terça-feira, 2 de abril de 2013

Jack: O Caçador de Gigantes


Tatiana Babadobulos




Jack: O Caçador de Gigantes (Jack The Giant Slayer). Estados Unidos, 2013. Direção: Bryan Singer. Roteiro: Christopher McQuarrie e Dan Studney. Com: Nicholas Hoult, Eleanor Tomlinson, Stanley Tucci, Ian Mcshane, Bill Nighy, Ewan Mcgregor. 114 minutos.
 

Contos de fadas estão ganhando cada vez mais versões modernas nos cinemas. Recentemente, o clássico “Branca de Neve e os Sete Anões” (primeiro longa-metragem de animação, com direção de Walt Disney) estreou com Charlize Theron no papel da rainha má em “Branca de Neve e o Caçador”. Teve também “Espelho, Espelho Meu”, com Julia Roberts no papel da madrasta. Já Chapeuzinho Vermelho foi representada por Amanda Seyfried, em “A Garota da Capa Vermelha”.

Agora é a vez de “João Pé de Feijão” ganhar sua versão não apenas moderna, mas principalmente hi-tech, no longa dirigido por Bryan Singer (“X-Men”), “Jack: O Caçador de Gigantes” (“Jack The Giant Slayer”).

A essência do conto está todo lá: garoto plebeu recebe, como pagamento por seu cavalo, feijões mágicos e, quando a princesa do reino aparece em sua humilde casa, os feijões são molhados e os são levados para outro mundo.


A questão é como esta história clássica é contada na tela grande, em uma época na qual o fundo verde é frequentemente utilizado em Hollywood. Isso significa que a fita é praticamente toda feita com inserções digitais, de modo que os atores contracenam sozinhos e usando o que a imaginação mandar. Somente na pós-produção as imagens computadorizadas serão inseridas e a mágica será feita.

Não se trata, porém, de a utilização da tecnologia ser um problema no cinema. Ao contrário. Os longas de animação que são sucesso de público e crítica estão aí para mostrar o que o computador é capaz de fazer em benefício da história. Em filmes live action (com atores), a tecnologia é largamente utilizada com animações e também no uso da captação do movimento, que é quando o ator simula o movimento e chips são colocados em seu corpo para captar o movimento. Exemplos são os movimentos do ator Andy Serkis, responsável pela performance do Gollum, em “O Senhor dos Anéis”, e dos macacos, em “Planeta dos Macacos: A Origem”.


Neste ano, o Oscar de Melhor Filme e Melhor Diretor foi dado para o longa que mais utilizou animação em sua produção. “As Aventuras de Pi”, de Ang Lee, conta a história do garoto que precisa conviver com o tigre em alto mar e as cenas do animal são todas geradas por computador.

No caso de “Jack: O Caçador de Gigantes” aconteceu a mesma coisa. Jack (Nicholas Hoult, de “X-Men – Primeira Classe”), depois de conhecer e se apaixonar pela princesa Isabelle (Eleanor Tomlinson), precisa lutar contra os gigantes que encontra no outro mundo para se soltar e retornar. No meio do caminho, ele vai viver deliciosas aventuras, lutar contra guardas do palácio, como Elmont (Ewan McGregor, de "Guerra nas Estrelas"), que estão apenas interessados no dinheiro.

O filme traz ainda a versão 3D, que dá um toque de aventura a mais na projeção, que pode ser uma boa sessão da tarde.

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