sexta-feira, 7 de abril de 2017

É TUDO VERDADE 2017


Antonio Carlos Egypto



Logo depois da Semana Santa, de 19 a 30 de abril, em São Paulo e no Rio de Janeiro, acontece o Festival Internacional de Documentários É Tudo Verdade/ It's All True.  Esta já é a 22ª. edição desse festival, que conquistou enorme importância na cena latino-americana e mundial.

Fundado e dirigido pelo crítico Amir Labaki,  É Tudo Verdade  tem apresentado uma programação sempre muito relevante, em relação aos documentários brasileiros e internacionais, tanto em longas como em médias e em curtas-metragens.




Na atual edição, são 82 títulos de 30 países, sendo 16 estreias mundiais.  Destaque para a produção latino-americana, com 7 filmes e nova competição.  Uma retrospectiva internacional comemora os 100 anos da revolução russa ou, seria melhor dizer, das revoluções de 1917, a de fevereiro, que derrubou o tzar, e a bolchevique, de outubro, apresentando documentários marcantes da produção soviética.  Traz uma dezena de títulos que vão de Dziga Vertov (1896-1954) a Aleksandr Sokúrov, para citar os mais conhecidos.

A retrospectiva brasileira destaca a obra de Sérgio Muniz, exibindo 8 trabalhos do diretor, que faz um cinema de resistência e denúncia muito importante.  Uma projeção especial lembra o trabalho do poeta, ensaísta e artista visual, Ferreira Gullar (1930-2016).  Sessões especiais homenageiam os cineastas Alexandre O. Philippe, Andrea Tonacci, Bill Morrison, Jean Rouch, João Moreira Salles e Raed Andoni.  Alguns filmes premiados em anos anteriores estarão disponíveis on line, no canal do Itaú Cultural (www.itaucultural.org.br/canal).


Amir Labaki ao microfone


Serão promovidos encontros e debates envolvendo os eixos da programação do festival, oficinas, e lançamento do DVD “Tudo Por Amor ao Cinema”, de  Aurélio Michiles.  A Abraccine fará o lançamento, com a Paco Editorial, do livro “Bernardet 80: Impacto e Influência no Cinema Brasileiro”, organizado pelos críticos Ivonete Pinto e Orlando Margarido, sobre a grande contribuição de Jean-Claude Bernardet ao nosso cinema, com textos de 15 autores diferentes.

As sessões de abertura trarão EU, MEU PAI E OS CARIOCAS – 70 ANOS DE MÚSICA NO BRASIL, de Lúcia Veríssimo, no Rio de Janeiro, e CIDADE DE FANTASMAS, de Matthew Heineman, em São Paulo.  Lúcia Veríssimo revisita a história do grande grupo vocal Os Cariocas, é filha de um de seus expoentes, o maestro Severino Filho (1928-2016).  O filme de Matthew Heineman encara de frente a brutalidade do ISIS (Estado Islâmico) e homenageia os que o combatem com as armas do jornalismo.  Ambos os filmes constam da programação nas duas cidades.

Todo esse cardápio fílmico tão atraente estará à disposição do público nos cinemas e todas as sessões são gratuitas.


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