quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

CONQUISTAR, AMAR E VIVER INTENSAMENTE

Antonio Carlos Egypto





CONQUISTAR, AMAR E VIVER INTENSAMENTE (Plaire, Aimer et Courir Vite).  França, 2017.  Direção: Christophe Honoré.  Com Vincent Lacoste, Pierre Deladonchamps, Denis Podalydès.  132 min.


1993.  Uma história de amor e sexo homossexual, envolvendo um trio de personagens.  Jacques (Pierre Deladonchamps), escritor e dramaturgo, encara em seu corpo as consequências decorrentes da ação do HIV no seu sistema imunológico, já combalido.  Embora resistindo e lutando bravamente para seguir na vida, a sentença de morte estava dada.  Nessa época, havia pouco a fazer quanto a isso. Jacques tem um filho que participa da trama, assim como a  mãe do menino, que se define como amiga do escritor.

Mathieu (Denis Podalydès) é o companheiro de Jacques e vive com ele, pelo que se supõe vendo o filme, há um bom tempo.  O que não significa que a relação entre eles não possa incluir outras pessoas. 

Arthur (Vincent Lacoste) é um jovem estudante, que vem de fora de Paris, parece à vontade com seu comportamento bissexual, mas até então não havia se apaixonado por ninguém, e se envolve amorosamente com Jacques.






É uma história de amor e morte, já que Jacques sabe que sua vida está no fim e tenta evitar um novo romance a essa altura.  Para Arthur, no entanto, é seu primeiro grande amor e ele não está disposto a abrir mão disso.  Um desencontro terrível, que tempera ternura com desespero.

O diretor Christophe Honoré faz um trabalho bonito, digno, ao contar essa história, onde há espaço para nudez, erotismo, humor, embora o drama se sobreponha a tudo isso.

Os atores que compõem a trinca de protagonistas seguram bem a narrativa, enfatizando em seus desempenhos a dimensão humana de cada um dos personagens.  Não há aqui clichês nem preconceitos de espécie alguma.  E há uma entrega muiito grande de cada um deles a seu personagem.

A direção de Honoré é sempre firme e o filme tem uma série de sequências muito consistentes.  Ele já deu mostras da qualidade de seu trabalho, em filmes como “Em Paris”, de 2006, “Canções de Amor”, de 2007, e “A Bela Junie”, de 2008.




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