Antonio
Carlos Egypto
Já está acontecendo o 24º. Festival Internacional de
Curtas-Metragens de São Paulo. O evento,
já tradicional, reúne este ano mais de 400 filmes de 50 países, distribuídos em
sessões com 5 ou 6 curtas, cada uma, de diferentes mostras. Há a mostra panorama paulista, dedicada ao cinema que é feito no Estado, há a
mostra Brasil, que cobre a maioria
dos estados brasileiros, a mostra latino-americana
e a internacional. Além dessas, há uma série de mostras
temáticas, como cinema de desbunde, estado crítico, black brasil, dark side, libercine, etc. É tanta opção, que é difícil escolher. E é tudo gratuito, com ingressos distribuídos
antes de cada sessão.
Os cinemas que exibirão os filmes são o Cinesesc, a
Cinemateca Brasileira, o Museu da Imagem e do Som, o Espaço Itaú Augusta, o
Cine Olido, o Centro Cultural São Paulo e o CINUSP. Há também cursos, encontros e debates, e o cinema na comunidade, sendo apresentado
em vários CEUs e centros culturais da zona leste da cidade. Além disso, a mostra itinerante chegará às cidades de Sorocaba e Votorantim.
Na abertura, realizada ontem (22/08/2013), foram
exibidos cinco filmes selecionados, que puderam mostrar a criatividade da
produção em curta-metragem e o seu caráter de experimentação.
CALCUTTA TAXI, do Canadá e Índia, é brilhante, ao
compor uma história que surpreende a cada momento dos 20 minutos do filme. O brasileiro MALÁRIA, de Edson Onda, usa a
linguagem gráfica com enorme talento e criatividade, nos seus 6 minutos de
duração. Um bando de girafas, numa
sequência de mergulhos acrobáticos radicais, é o tema do francês 5 METRES 80,
de 6 minutos. A MULHER QUEBRADA, do
Uruguai, cria, em 8 minutos, um suspense bem eficiente. E WALKING THE DOGS, da Inglaterra, apresenta
um diálogo da rainha com um homem simples do povo, no Palácio de Buckingham. São 25 minutos de um papo interessante entre
alguém que tem toda a fama e conhecimento e alguém sem nenhuma. Um momento de felicidade da rainha foi
passear com seus cachorros. Hoje leio
notícia no jornal, dando conta de que a presidenta Dilma saiu de moto passeando
por Brasília, sem que, praticamente, ninguém soubesse. Coisas banais, inacessíveis à solidão do
poder, lá e cá.
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