sábado, 10 de setembro de 2022

3 FILMES

  Antonio Carlos Egypto

  

Entre os filmes em cartaz nos cinemas, há pedidas para todos os gostos.

 


Se você é fã do cinema fantástico, o filme ERA UMA VEZ UM GÊNIO (Three Thousand Years of Longing), 2021, dirigido por George Miller, pode lhe interessar.  Que tal um gênio que é libertado de um objeto onde tem levado uma vida solitária de 3000 anos e já passou por muitas situações que aconteceram neste tempo todo?  Mas que precisa satisfazer os famosos três desejos de alguém para conquistar sua liberdade.  E se esse alguém que o soltou não pretender realizar esses desejos?  Até porque se rege por uma experiência acadêmica que valoriza o conhecimento e a racionalidade.  Além do mais, essas coisas nunca acabam bem, não é?  Os protagonistas são ótimos: Tilda Swinton e Idris Elba, se bem que o fantástico não dê muita margem à elaboração de personagens densos.  E é difícil embarcar numa história de amor e afetos tão estratosférica.  Em todo caso, o filme é divertido, cheio de efeitos especiais visualmente bonitos.  Perde um pouco no ritmo.  Baseado em um conto, acaba sendo longo demais, sem ter tanto o que acrescentar à situação básica que o sustenta.  108 min.

 



O filme francês de 2020 AMANTES (Amants), dirigido por Nicole Garcia, constrói um suspense sustentado por um triângulo amoroso.  No centro, Lisa (Stacy Martin) tem um romance de juventude com Simon (Pierre Niney), que vivia do tráfico de drogas.  Abandonada por ele depois de um grave incidente, ocorrido em Paris, eles se reencontrarão tempos depois num hotel no Oceano Índico, quando ela já está casada com Léo (Benoît Magiel).  O vínculo do passado segue forte e pode conduzir a graves consequências, desta vez em Genebra.  Ou seja, mesmo afastados no tempo e vivendo em lugares distintos, a história prosseguirá.  Com belas locações e um bom elenco, o filme não chega a empolgar.  Não é uma trama original, nem desenvolvida de forma especialmente criativa.  Mas se vê com prazer.  102 min.

 



ENCONTROS, de Hong Sang-soo, da Coreia do Sul, de 2021, é mais uma vez uma pequena joia fílmica desse diretor que faz de relações amorosas, familiares e de amizade, o seu foco.  Trata aqui de encontros, fortuitos ou combinados, que marcam momentos importantes na vida das pessoas.  O que inclui, naturalmente, os desencontros, as frustrações e até as excentricidades.  Tudo que é simples e humano tem lugar nas filmagens em preto e branco desse cineasta.  As reações das pessoas, muitas vezes mostradas em volta da mesa, com bebida e comida, vão da timidez à surpresa, do estranhamento à agressividade.  No caso aqui, considerando a inevitabilidade de certas situações, o acaso que junta as pessoas e as coisas.  O destino, de algum modo presente nas três histórias interconectadas que compõem a obra.  No elenco deste pequeno filme, de 66 minutos, estão Shin Seok-ho, Park Mi-so, Kim Young-ho e Ki Joo-bong.  



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