Tatiana Babadobulos
Jack: O Caçador de Gigantes (Jack The Giant Slayer).
Estados Unidos, 2013. Direção: Bryan Singer. Roteiro: Christopher McQuarrie e
Dan Studney. Com: Nicholas Hoult, Eleanor Tomlinson, Stanley Tucci, Ian
Mcshane, Bill Nighy, Ewan Mcgregor. 114 minutos.
Contos de fadas estão ganhando cada vez mais versões modernas nos cinemas. Recentemente, o clássico “Branca de Neve e os Sete Anões” (primeiro longa-metragem de animação, com direção de Walt Disney) estreou com Charlize Theron no papel da rainha má em “Branca de Neve e o Caçador”. Teve também “Espelho, Espelho Meu”, com Julia Roberts no papel da madrasta. Já Chapeuzinho Vermelho foi representada por Amanda Seyfried, em “A Garota da Capa Vermelha”.
Agora é a vez de “João Pé de Feijão” ganhar sua versão não apenas
moderna, mas principalmente hi-tech, no longa dirigido por Bryan
Singer (“X-Men”), “Jack: O Caçador de Gigantes” (“Jack The Giant Slayer”).
A essência do conto está todo lá: garoto plebeu recebe, como pagamento por
seu cavalo, feijões mágicos e, quando a princesa do reino aparece em sua
humilde casa, os feijões são molhados e os são levados para outro mundo.
A questão é como esta história clássica é contada na tela grande, em
uma época na qual o fundo verde é frequentemente utilizado em Hollywood. Isso
significa que a fita é praticamente toda feita com inserções digitais, de modo
que os atores contracenam sozinhos e usando o que a imaginação mandar. Somente
na pós-produção as imagens computadorizadas serão inseridas e a mágica será
feita.
Não se trata, porém, de a utilização da tecnologia ser um problema no
cinema. Ao contrário. Os longas de animação que são sucesso de público e
crítica estão aí para mostrar o que o computador é capaz de fazer em benefício
da história. Em filmes live action (com atores), a tecnologia é largamente
utilizada com animações e também no uso da captação do movimento, que é quando
o ator simula o movimento e chips são colocados em seu corpo para captar o
movimento. Exemplos são os movimentos do ator Andy Serkis, responsável pela
performance do Gollum, em “O Senhor dos Anéis”, e dos macacos, em “Planeta dos
Macacos: A Origem”.
Neste ano, o Oscar de Melhor Filme e Melhor Diretor foi dado para o
longa que mais utilizou animação em sua produção. “As Aventuras de Pi”, de Ang
Lee, conta a história do garoto que precisa conviver com o tigre em alto mar e
as cenas do animal são todas geradas por computador.
No caso de “Jack: O Caçador de Gigantes” aconteceu a mesma coisa. Jack
(Nicholas Hoult, de “X-Men – Primeira Classe”), depois de conhecer e se
apaixonar pela princesa Isabelle (Eleanor Tomlinson), precisa lutar contra os
gigantes que encontra no outro mundo para se soltar e retornar. No meio do
caminho, ele vai viver deliciosas aventuras, lutar contra guardas do palácio,
como Elmont (Ewan McGregor, de "Guerra nas Estrelas"), que estão
apenas interessados no dinheiro.
O filme traz ainda a versão 3D, que dá um toque de aventura a mais na projeção,
que pode ser uma boa sessão da tarde.
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