", no ano passado, que atingiu o recorde e foi assistido por quase 11 milhões de espectadores.

Segundo o Filme B, o longa produzido pela TV Zero e lançando pela Imagem Filmes foi a segunda abertura de 2011 (liderando o ranking na ocasião da sua estreia) e a sétima entre as aberturas nacionais nos últimos 20 anos.

Estrelado por Deborah Secco e dirigido por Marcus Baldini, "Bruna Surfistinha" começa contando a história de Raquel e como ela era rejeitada na escola, e deixada de lado por sua família. Embora fosse filha adotiva, esse não era o seu problema. O divisor de águas no seu comportamento, segundo o filme, é quando, após ir estudar na casa de um colega da escola, é publicado na internet um vídeo seu fazendo sexo oral no tal colega. A partir daí, ela vira motivo de chacota na classe e decide sair de casa e ganhar as ruas de São Paulo.

Então, Raquel, que mais tarde se tornou Bruna, vai parar em uma casa onde divide o "trabalho" com outras garotas. Não demorou muito para fazer mais sucesso que suas colegas. E, a partir de então, começa a fazer vários programas por dia e a ganhar dinheiro. Muito dinheiro. E daí foi um pulo para começar a ser tratada como uma "prostituta de luxo", principalmente por conta das suas amizades, do seu diferencial e da ajuda da internet.

"Bruna Surfistinha", apesar do tema delicado, trata com muita propriedade e bom gosto as (poucas) cenas de sexo. É pesado, mas não chega a ser vulgar nem deixa a plateia envergonhada com as cenas exibidas, longe de ser as porno chanchadas brasileiras do passado.

O bom humor também está presente no roteiro escrito por Homero Olivetto, José de Carvalho e Antônia Pellegrin, baseado no livro "O Doce Veneno do Escorpião", principalmente quando se trata dos jargões que se usam e na figura da cafetina, vivida por Drica Moraes, ou a também garota de programa Fabíula Nascimento (de "Junto & Misturado"). No papel de um dos clientes, Cássio Gabus Mendes.

Deborah Secco, no papel-título, desfruta de plena forma: tanto física quanto no que diz respeito à interpretação. Entrega-se à personagem e faz com que o espectador se envolva na sua história, quer seja boa ou ruim.

"Bruna Surfistinha" tem alguns problemas cinematográficos, como o roteiro linear, não deixando espaço para a criatividade; narrações em off desnecessárias. Há também, como já foi bastante observado, "furos" na direção de arte, quando mostra equipamentos eletrônicos modernos para a época na qual o filme se passa. Mas esses são os menores dos problemas. Assim como a carreira de Raquel, principalmente após a exploração da internet como forma de divulgação do seu trabalho, o longa também promete seguir em ascenção.

A discussão comportamental e as consequências que podem existir entre as garotas da idade de Raquel sobre seu trabalho e como "se deu bem na vida", é um assunto que deixo para especialistas no assunto, como psicólogos, sociólogos e até mesmo os pais. Aqui, deixo uma lista extensa de filmes que trataram com glamour a vida de outras prostitutas, como "Uma Linda Mulher", "Noites de Cabíria", "A Bela da Tarde", entre tantas outras produções de sucesso.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O BESOURO VERDE

                                                  Antonio Carlos Egypto



O BESOURO VERDE (The Green Hornet).  Estados Unidos, 2010.  Direção: Michel Gondry.  Com Seth Rogen, Jay Chou, Cameron Diaz, Tom Wilkinson, Christoph Waltz.  119 min.

O cineasta francês Michel Gondry costuma filmar coisas estranhas, excêntricas ou mágicas, geralmente com base em sonhos e jogando com o tempo e a memória.  Em parceria com o escritor e roteirista Charlie Kaufman, criou um universo que poderemos classificar de “surrealista kitsch”, em que o ilusionismo joga papel central.
“Brilho eterno de uma mente sem lembranças”, de 2004, brinca com o tempo e com o desejo de apagar desilusões amorosas e com as dificuldades funcionais que podem surgir daí. “Sonhando acordado”, de 2006, é o exemplo mais evidente da estética kitsch.  Mostra mãos enormes num corpo pequeno, estúdios de TV montados com embalagens de ovos e outras inúmeras extravagâncias.  Em “Rebobine, por favor”, de 2008, um cidadão desmagnetiza incidentalmente todas as fitas VHS de uma locadora, cujos donos irão refazer os filmes à sua moda.  No episódio de “Tóquio”, de 2009, uma mulher se transforma periodicamente em cadeira.
Nenhum desses filmes é uma obra-prima, mas é possível se divertir com eles e há coisas bastante originais nessas brincadeiras todas.  Gondry não é um cineasta qualquer.  Tem bom humor e criatividade. 
Seu mais recente filme é “O Besouro Verde”, que está sendo exibido em 3D e, com maior destaque, na tela Imax.  Um filme de muita ação e efeitos especiais, na fórmula de mercado que persegue os milhões de dólares que devem ser conquistados por meio de grandes plateias.  E não deu outra: o filme é o campeão de bilheteria atual, nos Estados Unidos.
O Besouro Verde é um herói antigo.  As informações divulgadas dão conta de que ele nasceu em 1936, no rádio, depois foi para os quadrinhos, para a TV, e já teve como parceiro até o lendário Bruce Lee.  É um daqueles heróis que se valem de todos os métodos, dos mais invasivos, violentos e inteiramente fora da lei, a pretexto de combater criminosos.  Ou seja, crime se combate com crime: uma contradição ética.
Nas mãos de Michel Gondry, os personagens ganham muita tecnologia e se almeja a comicidade.  Britt (Seth Rogen), o que se esconde sob a identidade de Besouro Verde, é o herdeiro instantâneo de um grande jornal e conglomerado de comunicação, uma vez que seu pai morre de um dia para o outro, surpreendentemente. 
Irresponsável e imaturo, ele nada quer da vida, a não ser se divertir, de preferência perigosamente.  Descobre em Kato (Jay Chou), empregado do pai,  um gênio, não só das artes marciais ou da inteligência, mas da invenção.  Carros e equipamentos de fazer inveja a James Bond são criados por ele.  A dupla vai barbarizar na cidade.  Não se sabe ao certo se para combater bandidos de verdade ou para se divertir com a brincadeira violenta. E, a partir daí, tudo se destrói e se arrebenta, o tempo todo.  Não fica um vidro para contar a história.  Até numa briga de socos, a casa vai sendo literalmente destruída: móveis, objetos de adorno, computadores, TVs de última geração, tudo se acaba.
O próprio jornal vai sendo destruído, junto com os carros mais do que especiais e seus aparatos de alta tecnologia.  Tudo é muito chique e atualizado.  Para ser literalmente consumido, instantaneamente destruído.  Uma metáfora do capitalismo consumista, que pode acabar com o planeta?
Tudo isso mostrado em 3D, na tela Imax, é de um exagero tal que, ao final das duas horas de projeção, o que resta é o esgotamento e, paradoxalmente, o tédio.  Foi Lampedusa quem disse que “tudo acontece para que nada aconteça”, não é?  Pois é isso.  O resultado de tanta tecnologia e tantos efeitos é o vazio.
Mas aonde foram parar as ideias criativas de Michel Gondry, as excentricidades, as maluquices?  “O Besouro Verde” pretende-se uma comédia de ação. Ação tem até demais.  Quebra-quebra, explosão, porrada. Sem tensão ou violência com cara de coisa real. Não, é brincadeirinha, coisa de gibi. Mas qual é a graça?  Umas poucas frases espirituosas, ditas ao longo da narrativa? Esse ritmo acelerado, vertiginoso, excessivo?   
Qual é a diferença entre assistir a um filme desses e andar numa montanha russa? Quem gostar de curtir essas sensações algo extravagantes e artificialmente produzidas, que aproveite.  Eu disse extravagantes?  Quem sabe é por isso que o diretor desse filme é o Michel Gondry.  Pelo menos isso ainda tem algo a ver com seus trabalhos anteriores.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1


Tatiana Babadobulos 

Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1 (Harry Potter and the Deathly Hallows – Part 1). Estados Unidos e Reino Unido, 2010. Direção: David Yates. Roteiro: Steve Kloves. Com Daniel Radcliffe, Ralph Fiennes, Rupert Grint, Emma Watson, Helena Bonham Carter. 146 min.


Quando os produtores de Harry Potter decidiram dividir o sétimo e último livro de J.K. Rowling em duas partes, boa coisa não era. O motivo para isso é, obvia­mente, estender por mais um ano os lucros de uma das fran­­quias mais rentáveis de todos os tempos. Mas o maior problema dessa decisão é não condensar a his­tória e fazer com que, no ci­nema, ela perca a agilidade que os ou­tros longas-metragens da série tinham, e se torne arrastado.

“Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1” estreou na sexta, 19, e registrou, em seu final de semana de estreia, o recorde de maior abertura da história da Warner Bros. Pictures no Brasil. Ao todo, 1,3 milhão de pessoas foram aos cinemas assistir ao filme, fazendo com que ele assumisse a liderança de mais visto em três dias de abertura, superando os cinco primeiros filmes -- só ficando atrás do sexto, "Harry Potter e o Enigma do Príncipe", que registrou 1,8 milhão de espectadores.

No início da fita, a manchete do jornal avisa: “Marca Negra espalha terror”. A partir de então, as ima­gens fazem as apresentações dos personagens de maneira a situar o espectador. Como é início de ano letivo, os alunos de Hogwarts estão em casa com suas famílias. Harry Potter (Daniel Radcliffe), que há muito deixou de ser um bruxinho ingênuo, está sendo procurado por Lord Vol­demort (Ralph Fiennes) e, por isso, seus amigos vão resgatá-lo em casa para fazer a transferência em segurança.

Durante uma festa, Harry, Ron Weasley (Rupert Grint) e Hermione Granger (Emma Watson), que repetem seus papéis, saem à francesa com a missão de encontrar e destruir o segredo da imortalidade de Voldemort: as tais Horcruxes. A partir de então, eles começam a fugir, se disfarçar e burlar os Comensais da Morte, que tomaram conta do Ministério da Magia, já que no filme passado Alvo Dumbledore foi morto.

Neste longa, o destaque vai para os três garotos, uma vez que os outros personagens pouco se envolvem na trama – estão guar­dando o clímax maior para o epi­sódio final. Entre as interpreta­ções marcantes está Helena Bonham Carter, como a Comensal da Morte Belatriz Lestrange.

A direção novamente está sob a batuta de David Yates, que também foi o responsável por "Harry Potter e a Ordem da Fênix" e "Harry Potter e o Enigma do Príncipe", todos com roteiros escritos por Steve Kloves. Com sua câmera, ele respeita as linhas de Rowling e leva o espectador para dentro do filme já no início em travelling perfeito.

Embora nos dois primeiros filmes da franquia as histórias fossem voltadas para as crianças, com a mistura de magia e fantasia, a cada ano os livros ficaram mais densos e sombrios e o público foi acompanhando o crescimento dos atores. Sobretudo nes­te longa-metragem, é possível confirmar a afirmação já na pri­meira meia hora de projeção, quando os Comensais da Morte se reúnem com o Lorde das Tre­vas que, após matar uma mulher com sua varinha, usando o fa­moso feitiço Avadra Kedavra, oferece o corpo como jantar para a gigante cobra que está por ali. Além de, digamos, uma cena assustadora, é também horrível por conta da frieza com que Voldemort trata esse tipo de situação. A mesma cobra, aliás, prota­goniza outra cena cheia de sustos em outra sequência muito bem filmada.

Outro detalhe que o longa apre­senta são as brigas dos adolescentes, uma vez que os três vão passar muito tempo juntos e, uma hora ou outra, Ron vai sentir ciú­me de Harry com sua namorada, Hermione. Os beijinhos, po­rém, ficaram de fora da tela. Eles apenas trocam olhares e se apro­vei­tam de um bom-humor contido pa­ra desfa­zer a tensão e fazer a plateia gargalhar. Outras sequências engraçadas são quando utilizam, mais de uma vez, a poção polis­suco.

À medida que procuram pistas em suas andanças, os três des­cobrem uma lenda antiga: as Re­líquias da Morte, que é re­pre­sentada por um símbolo formado pela pedra da ressurreição, pela capa de invisibilidade e pela va­rinha. E, sabendo disso, vão continuar a busca (mas só no outro filme).

Os efeitos especiais estão por toda parte, mas, ao invés de utili­zarem o cenário sempre muito explorado nos outros fimes, como o castelo onde estudam, agora eles vão filmar cada vez mais em loca­ções, como praia, campo e até ruas da capital inglesa. Efeito especial também está presente nas animações, como quando Her­mione explica “Os Contos de Beedle, o Bardo” e na volta dos elfos Dobby e Mons­tro.

Tal como em “Os Senhor dos Anéis: As Duas Torres”, filme intermediário daquela trilogia, “Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1” é cansativo, arrastado e bastante longo, uma vez que possui mais de duas horas de dura­ção. No entanto, quem acompa­nha a série desde o início, não pode perder. Ao final, quando as luzes do cinema se acendem, fica a pergunta: quando será a batalha final? A qualquer hora, se você preferir ler o livro, ou a partir de 15 de julho de 2011, nos cinemas.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Longas de animação

Tatiana Babadobulos


O mercado de animação não para. “A Era do Gelo 3”, que estreou em 1º de julho, é o filme de animação mais visto nos cinemas de todos os tempos, além de ter superado “Titatic”, a maior bilheteria brasileira até então. Ao todo, o Brasil alcançou a marca de 9 milhões de espectadores, e somando cerca de R$ 80 milhões de arrecadação desde sua estreia (e até 18 de agosto).

Um dos motivos do sucesso parece ter sido a versão 3-D. Segundo o Filme B, 6,790 milhões de pessoas assistiram a “A Era do Gelo 3” em 2-D e 2,160 milhões, em 3-D, o que resultou em arrecadação R$ 50,57 milhões e R$ 28,24 milhões, respectivamente.

“A Era do Gelo 3” é dirigido pelo brasileiro Carlos Saldanha, que começou como codiretor no primeiro filme, lançado em 2002. No segundo, em 2006, passou a dirigi-lo e, por consequência, dar mais destaque à sua criação, o esquilo Scrat, que continua tentando agarrar a noz, mas não apenas ela, uma vez que parece ter encontrado sua cara-metade.

Os outros personagens dos longas anteriores continuam, além de terem a companhia de novos, como os mamutes Manny (com voz de Diogo Vilela, na versão dublada) e Ellie (Cláudia Jimenez) esperam o nascimento de seu bebê; a preguiça Sid (Tadeu Mello) continua atrapalhada e engraçada, mas dessa vez ultrapassa os limites quando se apossa de ovos gigantes que vão dar origem a dinossauros; os gambás loucos por confusão Crash e Eddie; e o tigre dentes-de-sabre Diego (Marcio Garcia) começa a se questionar sobre sua capacidade de lutar, correr e de continuar convivendo com os amigos que agora estão vivendo em família.

Outra novidade é a doninha Buck (Alexandre Moreno), caçadora de dinossauros, que vive no mundo subterrâneo (onde moram os dinossauros), e acabam ajudando os personagens em sua missão.

Destaque para o bom humor do roteiro, uma vez que a história é capaz de arrancar boas (ou serão ótimas?) gargalhadas dos adultos também, além de uma trilha sonora impecável, com direito ao clássico de Lou Rawls "You'll Never Find Another Love Like Mine", "Alone Again (Naturally)", de Gilbert O' Sullivan, além de canções compostas por John Powell, como o tango "You'll Never Tango".

O longa-metragem, aliás, chega em DVD a partir de 30 de setembro. Imperdível.


Outra animação que está conquistando os espectadores é “Up - Altas Aventuras”, que se tornou a maior bilheteria de abertura (de 4 dias) de um filme da Disney-Pixar no país. O décimo longa-metragem do estúdio ficou em primeiro lugar no ranking, levando 525.505 espectadores aos cinemas e somando a renda de R$ 5.672.268. Em número de espectadores, o filme atingiu o terceiro lugar entre os longas de animação da Disney-Pixar no país, atrás apenas de "Os Incríveis" e "Procurando Nemo".

As 75 salas 3-D onde a fita foi exibida foram responsáveis por 40% do total de ingressos vendidos e 51% do total da renda. Os cinemas com projeção em 35mm, 243 salas, ficaram com 60% do total de público e 49% do total de bilheteria.

“Up - Altas Aventuras” é o primeiro longa-metragem da Pixar a ser lançando em 3-D e foi a primeira animação a abrir o Festival de Cannes, em maio deste ano.  A animação conta a história de Carl Fredricksen (dublado em português por Chico Anysio), um vendedor de balões de 78 anos que começa a lutar contra os investidores por conta da casa onde sempre morou. Isso porque eles querem comprá-la para construir mais um edifício no local.

Contudo, Carl é sentimental demais para ceder à pressão do capitalismo. A casa que conserva foi cenário do ninho de amor que construiu ao lado de Ellie, sua paixão desde a adolescência, pessoa com quem compartilhava os sonhos de aventura de um dia, enfim, conhecer as Cachoeiras do Paraíso, na América do Sul. 

Tal como a animação "Wall-E" (lançada em 2008), que pode ser classificada também como ficção científica e comédia romântica, a trama de “Up - Altas Aventuras” começa como romance, mas logo após a primeira parte vira drama. É quando Ellie adoece e morre, deixando Carl desolado, mas ao mesmo tempo com forças para colocar em prática o seu sonho de voar.
A partir de então, o longa-metragem de animação criado por Pete Docter (o mesmo de "Monstros S.A.") passa a ser uma aventura liderada pelo velho, que resolve o problema de tirar a sua casa do terreno cobiçado pelos investidores ao amarrar milhares de bexigas nela e fazê-la flutuar, tal como se estivesse, de fato, dentro de um balão.

Pouco antes de ele ter essa brilhante ideia, porém, bate à sua porta um menino de oito anos, Russell, que se diz explorador da natureza e, portanto, quer ajudar o idoso a atravessar a rua, cortar a grama do seu jardim, o que for, a fim de ganhar mais um distintivo em seu colete. A maior descoberta de Carl é que, assim que a casa parte para os ares, alguém bate novamente à sua porta e pede para entrar.

Embora ele seja ranzinza e reclamão (os trejeitos e os sons que emite em protesto, aliás, lembram os mesmos resmungos de Clint Eastwood, em "Gran Torino"), e prossiga vivendo de lembranças, já que Ellie continua presente – nas fotos colocadas nas paredes e nas estantes da casa, no caderno onde escreve desde criança as suas aventuras, na poltrona onde costumava se sentar –, inclusive em termos musicais, já que a trilha sonora que se repete quando ela aparece subliminarmente como personagem do filme, sua vida dá uma guinada e, no caminho da aventura, enfrenta o mal e seus próprios defeitos, conhece gente nova, convive com o garoto que poderia ser o neto que nunca teve, faz amigos bichos, como o cachorro falante Dug e o pássaro gigante Kevin. 

Com a utilização da técnica tridimensional para construir a animação, é possível observar os avanços do estúdio na construção dos personagens, da riqueza de detalhes dos pelos, das peles, das roupas etc. E também do 3-D, que com a utilização dos óculos especiais é possível perceber alguns elementos saltarem da tela, mas o espectador tem principalmente a ilusão de profundidade nas cenas aéreas, que são deslumbrantes e contam com cenários incríveis. 

“Up - Altas Aventuras” não é o melhor filme da Pixar, no entanto, há de se dizer que se trata de uma produção bem-feita, que utiliza alta tecnologia para o desenvolvimento dos personagens animados por computador, com senso de humor peculiar, principalmente por conta do humor ácido do protagonista que se contrapõe à inocência da criança, e conta uma história emocionante do início ao fim.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Os Normais 2

Tatiana Babadobulos

O maior lançamento nacional, em número de cópias (400 no total), "Os Normais 2 - A Noite Mais Maluca de Todas" estreou nos cinemas brasileiros na sexta-feira, dia 28 de agosto, e liderou o ranking do fim de semana nas bilheterias brasileiras. Ao todo, segundo o Filme B, o longa-metragem sobre as histórias de Rui e Vani rendeu R$ 3,5 milhões e foi visto por 361 mil espectadores.

Na fita, os personagens principais, vividos por Fernanda Torres e Luiz Fernando Guimarães, aparecem em cena cantando e dançando "Livin' La Vida Loca", de Ricky Martin, enquanto os créditos aparecem. Eles estão em um karaokê e, na sequência, brigam. Assim, os dois dão continuidade ao enredo que se passa em uma noite (daí o subtítulo do filme), pois percebem que o noivado que já dura 13 anos está morno e ambos querem dar uma aquecida no relacionamento fazendo um "ménage à trois" (relacionamento sexual entre três pessoas).

A partir daí, eles começam a procurar a terceira pessoa que poderia participar do grupo. A primeira é Drica Moraes, que faz o papel da prima de Vani, que talvez topasse a brincadeira. E depois há outras, como Danielle Suzuki, que virou bicampeã de kickboxing (e não bissexual); Claudia Raia, como uma perua mal-humorada, mas que os convida para conhecer sua banheira de hidromassagem; Mayana Neiva, a francesa que está procurando uma ménagère (ou seja, uma faxineira); Alinne Moraes, como uma prostituta.

A narrativa é bem parecida com o que seria um capítulo estendido (tem menos de 80 minutos), a não ser a pronúncia de muitos palavrões pelos atores e cenas de mau gosto, como quando começam a bater em uma idosa no meio da confusão (ainda que seja uma cena ingênua).

Com orçamento de R$ 5 milhões divididos entre a Globo Filmes e a Imagem Filmes, a expectativa é que a bilheteria seja parecida com o primeiro filme, por volta de três milhões de espectadores. Caso o sucesso seja atingido, há planos de voltar com o seriado para a televisão, além da terceira sequência. Outra negociação é a Globo que está fazendo diretamente com a Sony americana, que pretende vender o formato para o prime time (o horário nobre deles).

Com o sucesso das comédias nacionais no ano, como "Se Eu Fosse Você 2", "A Mulher Invisível", "Os Normais 2" tem o seu lugar cativo. Porém, prepare-se para dar duas ou três risadas e conferir uma fórmula desgastada, embora a química e o timing para a comédia dos atores continuem ótimos.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

A Mulher Invisível

Tatiana Babadobulos

“A Mulher Invisível”
, comédia dirigida por Cláudio Torres (“Redentor”), estreou no dia 5 de junho e, em sua segunda semana de exibição (12 a 14/06), atingiu o primeiro lugar do ranking de bilheterias do final de semana. Nesses três dias, mais de 276 mil pessoas foram assistir ao filme estrelado por Selton Mello e Luana Piovani, que soma quase 800 mil espectadores.

Além de dirigir o longa-metragem, Cláudio Torres também é responsável pelo roteiro e pela produção. Sendo assim, ele escreveu a personagem que dá nome ao filme, a tal mulher invisível, pensando na atriz Luana Piovani. Na trama ela é Amanda, vizinha de Pedro (Selton), que começa a fazer parte de sua vida, assim que sua esposa (Maria Luiza Mendonça) o deixa e viaja com um alemão.

A partir de então, ele passa a viver a vida de solteiro indo a festas raves, alternando a companhia na cama, de modo que a cada noite uma mulher nova ocupa o espaço deixado. Até que, depois de se isolar (dar "um tempo do mundo", como ele diz em uma passagem), bate a sua porta a mulher próxima ao ideal (ou seja, faz parte de sua ideia): bela, dedicada, adora futebol e não tem crise de ciúme. No entanto, como não é mistério, já que é o mote do filme, ela simplesmente não existe, é fruto da imaginação do rapaz que está desolado por conta da perda da esposa, uma vez que ele tinha o sonho de passar a vida toda com ela, ter filhos etc. Amanda passa a cuidar dele, os dois se apaixonam e vivem a vida de casal.

Então, seu amigo e colega no trabalho (ambos trabalham como controladores de trânsito), Carlos (Vladimir Brichita), começa a desconfiar da paixão, pois ainda não a viu. Cético com relação ao amor, Carlos conhece a vizinha de Pedro, Vitória (Maria Manoella), que acabara de ficar viúva, mas é apaixonada pelo vizinho. Os personagens estão no Rio de Janeiro, mas a história poderia acontecer em qualquer lugar do mundo, uma vez que a maior parte das cenas acontece no apartamento de Pedro, em restaurantes, cinemas etc.

Selton Mello, como já é conhecido do público, vive o personagem de maneira intensa, com senso de humor que lhe é peculiar, timing perfeito para comédia e sempre se destaca quando em cena. Aqui, assim como em "Meu Nome não é Johnny", quando Selton vive o protagonista que se envolve com drogas se tornando um traficante internacional, cortam a luz do seu apartamento (e ele passa a usar luz de velas), assim como cortam o telefone por falta de pagamento. É como se o ator conseguisse lidar muito bem com esses episódios.

Luana utiliza mais os seus atributos físicos para viver esta personagem, uma vez que na maior parte das cenas ela aparece vestindo lingeries (a maioria das peças é dela mesma): um perfeito desfile de calcinha e sutiã, ora comportado, ora ousado, incluindo cinta-liga e corpete. Um dos momentos de destaque do filme é com a participação de Fernanda Torres, que vai à casa de sua irmã, Vitória, para também ouvir a conversa do vizinho através da parede com ajuda de um copo. E Maria Manoella, aliás, é a tal mulher real, de carne e osso, com defeitos, como uma gordurinha aqui, outra ali, com ataque de ciúme.

No longa-metragem "A Garota Ideal" (que será lançado em DVD em julho), o protagonista se apaixona por uma boneca que encomendou pela internet, e de fato acredita que ela é real, fazendo com que o espectador se sinta um pouco constrangido com as cenas em que os dois dialogam. No filme de Cláudio Torres, porém, o protagonista também dialoga com algo irreal, mas o espectador, ao contrário do outro filme, fica mais confortável, uma vez que a personagem, vez ou outra aparece, conversa com o rapaz e faz parecer que é real.

Destaque também para a trilha sonora, que acompanha o estado de espírito dos personagens: música incidental fúnebre quando ele está triste tentando retomar as atividades cotidianas, e rock and roll quando vai dançar, se divertir etc., principalmente músicas de Ramones, Janes Joplin, Lobão.

Embora "A Mulher Invisível" seja um filme previsível e sem grandes aprofundamentos, é possível que conquiste o espectador que vai correr às salas de cinema para acompanhar o novo trabalho de Selton Mello que, de fato, está bem, embora não seja a sua melhor interpretação; as belas curvas de Luana Piovani e a certeza que a tal mulher ideal não existe.

Seja como for, "A Mulher Invisível" é um filme de qualidade, que vale a pena ser conferido, ainda que seja para homenagear o cinema brasileiro ou apenas dar duas ou três gargalhadas com as poucas piadas que de fato são engraçadas e fazem pensar.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Bilheteria em tempo de blockbuster

Tatiana Babadobulos
Com a estréia mundial, na semana passada, de "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal", a bilheteria brasileira mudou totalmente de figura. Há quatro semanas em cartaz, o longa-metragem "Homem de Ferro" assumia a liderança contra “Speed Racer”, por exemplo, que ocupa a quarta colocação nesta semana. O filme do super-herói, porem, acabou cedendo seu lugar para a produção dirigida por Steven Spielberg e protagonizada por Harrison Ford.
No feriado prolongado, a bilheteria brasileira ganhou R$ 9.171.256 pela produção. A soma só é menor, entre os 10 primeiros filmes da semana, que “Homem de Ferro”, que está três semanas a mais em cartaz, tendo acumulado R$ 20.886.237.
De acordo com o site Filme B, o quarto filme “Indiana Jones” somou US$ 126,000,000 nos Estados Unidos, assumindo, também, o primeiro lugar neste país. A segunda colocação fica para “As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian”, com US$ 91,077,000, em sua segunda semana em cartaz; e a terceira colocação da semana fica para “Homem de Ferro”, com US$ 252,314,000, há um mês em cartaz.
As disputas continuam. Difícil é escolher ao que assistir quando se tem apenas grandes produções em cartaz, principalmente porque nesta semana estréia “As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian”. Na semana que vem, dia 6 de junho, entra em cartaz “Sex and the City – O Filme” e “O Incrível Hulk” invade as telas dia 13. Ou seja, vai ser difícil correr atrás dos filmes independentes.
Em tempo: Embora a rede Cinemark (principal rede com a exibição de blockbusters) inaugure sete salas no novo Shopping Cidade Jardim, há uma luz no fim do túnel. Nesta sexta, 30, o Bourbon Shopping Pompéia abre dez salas do Espaço Unibanco. Ufa!