Tatiana Babadobulos
Pronta para Amar (A Little Bit of Heaven). Estados Unidos, 2011, Direção: Nicole Kassell. Roteiro: Gren Wells. Com: Kate Hudson, Gael García Bernal, Romany Malco, Rosemarie DeWitt, Lucy Punch. 106 minutos
O que você faria se estivesse com os dias contados? “Pronta para Amar” (“A Little Bit of Heaven”), história de uma publicitária, Marley Corbett (Kate Hudson, de “Como Perder Um Homem em 10 Dias”), que se apaixona por seu médico, o charmoso Julian Goldstein (Gael García Bernal, de “Diários de Motocicleta”). Os dois se conhecem depois de ela saber que tem uma doença irreversível.
Porém, até que o amor chegue (daí o nome do filme em português, ou seja, até que ela esteja pronta para amar), Marley vai fazer o discurso que está em moda em Hollywood (vide “Amor Sem Compromisso”, “Amor e Outras Drogas” e “Amizade Colorida”, que estreia dia 30): “não preciso de ninguém para ser feliz”, “posso fazer sexo casual sem me apaixonar”, “não me vejo casada, principalmente do modo tradicional”, tal como diz, no início da fita, em narração em off, porque não quer o matrimônio tal como acontece nos contos de fada.
Isso porque ela tem um amigo gay, Peter (Romany Malco), com quem pode sair para dar risada, conversar e, quando tem vontade de transar, seu celular tem o nome de alguns parceiros, ainda que uma de suas amigas, Renee (Rosemarie DeWitt), que é casada, tem uma filha e está a espera de outro, torça para que ela se apaixone de verdade. Já a outra amiga, Sarah (Lucy Punch), que é artista plástica e colega na agência de propaganda, dá a força que ela precisa, deixando-a ser ela mesma.
Marley faz reflexões sobre a vida, discute sobre o fato de não acreditar em Deus, por exemplo, e, por isso, sentir inveja das pessoas que acreditam, “pois essas não têm medo de as coisas acontecerem”. Deus, pra ela, aliás, é representado pela atriz Whoopi Goldberg, que faz o papel dela mesma.
E é quando sente uma dor no corpo que a comédia romântica vira drama. É aí que ela vai procurar o médico e o longa-metragem começa a ter outro rumo, pois é por ele que ela virá a se apaixonar (e isso não é segredo, já que o pôster do filme já revela…).
No quesito drama, este filme remete a dois outros: “Doce Novembro” (“Sweet November”, 2001), no qual a protagonista, Charlize Theron, vai contando os dias para morrer enquanto vive o amor juntamente com o personagem vivido por Keanu Reeves, e “Lado a Lado” (“Stepmom”, 1998), com Julia Roberts e Susan Sarandon nos papéis principais, também lutando contra o câncer.
É com bom humor que a personagem de Kate vai enfrentar seu diagnóstico, embora o espectador possa não entender sua reação, já que trata-se de uma situação extremamente delicada. Seria o fato de encarar as más notícias com felicidade, já que não há meio de revertê-las. Talvez seja uma maneira particular de enfrentar a vida, e de fazer cada um aprender a viver a seu modo.
Dirigido por Nicole Kassell (“O Lenhador”) e baseado em roteiro original de Gren Wells, “Pronta para Amar” não mede as consequências que os atos terão em cada personagem e também quanto a reação do público. Até porque o choro vem fácil e é inevitável. Portanto, cada um deve ter em mente seu nível de sensibilidade para o dia da sessão, pois há cenas realmente incontroláveis.
Pronta para Amar (A Little Bit of Heaven). Estados Unidos, 2011, Direção: Nicole Kassell. Roteiro: Gren Wells. Com: Kate Hudson, Gael García Bernal, Romany Malco, Rosemarie DeWitt, Lucy Punch. 106 minutos
O que você faria se estivesse com os dias contados? “Pronta para Amar” (“A Little Bit of Heaven”), história de uma publicitária, Marley Corbett (Kate Hudson, de “Como Perder Um Homem em 10 Dias”), que se apaixona por seu médico, o charmoso Julian Goldstein (Gael García Bernal, de “Diários de Motocicleta”). Os dois se conhecem depois de ela saber que tem uma doença irreversível.
Porém, até que o amor chegue (daí o nome do filme em português, ou seja, até que ela esteja pronta para amar), Marley vai fazer o discurso que está em moda em Hollywood (vide “Amor Sem Compromisso”, “Amor e Outras Drogas” e “Amizade Colorida”, que estreia dia 30): “não preciso de ninguém para ser feliz”, “posso fazer sexo casual sem me apaixonar”, “não me vejo casada, principalmente do modo tradicional”, tal como diz, no início da fita, em narração em off, porque não quer o matrimônio tal como acontece nos contos de fada.
Isso porque ela tem um amigo gay, Peter (Romany Malco), com quem pode sair para dar risada, conversar e, quando tem vontade de transar, seu celular tem o nome de alguns parceiros, ainda que uma de suas amigas, Renee (Rosemarie DeWitt), que é casada, tem uma filha e está a espera de outro, torça para que ela se apaixone de verdade. Já a outra amiga, Sarah (Lucy Punch), que é artista plástica e colega na agência de propaganda, dá a força que ela precisa, deixando-a ser ela mesma.
Marley faz reflexões sobre a vida, discute sobre o fato de não acreditar em Deus, por exemplo, e, por isso, sentir inveja das pessoas que acreditam, “pois essas não têm medo de as coisas acontecerem”. Deus, pra ela, aliás, é representado pela atriz Whoopi Goldberg, que faz o papel dela mesma.
E é quando sente uma dor no corpo que a comédia romântica vira drama. É aí que ela vai procurar o médico e o longa-metragem começa a ter outro rumo, pois é por ele que ela virá a se apaixonar (e isso não é segredo, já que o pôster do filme já revela…).
No quesito drama, este filme remete a dois outros: “Doce Novembro” (“Sweet November”, 2001), no qual a protagonista, Charlize Theron, vai contando os dias para morrer enquanto vive o amor juntamente com o personagem vivido por Keanu Reeves, e “Lado a Lado” (“Stepmom”, 1998), com Julia Roberts e Susan Sarandon nos papéis principais, também lutando contra o câncer.
É com bom humor que a personagem de Kate vai enfrentar seu diagnóstico, embora o espectador possa não entender sua reação, já que trata-se de uma situação extremamente delicada. Seria o fato de encarar as más notícias com felicidade, já que não há meio de revertê-las. Talvez seja uma maneira particular de enfrentar a vida, e de fazer cada um aprender a viver a seu modo.
Dirigido por Nicole Kassell (“O Lenhador”) e baseado em roteiro original de Gren Wells, “Pronta para Amar” não mede as consequências que os atos terão em cada personagem e também quanto a reação do público. Até porque o choro vem fácil e é inevitável. Portanto, cada um deve ter em mente seu nível de sensibilidade para o dia da sessão, pois há cenas realmente incontroláveis.
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