Antonio Carlos
Egypto
O TESOURO (Comoara). Romênia, 2015. Direção e roteiro: Corneliu Porumboiu. Com Cuzin Toma, Adrian Purcarescu, Corneliu
Cozmei, Cristina Toma. 89 min.
Em época de crise econômica mundial, flexibilização
de direitos trabalhistas, desemprego, recursos escassos, a falta de dinheiro
atinge todos, de uma forma ou de outra.
Quando as dívidas se acumulam, qual pode ser a
saída? Jogar na loteria, roubar? Mais charmoso, por certo, é imaginar que
exista algum tesouro enterrado no jardim de algum lugar, que a gente possa
encontrar e resolver o problema. A
história da busca ao tesouro povoa a imaginação das crianças, desde
sempre. E se de repente ela puder ser verdadeira?
Conta a lenda que, numa vila romena, uma fortuna
teria sido enterrada no quintal, para preservá-la do confisco pelo regime
comunista. Um detector de metal, que
pode ser alugado por um dia, poderia servir para encontrá-la. Verdade ou não, a
questão é: o que seria hoje o tão almejado tesouro, se ele existir? Façam suas apostas, vendo o ótimo filme “O
Tesouro’, de Corneliu Porumboiu.
O cineasta é um talento já reconhecido depois de dois
trabalhos muito criativos e originais na forma como se desenvolvem, dentro de
um clima onde, aparentemente, nada acontece.
São os filmes “A Leste de Bucareste”, de 2006, e “Polícia, Adjetivo”, de
2010.
Porumboiu nos convida, em todos os seus filmes, em
que ele também é responsável pelo roteiro original, a observar calmamente a
vida de personagens do povo, na lida diária, mas com alguma ideia estranha na
cabeça. O que pode gerar problemas,
conflitos e, via de regra, complicações com a polícia.
Revela o que foi o regime opressor e desconectado da
realidade de Ceausescu, por meio desses personagens, tentando sobreviver como
podem, uma vez que as regras do jogo são sempre contra eles.
O trabalho de Corneliu Porumboiu merece ser
conhecido. Quem não viu seus filmes
anteriores, tente encontrá-los por aí. E
aproveite para ver no cinema “O Tesouro”.
É preciso ter paciência com o ritmo do filme, mas não deixar de vê-lo
até o fim. Como em seus outros
trabalhos, é chegando lá que tudo se decide e se revela, sempre de modo
inteligente e original.
Olá Antônio, como não consegui qualquer outro meio de comunicação, vai por aqui mesmo. Sou de Goiânia e participo de uma iniciação científica onde estudamos a transgressão de gênero nas obras de Almodóvar. Através das minhas pesquisas, descobri seu livro, porém não consegui acha-lo para venda na internet. Acredito que ele seria essencial para mim e para minhas colegas e gostaria de saber se este livro ainda está disponível. Obrigada e aguardo resposta!
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ExcluirEu tenho exemplar para venda, Laura. Se você quiser me escrever, por email eu lhe informo o preço e como fazer. Meu endereço eletrônico é egypto@uol.com.br
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