Tatiana Babadobulos
A Sombra do Inimigo (Alex Cross). Estados Unidos, 2012. Direção: Rob Cohen. Roteiro: Marc Moss, Kerry Williamson. Com: Tyler Perry, Matthew Fox, Rachel Nichols. 101 minutos
Perseguição, morte, vingança. Esses são os elementos básicos do thriller “A Sombra do Inimigo” (“Alex Cross”), longa-metragem que estreia nesta sexta-feira, 7, nos cinemas.
Alex Cross do título é um psicólogo que trabalha como detetive de homicídios na cidade onde mora, Detroit. Antes de envolver o espectador com a perseguição ao serial killer (Matthew Fox, da série “Lost”, visivelmente mais margro), porém, o longa envolve a plateia psicologicamente, fazendo com que cada um que acompanha a trama esteja do lado do bem, ou seja, do psicólogo, da polícia.
Isso porque Cross (Tyler Perry) se mostra humano quando quer dizer a uma detenta que ela não deve assumir o crime que não cometeu, além de mostrar como é um bom filho, bom marido e vai ser novamente um bom pai, já que sua esposa espera um bebê.
Cross trabalha com o melhor amigo e também parceiro, Tommy Kane (Edward Burns), e com a detetive Mônica Ashe (Rachel Nichols). Os três vão se armar para descobrir os passos do assassino e para quem trabalha.
Esses elementos juntos fazem com que o espectador se curve e se solidarize com o seu sofrimento e com as ameaças à segurança de sua família. Ou seja, se envolva com o longa-metragem dirigido por Rob Cohen para conhecer como será o final da história.
A fita segue pesada na ação e nas perseguições e leve no desenvolvimento dos personagens, principalmente do serial killer. Pouco se sabe sobre ele e o que motiva os seus atos. Outro problema da fita são os diálogos fracos e as bobagens que o detetive só repete pra provar que sabe sobre o que está falando. Cinema tem imagem e, portanto, o espectador vê o que ele está fazendo.
No início, as cenas parecem soltas, mas algumas fazem sentido, como a menina na prisão, o lutador magricelo que ouve sobre guerra e sexo antes de subir no ringue.
Outras cenas têm um pouco de humor e citações luxuosas, como a de Jean Reno que, em uma de suas participações na fita, oferece conhaque ao policial, que recusa. Mas Reno insiste: “É um Louis XIII”, referindo-se a um dos melhores exemplares da bebida preparada pela francesa Rémy Martin.
“A Sombra do Inimigo” discute família, vingança e amizade. A fita até prende o espectador, porque quer saber até que ponto segue a loucura do matador e para quem ele trabalha. Com roteiro baseado no romance “Cross”, de James Patterson, a fita tem direção de fotografia do brasileiro Ricardo Della Rosa, em sua estreia nos Estados Unidos.
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