Antonio Carlos Egypto
Um
novo cinema está sendo lançado no bairro da Liberdade, em São Paulo, o cine
Sato ou Sato Cinema. Vinculado ao
edifício da Bankyo – Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência
Social – e ao Museu Histórico da Imigração Japonesa, com entrada direto pela
rua São Joaquim. Portanto, um cinema de
rua. Administrado pela Sato Company,
estará dedicado à exibição de filmes japoneses, principalmente, mas ampliando
para coreanos e chineses, ou seja, produção audiovisual asiática.
Com
equipamentos atualizados para boa qualidade de projeção cinematográfica,
ocupará um auditório que desenvolve outras atividades e eventos, além do cinema
e que, incluindo o mezanino, é uma sala de 1100 lugares. Pelo menos no início de suas atividades, a
programação do cinema estará reduzida aos finais de semana. No mês de julho, com cinco sessões aos
domingos, nos dias 16, 23 e 30.
A
julgar pela sala de espera montada, o destaque será para as animações,
envolvendo super heróis asiáticos, títulos do acervo da Sato, clássicos de
Bruce Lee, por exemplo, e novos lançamentos.
Os primeiros filmes que estão previstos na programação incluem “O Deus
do Cinema”, um belo filme do diretor Yôji Yamada, exibido recentemente em São
Paulo. Os outros títulos são “The
Promised Neverland”, um filme de ação, aventura e drama, inspirado numa série
mangá, “Human Lost”, uma ficção científica passada no ano 2036, e “Kamen Rider
Zero One: Real X Time”, envolvendo ação e ficção científica, em exibição
dublada. Os demais passam
legendados. Todos são produções
japonesas recentes.
A
ideia de um novo cinema de rua na Liberdade faz lembrar do histórico cine
Niterói, que, de 1953 a 1968, na rua Galvão Bueno, teve um papel fundamental na
difusão do cinema e da cultura japonesa na cidade, quando pouco se conhecia
deles, até então, no mercado exibidor da época.
E também era uma sala enorme.
O
problema é a viabilidade de um cinema com mais de mil lugares nos dias de hoje,
algo que não existe mais em São Paulo.
Ainda que restrito aos finais de semana, poucos dias de exibição por
mês, não é fácil trazer um público tão grande à sala de cinema. O desafio é enorme. A Sato parece confiante no êxito e na
ampliação da empreitada. Tomara que
esteja certa na sua ousadia. O momento é
de comemoração e marca também o 115º. Aniversário da imigração japonesa no
Brasil.
Muito legal!
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