Tatiana Babadobulos
Martin Scorsese, em mais uma parceria com Leonardo DiCaprio no papel principal, tal como aconteceu em “Gangues de Nova York”, “O Aviador”, “Os Infiltrados”, traz às telas o suspense “Ilha do Medo” (“Shutter Island”).
O longa-metragem conta a história do agente Teddy Daniels (DiCaprio) que, ao lado do parceiro Chuck Aule (Mark Ruffalo, de “Ensaio Sobre a Cegueira”), vai tentar desvendar o mistério sobre o desaparecimento de uma mulher em Shutter Island, um local onde funciona um hospital psiquiátrico (e onde estão detidos pacientes considerados perigosos pela justiça).
No auge da Guerra Fria, nos anos 1950, os dois agentes da polícia federal terão de enfrentar problemas maiores do que estava imaginando.
Adotando o estilo noir, com cenas sombrias e com protagonistas que vivem em um mundo cínico, o filme é cheio de jogos psicológicos que vão deixando o espectador cada vez mais em dúvida sobre onde se quer chegar ao final da história. O clima de suspense, digno de Alfred Hitchcock (o clássico “Vertigo”?) vai aumentado ainda mais com a música incidental.
No hospital, onde os policiais ficarão alguns dias até encontrar a pessoa que fugiu, há pessoas igualmente assustadoras, que cometeram crimes e estão em fase de tratamento e cumprindo pena.
As cenas se passam na ilha, sempre acompanhada de mau tempo, com tempestades, ventos, chuva; ou dentro do hospital, com cenas escuras, pacientes estranhos e os próprios agentes da polícia criando problemas, suspense, intriga entre os médicos, como com doutor Cawley (Ben Kingsley) e outros pacientes.
Em flashback, Teddy (cuja interpretação de DiCaprio é bastante convincente, principalmente por conta da ansiedade e da esquizofrenia) vai lidando, ao mesmo tempo, com o seu passado, com sua esposa, Dolores (Michelle Williams), e o que aconteceu de lá pra cá. São alucinações, paranoias que vão surgindo aos poucos e aumentando o suspense.
Baseado no livro de Dennis Lehane (“Paciente 67”), “Ilha do Medo” é altamente provocador, que o tempo inteiro faz um jogo e deixa o espectador atento às mudanças de comportamento dos personagens, suas atitudes, e o faz imaginar o que está acontecendo, podendo torcer ora para o médico, ora para o paciente.
Ao final, muitos vão se perguntar como não notaram, nas sutilezas das cenas, os indícios sobre o desfecho. Sob a batuta do mestre Scorsese (especialista em blockbuster, mas que ultimamente tem se contentado com filme que não seja o típico arrasa-quarteirão, o que não é sinônimo de má qualidade, que fique claro), “Ilha do Medo” é uma excelente produção, um filme de gênero que reúne elenco de primeira linha, acompanhado de figurino de época para situar o tempo, efeitos especiais para criar o clima tenso, bom roteiro e, voilà, direção impecável.
Martin Scorsese, em mais uma parceria com Leonardo DiCaprio no papel principal, tal como aconteceu em “Gangues de Nova York”, “O Aviador”, “Os Infiltrados”, traz às telas o suspense “Ilha do Medo” (“Shutter Island”).
O longa-metragem conta a história do agente Teddy Daniels (DiCaprio) que, ao lado do parceiro Chuck Aule (Mark Ruffalo, de “Ensaio Sobre a Cegueira”), vai tentar desvendar o mistério sobre o desaparecimento de uma mulher em Shutter Island, um local onde funciona um hospital psiquiátrico (e onde estão detidos pacientes considerados perigosos pela justiça).
No auge da Guerra Fria, nos anos 1950, os dois agentes da polícia federal terão de enfrentar problemas maiores do que estava imaginando.
Adotando o estilo noir, com cenas sombrias e com protagonistas que vivem em um mundo cínico, o filme é cheio de jogos psicológicos que vão deixando o espectador cada vez mais em dúvida sobre onde se quer chegar ao final da história. O clima de suspense, digno de Alfred Hitchcock (o clássico “Vertigo”?) vai aumentado ainda mais com a música incidental.
No hospital, onde os policiais ficarão alguns dias até encontrar a pessoa que fugiu, há pessoas igualmente assustadoras, que cometeram crimes e estão em fase de tratamento e cumprindo pena.
As cenas se passam na ilha, sempre acompanhada de mau tempo, com tempestades, ventos, chuva; ou dentro do hospital, com cenas escuras, pacientes estranhos e os próprios agentes da polícia criando problemas, suspense, intriga entre os médicos, como com doutor Cawley (Ben Kingsley) e outros pacientes.
Em flashback, Teddy (cuja interpretação de DiCaprio é bastante convincente, principalmente por conta da ansiedade e da esquizofrenia) vai lidando, ao mesmo tempo, com o seu passado, com sua esposa, Dolores (Michelle Williams), e o que aconteceu de lá pra cá. São alucinações, paranoias que vão surgindo aos poucos e aumentando o suspense.
Baseado no livro de Dennis Lehane (“Paciente 67”), “Ilha do Medo” é altamente provocador, que o tempo inteiro faz um jogo e deixa o espectador atento às mudanças de comportamento dos personagens, suas atitudes, e o faz imaginar o que está acontecendo, podendo torcer ora para o médico, ora para o paciente.
Ao final, muitos vão se perguntar como não notaram, nas sutilezas das cenas, os indícios sobre o desfecho. Sob a batuta do mestre Scorsese (especialista em blockbuster, mas que ultimamente tem se contentado com filme que não seja o típico arrasa-quarteirão, o que não é sinônimo de má qualidade, que fique claro), “Ilha do Medo” é uma excelente produção, um filme de gênero que reúne elenco de primeira linha, acompanhado de figurino de época para situar o tempo, efeitos especiais para criar o clima tenso, bom roteiro e, voilà, direção impecável.
Nenhum comentário:
Postar um comentário