quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Bel Ami - O Sedutor

 Tatiana Babadobulos


Bel Ami - O Sedutor (Bel Ami). Reino Unido, França e Itália, 2012.  Direção:Declan Donnellan e Nick Ormerod. Roteiro: Rachel Bennette. Com: Robert Pattinson, Uma Thurman e Kristin Scott Thomas. 102 minutos


Na Paris de 1890, o jovem Georges Duroy (Robert Pattinson) tem a intenção de ganhar dinheiro para melhorar de vida, depois de servir o exército francês, na Argélia. Quando vai se divertir, encontra o Forestier (Philip Glenister, de “Cruzada”), um homem influente, vê sua vida mudar.

É a história de Duroy que o longa-metragem “Bel Ami – O Sedutor” (“Bel Ami”) vai contar. Com o primeiro centavo que ganha, troca por uma noite com a prostituta. E é naquela cidade, cheia de oportunidade e dinheiro, que ea trama vai se desenvolver. É o próprio Forestier quem o alerta: “Paris está lotada de dinheiro”.

Depois de participar do jantar na casa de Forestier para o qual é convidado (e se atrapalhar com os talheres), Duroy conhece as damas da sociedade parisiense, as donas do dinheiro e da palavra, e vai trabalhar no jornal “La Vie Française”, cujo editor de política é o próprio Forestier. Com ajuda de madame Forestier (Uma Thurman, de “Pulp Fiction – Tempo de Violência”), ele escreve a sua primeira e é contratado. É dela, aliás, a sugestão para escrever o “Diário Oficial da Cavalaria”. Com dinheiro nas mãos, ele pode comprar o que quiser. Se envolve com a nata da sociedade com o objetivo de largar a vida de pobre.

Com direção a quarto mãos dos estreantes Declan Donnellan e Nick Ormerod, “Bel Ami – O Sedutor” é baseado no livro de Guy de Maupassant, publicado em 1885, e escrito pela roteirista Rachel Bennette. A trama é bem construída e mostra a sociedade baseada em poderes, mas mostra que com sedução muitas coisas podem mudar, mesmo que para isso não existam consequências nem fidelidade.



O protagonista deixa a desejar, principalmente quando os diálogos não ajudam, em momentos nos quais prefere apenas olhar e sorrir ao invés de dizer algo para construir a cena. Falta espontaneidade, de modo que muitas passagens parecem forçadas e pouco convincentes. Por outro lado, a direção de arte e o figurino se destacam, já que trata-se de um filme de época.

É em busca de poder e dinheiro que o anti-herói criado no século 19 segue. Neste filme, porém, segue falando inglês, embora a história toda se passe na França, com personagens daquele país, mas com atores, em sua maioria, britânicos.

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