Antonio Carlos
Egypto
INSUBSTITUÍVEL (Médicin
de Campagne). França, 2016. Direção: Thomas Lilti. Com François Cluzet, Marianne Denicourt,
Isabelle Sadoyan, Christophe Odent. 102
min.
O Dr. Jean-Pierre Werner (François Cluzet) é um médico dedicado, que trabalha numa
comunidade rural da França, há 30 anos.
O que ele faz é o que no Brasil denominamos de saúde da família. Ou seja, ele vai às casas dos pacientes,
enfrenta caminhos difíceis, mau tempo, atende todo tipo de emergências e é
muito querido na localidade. O seu
trabalho é muito eficaz, de modo que será muito difícil substituí-lo quando uma
doença o incapacitar para uma atividade como essa, tão exigente e
desgastante. Só que ele se orgulha do
que faz e atua com prazer.
Quando a situação se coloca, o conflito se
estabelece. Ninguém é insubstituível,
mas Nathalie (Marianne Denicourt), a médica recém-formada que chegou, também
vai mostrar seu talento, mas de outra forma.
Terá muito a aprender com ele, mas também terá o que ensinar a ele. Dessa
relação e do trabalho que farão juntos, com
todas as dificuldades previsíveis, resultarão novas sínteses na vida
deles e na da comunidade que atendem.
O filme é muito realista ao abordar o trabalho
médico, suas exigências, sua dedicação, a importância que tem e o quanto
gratifica o profissional que o exerce com seriedade. Compreensível. O cineasta Thomas Lilti já tinha dirigido
três curtas-metragens, antes de se formar em medicina. Dedica-se ao trabalho como diretor e
roteirista, mas segue praticando a medicina.
Ele sabe do que está falando. O
cinema tem a ganhar com isso. O filme
exibe essa competência. Mas tem, também,
dois ótimos protagonistas, François Cluzet e Marianne Denicourt, que valorizam
muito seus papéis.
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