Evento cinematográfico de grande importância
para São Paulo, é o 30º. Festival Internacional de Curtas-Metragens, que ocorre
de 22 de agosto a 1º. de setembro de 2019.
Serão 324 filmes e 4 games, de
53 países, que serão exibidos em diversas salas da cidade: Cinesesc, Cinemateca
Brasileira, Museu da Imagem e do Som, Centro Cultural São Paulo, Cinusp, Cine
Olido e os CEUs de Perus, Caminho do Mar e Vila Atlântica.
A programação inclui as mostras internacional,
latino-americana, programas brasileiros, infanto-juvenis, programas imersivos,
mostra limite e atividades paralelas, na forma de debates, workshops, masterclasses.
Além da programação inédita, que inclui uma
mostra competitiva de brasileiros com 14 títulos pré-selecionados, haverá uma
homenagem a Jorge Furtado. Seu
premiadíssimo “Ilha das Flores”, melhor curta brasileiro de todos os tempos,
segundo a Abraccine, também completa 30 anos, como o Festival. Uma seleção de curtas dele estará na
programação. A mostra Coreia em Foco
marca o 60º. aniversário de relações diplomáticas entre Brasil e Coreia, com
uma mostra do diretor Bong Joon-Ho.
Essas são apenas algumas dentre a grande variedade de atrações do
Festival.
Enfim, o evento criado e promovido por Zita
Carvalhosa e a Associação Cultural Kinoforum merece toda a atenção do público
paulistano. Sempre lembrando que o
curta-metragem é a forma por excelência para a revelação de novos talentos do
cinema, em todo o mundo. E um formato
bem utilizado também por grandes realizadores que já venceram no longa, mas
cultivam o curta para realizar experimentações, expressar ideias urgentes,
documentar momentos e situações históricos.
Entre os curtas desta edição estão, por exemplo, “Blue”, do grande
cineasta tailandês Apichatpong Weerasethakul, e o vencedor do Oscar de curtas,
o estadunidense “Pele” (Skin), filme
forte e politicamente marcante sobre o racismo, que é de não se esquecer. O brasileiro “Swinguerra”, de Bárbara Wagner
e Benjamin de Burca, é outro destaque da seleção. Aliás, o que não faltam são destaques de
qualidade.
E não se esqueçam de que o Festival
Internacional de Curtas só tem sessões gratuitas, em todos os cinemas. Dá para querer mais? Dá, sim.
Queremos que o Festival prossiga existindo no ano que vem, que receba o
apoio necessário para continuar se viabilizando, em tempos em que a cultura
está sendo asfixiada por falta de verbas governamentais, além da tentativa de
lhe impor “filtros”, ou seja, a inconstitucional censura. Que tempos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário