quarta-feira, 11 de novembro de 2015

007 Contra Spectre

Tatiana Babadobulos


007 CONTRA SPECTRE (Spectre). Reino Unido e Estados Unidos, 2015. Direção: Sam Mendes. Roteiro: John Logan e Neal Purvis. Com Daniel Craig, Léa Seydoux, Monica Bellucci, Ralph Fiennes. 148 min.

Não dá pra ir assistir ao longa-metragem “007 Contra Spectre” (“Spectre”) e achar que vai encontrar um filme como os de arte, com recheio filosófico e tratamento intimista.
Quando se compra um tíquete para ver mais uma sequência da bilionária franquia, já se sabe o que vem pela frente: ação, muita ação. E, nesse quesito, Sam Mendes  (de “Beleza Americana”, “Soldado Anônimo” e “007 Operação Skyfall”) entrega aquilo o que promete.
O ator Daniel Craig diz que este é o seu último papel como James Bond. O final, aliás, dá isso a entender. Ele fecha com chave de ouro uma sequência de quatro filmes como o espião mais conhecido do mundo e eternizado por gigantes como Sean Connery, Pierce Brosnan, Roger Moore e outros. Há rumores, no entanto, que ele também fará o papel no 25º filme da franquia.
Os clichês são muitos e estão todos lá. O nome do espião, do jeito que só ele sabe contar; os carros rápidos, esportivos e cheios de ferramentas; e as “traquitanas” que se transformam em outras para livrá-lo de algum perigo. A maneira como ele sai dos percalços condizem com o verdadeiro James Bond, para delírio da plateia lotada.
O início da trama se passa na Cidade do México. Na primeira fuga, um plano sequência digno de Alfred Hitchcock. Mas o charme da cena termina por aí. Dali pra frente, ficam a ação, a correria, as perseguições, a música alta e repetitiva martelando na cabeça para ninguém esquecer que trata-se da série 007.
A narrativa vai passar ainda por Marrocos, por Roma, pelas montanhas geladas da Áustria e, claro, Londres.
Tudo começa quando Bond é levado para a Cidade do México a partir de uma mensagem cifrada. De lá, segue para Roma, onde conhece Lucia Sciarra (a bela Monica Belluci), que está de luto. Bond se infiltra em uma reunião e descobre a existência da organização Spectre.

Nessa reunião, aliás, o vilão é mostrado apenas como uma sombra. A voz e o próprio letreiro de abertura do filme já indicam quem é o ator. Sua calma e seu jeito sarcástico são imbatíveis, embora Javier Barden, em “Skyfall”, também esteja sensacional.
Assim como em “Skyfall”, cuja Bond Girl era francesa (Bérénice Marlohe), desta vez é a também francesa Léa Seydoux (“Azul É a Cor Mais Quente”) que ocupa o lugar. Ela atira, ajuda o agente 007 a se salvar, além de ser belíssima. Falta um pouco de química com James Bond, mas este é o menor dos problemas no meio de muita ação, sangue e tiros.
“Spectre” é o 24º filme da série e não pode ficar de fora da sua filmografia, se for fã de Bond. James Bond.
Em tempo: No Brasil, o longa estreou na quinta, 5 de novembro. No mundo, segundo a revista “Variety”, “007 Contra Spectre” rendeu US$ 300 milhões em bilheteria. Só nos EUA, em seu fim de semana de estreia, a produção arrecadou US$ 73 milhões.

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