Antonio Carlos
Egypto
SINFONIA DA NECRÓPOLE. Brasil, 2014.
Direção e roteiro: Juliana Rojas.
Com Eduardo Gomes, Luciana Paes, Hugo Villavicenzio, Paulo Jordão,
Germano Melo, Luís Mármora, Adriana Mendonça.
94 min.
Uma trama toda desenvolvida em cemitério, no
caso, o Araçá, o Consolação e outro em São Paulo, dá origem a um filme que
engloba os gêneros terror, comédia e musical. Em meio aos túmulos, enterros e
missa de corpo presente, há espaço para cantos, danças, piada e até romance (ma non troppo). Tudo amalgamado pelo talento criativo de
Juliana Rojas, de “Trabalhar Cansa”, de 2011, em parceria com Marco Dutra. Ela
fez até música para “Sinfonia da Necrópole”.
O resultado surpreende pela inovação. O cemitério é o ambiente que, atingido pela
superpopulação urbana, pede uma reforma e a sua verticalização, para poder
atender à demanda. Só que isso pode
trazer problemas para as famílias, para os túmulos abandonados, para a
sensibilidade dos que temem mexer com os mortos e, talvez, possa incomodar os
próprios mortos. Que podem voltar para
reclamar, na forma de zumbis cantores.
De qualquer modo, é preciso enfrentar o
problema. É o que fazem os personagens,
contando com a competência de um elenco faz tudo, que tem de dar conta de um
musical, do drama, do humor e do fantástico da situação. Original, divertido.
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