Antonio
Carlos Egypto
INTERESTELAR (Interestelar). Estados Unidos, 2014. Direção: Christopher Nolan. Com Matthew McConaughey, Anne Hathaway, Jessica Chastain, John Lithgow, Ellen Burstyn, Michael Caine. 169 min.
Se você gosta de ficção científica e de aventuras
espaciais, certamente vai curtir “Interestelar”, o novo blockbuster em cartaz nos cinemas.
É uma suntuosa produção, dirigida por um cineasta que já tem muitos fãs
no Brasil: Chistopher Nolan, que fez a série “Batman”, “A Origem” e “Amnésia”,
entre outros.
O filme mostra o que seria uma viagem a outras
galáxias, especulando a partir de conceitos científicos existentes, como os
polêmicos buracos negros. E a tal viagem
seria indispensável para a humanidade, uma vez que a vida na Terra já teria se
exaurido. Os humanos convivem com
insuportáveis níveis de poluição, invadidos por uma poeira permanente, entre
outras desgraças. Daí a missão de viajar
para fora desta galáxia, para descobrir se a humanidade poderia ter futuro além
das estrelas.
Como diz o personagem Cooper (Matthew McConaughey),
“não é porque a humanidade nasceu na Terra que ela deve morrer aqui”. Essa sobrevivência dos humanos, de qualquer
modo, tem um plano A e um plano B. Tudo
depende do que se encontrar do outro lado.
A aventura dá muitas voltas, mas retorna a uma
espécie de essência, que envolve fortes vínculos familiares. Como diz o diretor Nolan, “quanto mais longe
vamos ao espaço, mais essa viagem se torna sobre o que somos e o que é o ser
humano”.
O espetáculo está garantido: belas imagens, que
ganham grande impacto na tela Imax, e mergulha-se no espaço intergalático. Nolan não abusa da tecnologia digital para
produzir tal espetáculo. Ele cria
bastante na realidade não-virtual. Por
exemplo, as tempestades de poeira que atravessam o filme são produzidas
concretamente, obrigando os atores a conviver com elas de fato. Fica menos artificial do que de costume,
neste tipo de filme.
Beleza e aventura não faltam, pesquisa e assessoria
especializada para lidar com as noções científicas, também não. O elenco é igualmente bom, de nomes que se
destacam na produção hollywoodiana atual, como Anne Hathaway, Jessica Chastain
e o protagonista Matthew McConaughey, com direito a um papel para Michael
Caine, como o professor Brand. A duração
do filme, no entanto, é excessiva. Quem
não curte especialmente esse gênero de filme vai acabar se cansando. Quase três horas de filme é demais. Se a trama fosse mais condensada, seria
melhor, mais impactante e atraente.
Possibilitaria uma edição mais enxuta, fortalecendo o entretenimento.
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