Antonio Carlos
Egypto
SOUVENIR (Souvenir). França, 2016.
Direção e roteiro: Bavo Defurne.
Com Isabelle Hupert, Kévin Azaïs, Johan Leysen, Carlo Ferrante. 90 min.
Em “Souvenir”, uma empregada numa fábrica de tortas
passa seus dias botando enfeites em bolos, de forma mecânica e tediosa. Leva uma vida simples e um tanto isolada.
Um novo colega de trabalho, no entanto, se convence
de que ela é uma cantora que fez sucesso alguns anos atrás e se envolve
amorosamente com ela.
Isabelle Hupert, no papel da operária/cantora, é
brilhante. Deixa em seu desempenho uma
dúvida constante. Trata-se, de fato, da
mesma pessoa? Como é possível? Ela transmite a ambiguidade da situação com
precisão e em uma atuação minimalista, sutil.
Digna de seu grande talento.
Que bom que os filmes em que ela atua são sempre
lançados por aqui. Hupert tem muitos fãs
no Brasil. Que devem ter torcido, como
eu, para que ela ficasse com o Oscar por seu papel no filme “Elle”. Mesmo sabendo que isso não aconteceria.
Deu Emma Stone, por “La La Land”. Algo parecido com o que aconteceu , em 1999,
quando Fernanda Montenegro, por “Central do Brasil”, perdeu para Gwyneth
Paltrow, por “Shakespeare Apaixonado”.
Um absurdo! De qualquer modo, as
duas grandes atrizes, Isabelle e Fernanda, ganharam o reconhecimento em escala mundial,
com a indicação. É sempre bom lembrar: o
Oscar é um prêmio da indústria, não da arte.
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