quarta-feira, 10 de setembro de 2014

A 100 PASSOS DE UM SONHO


Antonio Carlos Egypto




A 100 PASSOS DE UM SONHO (The Hundred-Foot Journey)Estados Unidos, 2013.  Direção de Lasse Hallström.  Com Helen Mirren, Manish Dayal, Om Puri, Charlotte Le Bon.  122 min.


O diretor sueco Lasse Hallström é bom para contar histórias humanas que envolvam personagens que lutam, sofrem, mas têm determinação no que fazem.  Fez filmes magníficos, como “Minha Vida de Cachorro”, de 1985, na Suécia, e “Regras da Vida”, de 1999, nos Estados Unidos.  Tem desenvolvido sua carreira em Hollywood, também com filmes menos densos, de entretenimento, como “Chocolate”, de 2000, ou “Querido John”, de 2010, por exemplo.  É, inegavelmente, um cineasta competente.




Foi ele o escolhido para dirigir uma produção de Steven Spielberg, Oprah Winfrey e Juliet Blake, chamada “A 100 Passos de um Sonho”, uma história que combina, de fato, com o que o diretor sabe fazer.  E com produtores desse peso deve ter sido bom trabalhar.

A história se passa no sul da França, na localidade de Saint-Antonin-Noble-Val, para onde acaba chegando, por obra da sorte, uma família indiana dona de um restaurante conceituado na Índia, fugindo de perseguições religiosas em seu país.




Naturalmente, o caminho será montar um restaurante típico de comida indiana por lá.  E é o que Papa (Om Puri) faz, pondo sua família a cozinhar e tratando de divulgar a novidade de forma até espalhafatosa, com muitas luzes e cores, música alta e tudo o mais.

Acontece que, a apenas 100 passos, está um premiado restaurante francês de alto padrão, com uma estrela do Michelin, dirigido por Madame Mallory (Helen Mirren).  A novidade do concorrente indiano Maison Mumbai aparece como um pesadelo para ela.  Comida de lá, comida de cá, brigas, desentendimentos, competição.  Mas também curiosidade e necessidade de entender o outro lado.  E até um relacionamento amoroso potencial entre o jovem e talentoso chef  Hassan (Manish Dayal), da cozinha indiana, e a jovem chef Margueritte (Charlotte Le Bon), da gastronomia francesa.




Com um filme desses, o mínimo que acontece é que a gente sai de lá salivando, em busca de uma comida saborosa, diferente.  Dá fome e até parece que a gente sentiu o cheiro daqueles pratos fumegantes, maravilhosos, de um lado e do outro daquela rua gastronômica.

Certamente, uma diversão bem realizada, muito agradável de se ver, com ótimos atores, destacando-se, como sempre, a interpretação de Helen Mirren.  Os indianos também são muito bons e Charlotte Le Bon, uma graça.  Como entretenimento, está de bom tamanho.





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