Antonio Carlos Egypto
1979. O Irã se
livra do regime opressivo, comandado pelo Xá Reza Pahlevi, com a vitória da
revolução islâmica, que levou ao poder o regime dos aiatolás, sendo Khomeini o
primeiro e mais importante deles. A
opressão tomaria outro rumo no país, mas não se extinguiria.
Nesse momento histórico, no entanto, os ventos
traziam mudanças e um sentimento de vingança contra o Xá. E contra os Estados Unidos, que não só tinham
dado todo o suporte àquele regime ditatorial, como recebiam o Xá em seu país,
como exilado. O Irã buscava a extradição
dele. A população resolve agir e,
quebrando qualquer protocolo diplomático, invade a embaixada americana em Teerã
e faz 52 reféns. Esses viverão um longo
cativeiro, de que as notícias da época dão conta.
Só que no processo de invasão da embaixada, 6
norte-americanos, que lá estavam, escaparam e obtiveram refúgio na casa do
embaixador canadense. Soube-se depois
que haviam voltado aos Estados Unidos, sãos e salvos. Mas como? Isso foi uma história secreta, só
revelada pelo presidente Bill Clinton, em 1997.
Os fatos se passaram durante o governo Jimmy Carter.
A história do resgate dessas 6 pessoas é tão incrível
e absurda, que seria inteiramente inverossímil, não fosse que é...
verdadeira. Hollywoodiana em todos os
sentidos, maluca, mesmo. Essa é a
narrativa do filme “Argo”, dirigido e estrelado por Ben Aflleck.
Difícil imaginar uma história melhor do que essa, que
envolve a produção de um filme fictício, o tal “Argo”, para lograr o resgate de
cidadãos que estavam entre a vida e a morte e arriscaram tudo. Assim como a CIA e o Departamento de Estado
arriscaram a própria reputação.
Se a história é mesmo fascinante, a realização do
filme, nem tanto. O suspense é muito intenso e bem realizado, as tiradas de
humor, adequadas e oportunas, sem comprometer a credibilidade da tal trama
absurda. Destaque para o trabalho,
sempre notável, de Alan Arkin e John Goodman.
Só que o filme segue em tudo as convenções de gênero. O que mais incomoda é aquele mais do que
manjado final em que tudo tem de se resolver no último instante do último
minuto. Sendo que o final é, obviamente,
previsível.
Não dá para esperar demais de um filme com tais
características. É curtir a história,
aprender algo novo, que ainda não estava plenamente divulgado, e que
surpreende.
Boa dica, vou assistir.Está passando em quais salas de cinema?
ResponderExcluirFica aqui uma dica, de a sala de cinema onde está passando a fita comentada.
Isso fica por conta de cada um na sua cidade, consultando a programação local nos jornais, revistas ou internet.
ResponderExcluir