quarta-feira, 15 de março de 2017

INSUBSTITUÍVEL


Antonio Carlos Egypto





INSUBSTITUÍVEL (Médicin de Campagne).  França, 2016.  Direção: Thomas Lilti.  Com François Cluzet, Marianne Denicourt, Isabelle Sadoyan, Christophe Odent.  102 min.



O Dr. Jean-Pierre Werner (François Cluzet)  é um médico dedicado, que trabalha numa comunidade rural da França, há 30 anos.   O que ele faz é o que no Brasil denominamos de saúde da família.  Ou seja, ele vai às casas dos pacientes, enfrenta caminhos difíceis, mau tempo, atende todo tipo de emergências e é muito querido na localidade.  O seu trabalho é muito eficaz, de modo que será muito difícil substituí-lo quando uma doença o incapacitar para uma atividade como essa, tão exigente e desgastante.  Só que ele se orgulha do que faz e atua com prazer.

Quando a situação se coloca, o conflito se estabelece.  Ninguém é insubstituível, mas Nathalie (Marianne Denicourt), a médica recém-formada que chegou, também vai mostrar seu talento, mas de outra forma.  Terá muito a aprender com ele, mas também terá o que ensinar a ele. Dessa relação e do trabalho que farão juntos, com  todas as dificuldades previsíveis, resultarão novas sínteses na vida deles e na da comunidade que atendem.


O filme é muito realista ao abordar o trabalho médico, suas exigências, sua dedicação, a importância que tem e o quanto gratifica o profissional que o exerce com seriedade.  Compreensível.  O cineasta Thomas Lilti já tinha dirigido três curtas-metragens, antes de se formar em medicina.  Dedica-se ao trabalho como diretor e roteirista, mas segue praticando a medicina.  Ele sabe do que está falando.  O cinema tem a ganhar com isso.  O filme exibe essa competência.  Mas tem, também, dois ótimos protagonistas, François Cluzet e Marianne Denicourt, que valorizam muito seus papéis.



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