segunda-feira, 20 de abril de 2009

Um Louco Apaixonado


Tatiana Babadobulos

Na bilheteria, “Um Louco Apaixonado” (“How to Lose Friends & Alienate People”) não foi nada bem. Estreou em 27 de março e, menos de um mês depois, ele já saiu de cartaz. O problema, em minha opinião, não é porque o filme é ruim. Ao contrário. Gosto do humor inglês interpretado pelo protagonista Sidney Young (Simon Pegg). No filme, ele faz um jornalista da revista Post Modern Reviews, cujo esporte favorito é ironizar e flagrar gente famosa em atos obscenos. A redação funciona em uma sala bagunçada. No entanto, sua sorte começa a mudar quando o editor de uma revista de grande circulação em Nova York o convida para trabalhar e levar o seu humor ácido junto.

Daí pra frente já dá para imaginar o que vai acontecer, mas o mais interessante são os diálogos engraçados, o bom humor presente quando está em cena, as confusões que causa com sua musa Sophie Maes (Megan Fox). Mas é com a jornalista Alison Olsen (Kirsten Dunst) que ele aprende a lidar com as celebridades norte-americanas e a correr atrás do seu verdadeiro sonho.

Dirigido por Robert B. Weide, que praticamente está estreando no cinema, uma vez que ele havia feito séries de televisão e apenas um filme, que na verdade foi um documentário em preto e branco, um dos problemas de “Um Louco Apaixonado”, em primeiro lugar, foi a troca do título.

Não me canso de perguntar por que a distribuidora brasileira não optou pelo título literal, uma vez que a fita é baseada em um livro que também foi publicado no Brasil sob o título “Como Fazer Inimigos e Alienar Pessoas”, de Toby Young (Editora Record, 384 páginas, R$ 41)?

Não li o livro ainda (ele está na mesa de cabeceira), mas o filme tem um final piegas. Durante o tempo todo ele vai bem, mas no final escancara a pieguice na tela. Ainda assim, é um filme divertido, bom para rir das trapalhadas do personagem que tira sarro das celebridades, usa o humor sarcástico para debochar de Hollywood e das revistas de fofoca. Pena que o público não entendeu e, portanto, não prestigiou a produção.

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