terça-feira, 2 de novembro de 2010

As Múmias do Faraó


Tatiana Babadobulos


As Múmias do Faraó (Les Aventures Extraordinaries D'Adèle Blanc-Sec). França, 2010. Direção e roteiro: Luc Besson. Com: Louise Bourgoin,Mathieu Amalric, Gilles Lellouche, Jean-Paul Rouve. 107 min.



Ambientado na Paris de 1912, o longa-metragem “As Múmias do Faraó” (“Les Aventures Extraordinaries D'Adèle Blanc-Sec”) conta a história de uma repórter, Adèle (Louise Bourgoin), que resolve ir ao Egito, pois acre­dita que a cura da doença de sua irmã está na tumba de um faraó. Quem aponta a solução, porém, é um professor (quase) centenário que tem a capacidade de  controlar animais pré-históricos do Museu de História Natural, uma vez que ele conseguiu trazer à vida um dinossauro que estava apenas no ovo! De Paris ao Egito, ela vai aprontar confusões, envol­ver a polícia local, enfim, vi­ver uma grande aventura e fazer a plateia rir.

Grosso modo, é assim o fil­me dirigido pelo francês Luc Besson, também responsável por longas  como “Arthur e os Minimoys”, “Joana d'Arc”, “O Profissional”, “Imensidão Azul”.

Na Belle Époque, o espectador vai conferir que pouca coisa mudou na rue de Rivoli, uma das principais ruas de co­mércio da capital francesa e on­de também estão os espe­tá­culos de can-can. O rio Sena também faz parte do cenário, assim como os museus da cidade.

Uma das referências mais geniais da fita, aliás, é quando cita as pirâmides do Egito e aparece o Museu do Louvre, local onde, atualmente, existem pirâmides de vidro na frente e, quando foram ali colocadas, se tornaram motivo de críticas por ser uma obra de mal gosto.

Usando de bastante ironia, o jornal local aproveita para falar do tal réptil que saiu do Museu, mas o governo acredita que isso tenha sido feito para desestabilizá-lo. E o policial, ao invés de tomar as providências necessárias, atua como um verdadeiro funcionário público e só pensa em comer. Com narrações em off, há cenas engraçadas e personagens que tiram sarro da história, como quando se vestem de car­neiros...

Ainda que a busca incessante da protagonista sejam as tais múmias do faraó, o título do filme bem que poderia ter sido apenas traduzido do ori­ginal, ou seja, “As Extraor­dinárias Aventuras de Adèle Blanc-Sec”, que é justamente o que ele trata. Com efeitos especiais para trazer vida às mú­mias, o longa abusa dos diálogos, como um bom filme fran­cês. No entanto, ao espectador, uma dica: relaxe e aproveite. O longa de aventura é divertido, uma verdadeira sessão da tarde. Portanto, não espere um filme francês do “tipo cabeça”, mas pura diversão cheia de ironias.

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