sexta-feira, 14 de outubro de 2011

LEON CAKOFF



Antonio Carlos Egypto

É triste, muito triste, a notícia que tivemos hoje da morte de Leon Cakoff.  Homem de poucas palavras e badalações e de muita ação, realizou um trabalho cultural magnífico, ao longo dos 35 anos da Mostra Internacional de Cinema.  Todos nós, cinéfilos, especialmente os de São Paulo, somos devedores do seu tirocínio cinematográfico.  Em época de vacas magérrimas e censura ditatorial, ele trazia o respiro e o alargamento de horizontes em que bebíamos sedentos.  Se hoje isso parece até mesmo dispensável, é porque suas conquistas mudaram a história da exibição de cinema no Brasil.

Ele tem o grande mérito de difundir, na prática, a diversidade cultural, o multiculturalismo, por meio do cinema como expressão artística, meio de comunicação e reflexão sobre todo o mundo e sobre nós mesmos.  Os frutos do seu trabalho estão aí, palpáveis, evidentes.  Fará falta, é claro, mas cumpriu muitíssimo bem a sua missão.

A 35ª. Mostra Internacional de Cinema de São Paulo começa agora, alguns dias após sua morte, em 22 de outubro próximo.  Vamos a ela, que sempre nos enriquece, mas também em homenagem a seu idealizador – Leon Cakoff -- e à sua companheira, Renata de Almeida.

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