quarta-feira, 26 de julho de 2017

DUNKIRK


Antonio Carlos Egypto




DUNKIRK (Dunkirk).  Estados Unidos, 2016.  Direção e Roteiro: Christopher Nolan.  Com Tom Hardy, Mark Rylance, Harry Styles, Kenneth Branagh, Cillian Murphy.  120 min. 



1940.  Batalha de Dunquerque, na Segunda Guerra Mundial.  Dunquerque (ou Dunkirk) é uma cidade portuária no norte da França, na região de Calais, fronteira com a Bélgica.  A ligação Calais-Dover une por ferry boat a França à Inglaterra.

Foi lá que se travou uma heróica batalha, não pela vitória das forças aliadas contra o Eixo, mas de sobrevivência em situação quase impossível.  Uma enorme força britânica, francesa e belga, foi encurralada pelos inimigos alemães, que capturaram Calais e avançavam por terra, sitiando essas tropas e expondo-as em plena praia, sob pesado ataque aéreo e marítimo.  No entanto, mesmo nessas condições, mais de 300 mil soldados conseguiram ser resgatados por via marítima, contando também com apoio civil, na operação Dynamo, comandada a partir de Dover, na Inglaterra.  Isso se deu no período de 25 de maio a 04 de junho de 1940, antes de os Estados Unidos entrarem na guerra.  Teria sido um autêntico milagre, segundo De Gaulle.




Pois bem, é dessa batalha que trata o filme “Dunkirk”, de Chistopher Nolan, um espetáculo grandioso, que merece ser visto na tela Imax do cinema, com um som arrasador.  Há quem não goste, se sinta até incomodado pelo exagero dos efeitos, sobretudo sonoros.  Mas que é um senhor espetáculo, é.  Um filme de guerra que nos coloca dentro das ações, por terra, mar e ar, de forma intensa e, nos três níveis, com diferentes protagonistas.  Harmonizando, também, os diversos tempos das três situações abordadas.

Ao lado disso, grandes panorâmicas descortinam o ambiente, embora não consigam dar a dimensão das centenas de milhares de soldados envolvidos naquela circunstância da guerra.

Os dramas individuais pela sobrevivência e a luta pelo resgate dos combatentes se destacam na narrativa, enquanto a produção e todos os efeitos fazem uma imersão fantástica do público, nos momentos dramáticos das batalhas.  Mergulhamos com os navios que afundam, os aviões que são abatidos ou que alvejam o inimigo, subimos às embarcações escapando do tiroteio, nos enlameamos com o óleo do mar e nos espantamos com o mar pegando fogo.  O espetáculo toma conta e nos envolve, de forma muito competente.  Produção cara, mas que obtém resultados palpáveis.




Não é o melhor cinema que existe, não favorece maior reflexão, mas não é oco.  Tem realismo e história esse belo espetáculo cinematográfico.  Tem grande efeito na telona do cinema.  E o som arrasa-quarteirão se justifica.  Mas é preciso entrar no clima do filme e da guerra.


O elenco, inteiramente masculino, inclui grandes e consagrados atores, que acabam sendo coadjuvantes da dimensão épica do espetáculo, mas tendo seus momentos de destaque nas histórias individuais que compõem a trama.



Um comentário:

  1. A trilha sonora é uma peça perfeita para este filme. Christopher Nolan como sempre nos deixa um trabalho de excelente qualidade, sem dúvida é um dos melhores diretores que existem, a maneira em que consegue transmitir tantas emoções com um filme ao espectador é maravilhoso. Dunkirk é um filme com un roteiro maravilhoso. É um filme sobre esforços, sobre como a sobrevivência é uma guerra diária, inglória e sem nenhuma arma. Acho que é um dos melhores filmes segunda guerra mundial é uma produção que vale a pena do principio ao fim. É um exemplo de filme que serve bem para demonstrar o poder do cinema em contar uma história através de sons e imagens, que é, diga-se de passagem, a principal característica da sétima arte.

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