
Está marcado no calendário maia, instituído séculos atrás, que, depois de 21 de dezembro de 2012, não há mais nada. Ou talvez haja. Enfim, é baseado no fato de que o mundo vai-se acabar a partir de um grande dilúvio que desenvolve o longa-metragem “
A fita se desenrola a partir de 2009, quando a alta cúpula dos Estados Unidos e de grandes nações do mundo começam a perceber o perigo que a humanidade corre. Então, os dias vão se passando, até que 2012 chega e tudo o que eles precisam fazer é colocar em prática o que determinaram tempos antes.
Para contar essa história, o diretor Roland Emmerich (de “
Ao retornar para casa,
“
Outro enfoque dado por Emmerich é extremamente político, pois envolve os altos escalões de vários países do mundo. Mas a liderança, como não poderia deixar de ser, é dos Estados Unidos. O local seguro escolhido para eles se salvarem não por acaso é a China, o país emergente que cresce sem parar. E a história segue sempre com foco na família, dando um caráter mais humano e de maneira a envolver o espectador e fazê-lo se enxergar naquela confusão, naquela catástrofe natural que acabará atingindo a todos.
Para reunir todas essas catástrofes, o diretor se valeu da tecnologia e dos inúmeros efeitos especiais para projetar terremotos, inundações, destruição de cidades inteiras. E essas inserções começam a ser forçadas, como o voo pilotado pelo cirurgião plástico a beira do caos total, as explosões etc.
Aos brasileiros, foi dedicada uma sequência bastante breve (que ilustra o cartaz de divulgação do filme), que é quando são transmitidas imagens da queda do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, direto da televisão local.
“2012” não é um filme composto por diálogos bem-construídos, ao contrário. O arrasa-quarteirão serve mesmo para escancarar as imagens na tela grande e fazê-las contar a história. Neste quesito entra também o fato de não se precisar de atores excepcionais. Em todo caso, Cusack consegue interpretar direitinho o papel que transita entre o pai de família fracassado e o herói que vai salvar a família da catástrofe. Assim como Danny Glover mantém a serenidade para tomar a decisão tal como um presidente que quer fazer o bem para o povo americano.
O longa-metragem é cheio de clichês previsíveis e escancara as imagens impossíveis na tela. Durante duas horas e meia o espectador vai acompanhar cenas repletas de ação e terá o sentimento de que tudo ali é irreal. Porém, quem sai de casa para assistir a um blockbuster americano sobre o fim do mundo não pode esperar outra coisa.
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