quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Viva a França!

Tatiana Babadobulos




VIVA A FRANÇA! (En Mai Fais Ce Qu'il Te Plaît), França, 2015. Direção: Christian Carion. Roteiro: Christian Carion, Andrew Bampfield e Laure Irmann.  Com August Diehl, Joshio Marlon, Alice Isaaz.  114 min.



Para recontar o êxodo de milhões de franceses durante a Segunda Guerra Mundial, nos anos 1940, o cineasta francês Christian Carion se vale do olhar de um pai alemão e de seu filho de oito anos de idade.

É durante a invasão nazista na França que se passa o longa-metragem “Viva a França!” (“En Mai Fais Ce Qui’il Te Plaît”). Na trama, Hans (August Diehl), que se considera comunista, foge da Alemanha e, fingindo ser belga, se mistura com os franceses que vivem em um pequeno vilarejo. Proíbe o filho, Max (Joshio Marlon), por exemplo, de falar alemão. 
Mesmo entre os dois, o idioma oficial deve ser o francês.

Hans, porém, é descoberto e preso. Max fica para trás, mas é cuidado pela professora, Suzanne (Alice Isaaz). Com a ajuda dela, aliás, o garoto tem uma ótima ideia para não desistir do pai.

Junto com o prefeito e outros habitantes do vilarejo, os dois vão viajar de carroça, a pé, de bicicleta, com um caminhão velho, rumo ao norte, para, então, atravessar até o Reino Unido e fugir dos nazistas.



Ter como enfoque o olhar das crianças não é novidade no cinema, mas é sempre emocionante. Em “O Menino do Pijama Listrado” (2008), o tema é o holocausto, contado aos olhos de um pequeno rapaz. Já no italiano “A Vida É Bela” (1997), o pai finge estar participando de uma grande brincadeira para driblar as emoções do filho, pois, na verdade, está em um campo de concentração. Os dois finais a história já deu conta de escrever.

Neste longa francês, pontuado pela música original de Ennio Morricone (“Por um Punhado de Dólares”, “Os Intocáveis”), a trama é baseada em histórias da mãe do cineasta.

“Viva a França!” é um road-movie que se passa no interior daquele país e traz pequenas histórias de família, enchendo o espectador de esperança.

O longa passou pelo Festival Varilux de Cinema Francês, neste ano, e agora estreou comercialmente.

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