segunda-feira, 19 de agosto de 2019

FESTIVAL INTERNACIONAL DE CURTAS

Antonio Carlos Egypto






Evento cinematográfico de grande importância para São Paulo, é o 30º. Festival Internacional de Curtas-Metragens, que ocorre de 22 de agosto a 1º. de setembro de 2019.  Serão 324 filmes e 4 games, de 53 países, que serão exibidos em diversas salas da cidade: Cinesesc, Cinemateca Brasileira, Museu da Imagem e do Som, Centro Cultural São Paulo, Cinusp, Cine Olido e os CEUs de Perus, Caminho do Mar e Vila Atlântica.

A programação inclui as mostras internacional, latino-americana, programas brasileiros, infanto-juvenis, programas imersivos, mostra limite e atividades paralelas, na forma de debates, workshops, masterclasses.

Além da programação inédita, que inclui uma mostra competitiva de brasileiros com 14 títulos pré-selecionados, haverá uma homenagem a Jorge Furtado.  Seu premiadíssimo “Ilha das Flores”, melhor curta brasileiro de todos os tempos, segundo a Abraccine, também completa 30 anos, como o Festival.  Uma seleção de curtas dele estará na programação.  A mostra Coreia em Foco marca o 60º. aniversário de relações diplomáticas entre Brasil e Coreia, com uma mostra do diretor Bong Joon-Ho.  Essas são apenas algumas dentre a grande variedade de atrações do Festival.

Enfim, o evento criado e promovido por Zita Carvalhosa e a Associação Cultural Kinoforum merece toda a atenção do público paulistano.  Sempre lembrando que o curta-metragem é a forma por excelência para a revelação de novos talentos do cinema, em todo o mundo.  E um formato bem utilizado também por grandes realizadores que já venceram no longa, mas cultivam o curta para realizar experimentações, expressar ideias urgentes, documentar momentos e situações históricos.  Entre os curtas desta edição estão, por exemplo, “Blue”, do grande cineasta tailandês Apichatpong Weerasethakul, e o vencedor do Oscar de curtas, o estadunidense “Pele” (Skin), filme forte e politicamente marcante sobre o racismo, que é de não se esquecer.  O brasileiro “Swinguerra”, de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca, é outro destaque da seleção.  Aliás, o que não faltam são destaques de qualidade.

E não se esqueçam de que o Festival Internacional de Curtas só tem sessões gratuitas, em todos os cinemas.  Dá para querer mais?  Dá, sim.  Queremos que o Festival prossiga existindo no ano que vem, que receba o apoio necessário para continuar se viabilizando, em tempos em que a cultura está sendo asfixiada por falta de verbas governamentais, além da tentativa de lhe impor “filtros”, ou seja, a inconstitucional censura.  Que tempos!


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