quarta-feira, 28 de setembro de 2022

DUETTO

Antonio Carlos Egypto

 

 



DUETTO (Duetto).  Brasil, 2021.  Direção: Vicente Amorim.  Elenco: Luísa Arraes, Marieta Severo, Gabriel Leone, Maeve Jinkings, Giancarlo Giannini, Michele Morrone, Elisabetta de Palo. 102 min.

 

 

“Duetto” é uma produção brasileira/italiana, escrita por Rita Buzzar e dirigida por Vicente Amorim, que conta uma história envolvendo São Paulo e uma pequena cidade italiana na Apúlia, com elenco dos dois países, falada em português e também em italiano. 

 

É um melodrama familiar centrado na figura de Cora (Luísa Arraes), uma adolescente que sofre a perda do pai num acidente e está em busca de sua identidade, liberdade e maturidade.  Essa perda também afeta profundamente as irmãs Lúcia (Marieta Severo), avó de Cora, e Sofia (Elisabetta de Palo).  Sofia está casada com Gino (Giancarlo Giannini), que vem a ser ex-noivo de Lúcia.  Após 40 anos de separação, as irmãs se encontrarão na Itália, por conta da possível venda de terras da família.  Para lá irá também Isabel (Maeve Jinkings), mãe de Cora.  E por lá os fantasmas que habitam as histórias desta família haverão de circular.

 

Para dar um toque especial à narrativa, faz parte da situação um cantor italiano de sucesso, que se apresentava num festival de música na localidade, colocando música na conversa e na tragédia.  O ano é 1965, em que o Brasil acabava de mergulhar na ditadura militar que se prolongaria por 21 anos.

 




Com esses elementos e um elenco tanto brasileiro como italiano de altíssima qualidade, Vicente Amorim dirige um melodrama em tom baixo, beirando o depressivo, e com um bom número de diálogos lacônicos, a partir sobretudo da personagem de Marieta Severo.  Ela deve ter aproveitado a experiência do exílio italiano com Chico Buarque para se sentir à vontade nos diálogos em italiano de que participa.  Aliás, o filme vale muito por esse grande elenco.  Tem um excelente ator italiano do porte do veterano Giancarlo Giannini.  Elisabetta de Palo e Michele Morrone, que faz o cantor Marcelo Bianchini, também estão ótimos.  Do lado brasileiro, além de Marieta, Maeve Jinkings, atriz talentosa de muitos bons trabalhos no cinema brasileiro, e Gabriel Leone estão muito bem nos seus papéis.  O destaque vai para a jovem Luísa Arraes como protagonista, no papel de Cora.

 

O enredo inclui algumas surpresas e mistérios, mas, no final das contas, segue o padrão clássico do melodrama e caberia muito bem, esticado, numa novela televisiva, que dispensasse os exageros interpretativos.

 

As locações na bela região da Apúlia valorizam o filme, que nos mostra a beleza geográfica do lugar e nos leva a caminhar pelo belo centro histórico, uma experiência turística, cinematográfica, nada desprezível.




 

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

O PERDÃO

    Antonio Carlos Egypto

 

 



O PERDÃO (Ballade of a White Cow).  Irã, 2020.  Direção: Maryam Moghadam e Behtash Sanaeeha.  Elenco: Maryam Moghadam, Alireza Sani Far, Pouria Rahimi Sam, Lili Farhadpour.  105 min.

 

 Moisés disse ao seu povo:

Allah ordena que se mate uma vaca.

Ao que todos responderam: Você zomba de nós? 

Alcorão  (A sura da vaca)

 

Daí vem o estranho título do filme iraniano, Ballade of a White Cow, aqui chamado de “O Perdão”, dirigido pelo casal Behtash Sanaeeha e Maryam Moghadam.  Um filme que, embora inspirado de perto na realidade vivida em parte pelos próprios diretores, é uma ficção dramática, que traz para o centro da narrativa a questão da pena capital.

 

A pena de morte, adotada em alguns países, como o Irã, se reveste de um sentido fatal e irreversível diante do erro.  Da possibilidade de sentenciar um inocente à perda da própria vida.  Já não importará quando, depois da execução, houver o esclarecimento do caso, incluindo o reconhecimento de culpa de outra pessoa por um assassinato, por exemplo.  Algumas pessoas atuaram como juízes, votando pela condenação máxima, em função de possíveis provas e da convicção que se estabeleceu no processo.  É ainda pior nos casos em que não há um processo com as garantias amplas à defesa e ao contraditório.  Por perseguição política, como em várias situações veio a acontecer.

 

Um juiz que se vê na situação de ter contribuído para a morte de um inocente, como se sente?  Poderia fazer algo para reparar tal conduta?  Há reparação possível para a morte de alguém, a partir de uma injustiça, mesmo que realizada sem más intenções ou premeditação?  Há reparação possível diante da morte?  E o que pode dar a um grupo de pessoas o direito de decidir sobre a interrupção da vida de alguém?  Em nome de quê?

 

No caso de uma sociedade guiada pelo autoritarismo religioso, a redução da dissonância pode se dar com a crença de que, se assim aconteceu, foi pela vontade de Deus, que está acima da compreensão dos seres humanos. O que, evidentemente, não soluciona a questão, nem aplaca a consciência de fato.

 





Ocorre que, para além da eliminação de alguém do mundo dos vivos, ficam as situações dos familiares e amigos que aqui permaneceram.  Em particular, no caso abordado no filme, como o condenado era um homem casado e com uma filha com deficiência auditiva, sobra muito para a mulher.  Claro, em primeiro lugar tentando lutar por justiça e procurando sobreviver com dignidade, apesar de tudo.  Mas se ela encontrar apoio de algum homem nessa situação poderá ser condenada pela vizinhança, que representa um meio de controle social muito eficaz, em nome da sociedade.  E mais, coisas práticas podem agravar o quadro, quando a mulher pode ser posta sumariamente na rua, desalojada do local de moradia que alugava, por ter recebido em sua casa um homem que não conhecia e que não é seu parente.  O moralismo rígido complica ainda mais as já suficientemente grandes dificuldades de uma mulher tornada viúva por uma decisão do Estado.

 

Isso é o que se encontra no filme iraniano “O Perdão”, que corajosamente põe em questão a legislação que contempla a pena de morte e a situação da mulher na sociedade, extremamente agravada em casos como esse.  Chama a atenção para o fato de que, se há pena de morte, essa decisão é tomada por pessoas que estabelecem o veredito e que outras pessoas terão a obrigação legal de executar.  O que acontece a essas pessoas, como manter a saúde mental e física, diante de um erro fatal?  Seria preciso muito cinismo para continuar achando que tudo segue bem.  E não viver um turbilhão dentro de si.

 

Por tudo isso que escrevi, dá para ver que é importante assistir a filmes como “O Perdão”, porque nos fazem pensar em coisas muito importantes.  E aplaudir pelo êxito de conseguir realizar uma produção que, como todos os filmes do país, parte de uma autorização inicial de uma comissão de censura, que tem de aprovar o roteiro para obter permissão para filmar.  E que está sujeita a proibição posterior de exibição no país, se o resultado não for do agrado da censura oficial.

 

Que o cinema iraniano siga sendo tão fértil e tão presente no mundo, apesar de tudo o que já aconteceu com seus cineastas, da prisão ao exílio de tantos, chega a ser um milagre.  A verdade é que a arte se alimenta da própria tragédia dos autoritarismos para exercer a resistência em nome de seu povo.  E é capaz de colocar em dúvida certas certezas e antigos dogmas, mesmo à custa de muito esforço e sacrifício.  Rompendo barreiras.

 

 

 

sexta-feira, 16 de setembro de 2022

5 CASAS

 ANTONIO CARLOS EGYPTO

                                



  

5 CASAS.  Brasil, 2021.  Direção: Bruno Gularte Barreto.  Documentário.  85 min.

 

“5 Casas”, documentário gaúcho de Bruno Gularte Barreto, se insere numa tendência atual de construir uma obra a partir de uma experiência pessoal, familiar, ou que inclua ou dialogue com essa experiência.

 

É o caso desse belo documentário que sabe explorar as emoções da vida pessoal com um talento visual muito claro.  Por exemplo, quando vai revelando fotos antigas, há muito guardadas, à luz de velas e quando fixa essas fotos nas paredes da casa sem reboque.  Ou, ainda, quando projeta uma foto do menino, tirada no estúdio de fotografia da pequena cidade, que ocupava uma parede da casa dos pais, por iniciativa da mãe.

 

Tudo tem início quando o cineasta é instado a voltar à sua pequena cidade natal, Dom Pedrito, no interior do Rio Grande do Sul, e cuidar de caixas de papelão abandonadas num galpão, cujo teto desabou.  Isso o obriga a mexer em fotos, objetos, lembranças do passado, que ali tinham ficado após a morte dos pais do diretor, há vinte anos. 

 

A partir disso, revisita sua cidade e algumas figuras marcantes para ele e para a comunidade.  Com isso, acaba explorando as características que marcam socialmente esse mundo e põem em evidência o chamado Brasil profundo, da simplicidade e do afeto, mas também da pobreza, do preconceito, da crueldade.

 



Filma uma velha professora que procura continuar a viver na casa onde sempre morou, tentando mantê-la em pé e a salvo da especulação imobiliária, que deseja demoli-la.   Entrevista um velho capataz, pouco antes de morrer, que viveu isolado numa antiga fazenda considerada assombrada.  E repercute essa solidão e os sonhos de poder voltar a cavalgar.

 

 Uma freira poderosa, que comandou uma instituição educacional, com competência e mão de ferro, é sumariamente obrigada pela Congregação, por voto de obediência, a deixar a cidade a contragosto e apesar dos apelos da comunidade para que pudesse ficar.  Reencontra um amigo de infância que nunca escondeu sua homossexualidade e que expõe as agressões que sempre sofreu e volta a sofrer, quando retorna à cidade.

 

A nostalgia dá lugar à pequenez e à sordidez das pessoas humanas que não abriram suas cabeças, não puderam ampliar seus horizontes e acabam se alimentando de pequenas e grandes crueldades.  Um caldo de cultura para alimentar o fascismo nosso de todos os dias, explorado por uma extrema direita que destrói e arrasa.  O pequeno universo de Dom Pedrito torna-se, assim, eloquente e representativo e a vida pessoal do cineasta ilustra o necessário e urgente caminho de saída rumo à oxigenação, sem se esquecer das raízes que o constróem, para o bem ou para o mal.



sábado, 10 de setembro de 2022

3 FILMES

  Antonio Carlos Egypto

  

Entre os filmes em cartaz nos cinemas, há pedidas para todos os gostos.

 


Se você é fã do cinema fantástico, o filme ERA UMA VEZ UM GÊNIO (Three Thousand Years of Longing), 2021, dirigido por George Miller, pode lhe interessar.  Que tal um gênio que é libertado de um objeto onde tem levado uma vida solitária de 3000 anos e já passou por muitas situações que aconteceram neste tempo todo?  Mas que precisa satisfazer os famosos três desejos de alguém para conquistar sua liberdade.  E se esse alguém que o soltou não pretender realizar esses desejos?  Até porque se rege por uma experiência acadêmica que valoriza o conhecimento e a racionalidade.  Além do mais, essas coisas nunca acabam bem, não é?  Os protagonistas são ótimos: Tilda Swinton e Idris Elba, se bem que o fantástico não dê muita margem à elaboração de personagens densos.  E é difícil embarcar numa história de amor e afetos tão estratosférica.  Em todo caso, o filme é divertido, cheio de efeitos especiais visualmente bonitos.  Perde um pouco no ritmo.  Baseado em um conto, acaba sendo longo demais, sem ter tanto o que acrescentar à situação básica que o sustenta.  108 min.

 



O filme francês de 2020 AMANTES (Amants), dirigido por Nicole Garcia, constrói um suspense sustentado por um triângulo amoroso.  No centro, Lisa (Stacy Martin) tem um romance de juventude com Simon (Pierre Niney), que vivia do tráfico de drogas.  Abandonada por ele depois de um grave incidente, ocorrido em Paris, eles se reencontrarão tempos depois num hotel no Oceano Índico, quando ela já está casada com Léo (Benoît Magiel).  O vínculo do passado segue forte e pode conduzir a graves consequências, desta vez em Genebra.  Ou seja, mesmo afastados no tempo e vivendo em lugares distintos, a história prosseguirá.  Com belas locações e um bom elenco, o filme não chega a empolgar.  Não é uma trama original, nem desenvolvida de forma especialmente criativa.  Mas se vê com prazer.  102 min.

 



ENCONTROS, de Hong Sang-soo, da Coreia do Sul, de 2021, é mais uma vez uma pequena joia fílmica desse diretor que faz de relações amorosas, familiares e de amizade, o seu foco.  Trata aqui de encontros, fortuitos ou combinados, que marcam momentos importantes na vida das pessoas.  O que inclui, naturalmente, os desencontros, as frustrações e até as excentricidades.  Tudo que é simples e humano tem lugar nas filmagens em preto e branco desse cineasta.  As reações das pessoas, muitas vezes mostradas em volta da mesa, com bebida e comida, vão da timidez à surpresa, do estranhamento à agressividade.  No caso aqui, considerando a inevitabilidade de certas situações, o acaso que junta as pessoas e as coisas.  O destino, de algum modo presente nas três histórias interconectadas que compõem a obra.  No elenco deste pequeno filme, de 66 minutos, estão Shin Seok-ho, Park Mi-so, Kim Young-ho e Ki Joo-bong.  



quarta-feira, 7 de setembro de 2022

O TERRITÓRIO

Antonio Carlos Egypto

 

 



O TERRITÓRIO, que foi o filme de encerramento do festival É TUDO VERDADE 2022, é uma produção Brasil, Dinamarca, Estados Unidos, dirigido pelo norte-americano Alex Pritz.  Se passa em Rondônia, junto aos indígenas Uru-eu-wau-wau que, ao longo das décadas passadas, foram vendo o seu território minguar, até o momento atual, em que o espaço de floresta que ainda lhes cabe parece ser o mínimo para a própria sobrevivência.  No entanto, um grupo de agricultores, grileiros, se apodera de uma área protegida dessa floresta, sem encontrar fiscalização ou controle dos órgãos do governo federal responsáveis por isso.  Pior, no governo Bolsonaro eles se sentem vencedores, confiando na impunidade, mesmo sabendo que estão agindo abertamente contra a lei.  Confiam que a própria lei e sua prática estão sendo mudadas, para favorecê-los, protegê-los.

 

  O documentário de Alex Pritz convive tanto com os indígenas quanto com os posseiros e fazendeiros.  Percebe o apego, respeito e proteção à floresta, que embalam a população originária indígena dessa região de Rondônia.  No convívio com os invasores, encontra uma relação violenta com a terra, além do negacionismo quanto à própria existência dos índios ali.

 

 A violência se materializa de forma muito concreta na morte de um jovem líder indígena que ostentava o título de “protetor da floresta”.  Suprema ironia.  E quem teria de proteger a floresta não se empenha em investigar mais essa morte anunciada, pelo conflito de interesses aí envolvidos e pela diferença de poderes que os distingue.

 

  Sem sentir que possam contar com o apoio oficial, os indígenas encontram apoio em militantes ambientais e vão descobrindo os seus próprios caminhos.  Com o auxílio de drones, celulares, filmagens, eles encontram meios de produzir provas, denunciar e se defender por conta própria, tentando expulsar os invasores, destruindo ou queimando cabanas que eles erguem em meio à terra indígena.

 

 É dramático o que O TERRITÓRIO mostra.  Não que já não tenha sido relatado pelo jornalismo investigativo dos órgãos sérios da mídia, da imprensa, televisiva ou pela Internet.  Só que o convívio concreto, e de perto, com os dois grupos traz uma emoção que ultrapassa em muito o noticiário sobre o tema.  A imersão nessa realidade causa tanto desconforto que os números do desmatamento recorde da Amazônia dos últimos anos até perdem parte da sua força.  E, olha, que esses números são assustadores.  83 min.

 

 

sábado, 3 de setembro de 2022

AMIRA

                                             Antonio Carlos Egypto

 

 




AMIRA (Amira).  Egito/Jordânia, 2021.  Direção: Mohamed Diab.   Elenco:  Saba Mubarak, Ali Suliman, Tara Aboud.  98 min.

 

Amira (Tara Aboud) é uma adolescente de 17 anos, que vive com sua mãe Warda (Saba Mubarak) e o pai Nuwar (Ali Suliman), que ela só conhece de encontrá–lo na prisão.  Ele é um prisioneiro político palestino, considerado terrorista por Israel.  Ela o visita regularmente com a mãe e conversam por telefone, separados por um vidro grosso.  Há, entretanto, afetividade nesse relacionamento familiar.

 

Segundo consta, Amira foi concebida por inseminação artificial, com o esperma do pai.  E, desta mesma maneira, Nuwar espera conceber agora um outro filho com Warda.  Apesar das resistências iniciais por parte da mãe, repete-se o processo, sendo que agora fica evidente que Nuwar é estéril.  Isso vai provocar uma derrocada na vida de Amira.  Ela terá de conviver com as suspeitas em relação à mãe e fará um périplo em busca de quem seria seu pai.

 

Todo o foco do filme se centra na figura da jovem Amira, mas o contexto moral, religioso e político que envolve o caso, numa Jordânia que participa do eterno conflito no Oriente Médio, está bem caracterizado.  O Egito aparecerá como possível rota de fuga nesse contexto conflitivo.

 



O diretor egípcio Mohamed Diab já é nosso conhecido, pelo ótimo filme “Cairo 678”, de 2011, que tem crítica postada aqui no Cinema com Recheio.  O cineasta demonstra uma capacidade de trabalhar num clima de suspense em cima de situações bem concretas da vida, como essa.  Um suspense envolvente que nos mantém interessados em como a situação poderá evoluir e o que mais poderá estar encoberto pela trama.

 

Os fatores culturais aí presentes, os valores aí abarcados, têm efetivamente uma cor local e questões políticas específicas, embora tenha também um significado mais amplo e universal.  Ressalvadas todas as peculiaridades, o dilema moral, a busca pela paternidade e a revelação da identidade, são questões que dialogam com todos os contextos e culturas.

 

O principal mérito desse filme é justamente a aplicação do clima de suspense que fisga o espectador num assunto importante e realista.  Não precisa de nenhum artificialismo, nem de situações ou personagens excepcionais para impor seu ritmo.  Para isso, conta com uma atriz jovem muito talentosa, um grande ator no papel do pai e um bom elenco que dá sustentação ao trabalho.

 

A situação abordada é concreta, muitos casos de inseminação artificial e de contrabando de esperma têm acontecido e têm caráter político marcante.  Tanto que o filme que, por seus méritos, seria o indicado da Jordânia para o Oscar de filme internacional, deixou de acontecer, após fortes críticas de um suposto enfoque pró Israel e de desrespeito ao sofrimento dos presos políticos palestinos e de suas famílias.

 

“Amira” está participando da Mostra de Cinema Árabe em andamento e chega aos cinemas regulares logo em seguida.

 

MOSTRA ÁRABE

No Cinesesc, São Paulo, está acontecendo a 17ª. Mostra Mundo Árabe de Cinema, que vai até 07 de setembro de 2022, apresentando filmes inéditos e recentes do Líbano, da Jordânia, do Egito, de Marrocos, da Palestina, da Tunísia. 

 

Em paralelo, no Sesc Digital, estão disponibilizados três títulos para serem assistidos gratuitamente on line, neste link: https://sesc.digital/colecao/cinema-em-casa-com-sesc