sábado, 18 de junho de 2016

O QUE HÁ PARA VER NOS CINEMAS


Antonio Carlos Egypto


Os dias têm estado frios, o que pode desestimular uma ida ao cinema.  Com efeito, as bilheterias caem na mesma proporção em que a temperatura baixa.  Mas não será por falta de opção.  Em São Paulo, há várias mostras em cartaz, bons filmes já comentados aqui no cinema com recheio e salas confortáveis em muitos lugares.  Vamos dar uma passada rápida em algumas dessas opções.

Festival Varilux de Cinema Francês 2016
Em exibição até 22 de junho, no Cinearte, no Cinesala, Itaú Augusta, Frei Caneca e Pompeia, Kinoplex Itaim, CEU Tiradentes, Cinemark Villa Lobos e Caixa Belas Artes. 
São pre-estreias do cinema francês contemporâneo, além de algumas mostras específicas e debates com a participação de diretores, atores e atrizes dos filmes apresentados.
“Lolo, o Filho da Minha Namorada”, “Chocolate, Um Amor à Altura”, “Marguerite” e “Flórida” foram objeto de crítica no cinema com recheio, neste mês de junho.  Confira.



5ª. Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental
Até 29 de junho, no Reserva Cultural, Belas Artes, Cinemateca Brasileira, Centro Cultural São Paulo, cine Olido, Biblioteca Mário de Andrade e no recém-lançado Circuito SpCine, que atinge muitos pontos periféricos da cidade, por meio de CEUs e Fábricas de Cultura.
São cerca de 100 filmes de mais de 20 países, todos tratando das questões ambientais, ecologia e condições de existência no planeta terra, incluindo alguns filmes históricos, que já vinham abordando a temática várias décadas atrás.

6º. Panorama de Cinema Suíço
Até o dia 22 de junho, o Cinesesc traz, como ocorre anualmente, uma programação do cinema suíço atual, com filmes de 2014, 2015 e 2016, também com a participação de realizadores.  O Centro Cultural do Banco do Brasil SP segue até dia 26 e o do Rio de Janeiro, até o dia 27.

Entretodos Festival de Curtas de Direitos Humanos – 9ª. edição
Até o dia 22, o Circuito SpCine também promove a exibição de 25 curtas, 19 nacionais e 6 internacionais, que tratam das questões de direitos humanos, de gênero, da condição feminina e do combate à violência.  Há uma mostra infanto-juvenil, que inclui questões como racismo, bullying e empoderamento feminino.


Filme Lituano

Filme da Lituânia
Ainda dá tempo de ver “Paz Para Nós em Nossos Sonhos”, filme lituano de Shanuras Bartas, que faz um interessante trabalho envolvendo desencantos, frustrações, rotinas extenuantes, brigas familiares insuportáveis, fome e transgressões, em relacionamentos amorosos que se desintegram.  A fotografia pálida, em cores, dá a dimensão do drama existencial dos personagens.
Também está em cartaz, com crítica postada aqui, “Na Ventania”, da Estônia, que é uma obra de arte.  Bons exemplos da diversidade cultural que, felizmente, estão chegando até nós.


Trago Comigo


TRAGO COMIGO, filme nacional
E, para concluir, vale a pena ver “Trago Comigo”, de Tata Amaral.  Por meio do personagem Telmo (Carlos Alberto Riccelli, em grande desempenho), um ex-diretor de teatro, que se afastou desse trabalho para exercer funções burocráticas, volta à cena e tem de encarar uma parte importante, esquecida, negada, que foi o período em que atuou na luta armada contra a ditadura militar.  O drama do personagem, incluindo o confronto com os atores que representam as novas gerações incapazes de captar aquele grave momento da vida nacional, é o drama do país, que ainda não encarou e enfrentou plenamente um passado cheio de consequências que continuam nos assombrando.



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