quarta-feira, 7 de novembro de 2012

ARGO


Antonio Carlos Egypto


ARGO (Argo).  Estados Unidos, 2011.  Direção: Ben Affleck.  Com: Ben Affleck, Bryan Cranston, Alan Arkin, John Goodman, Victor Garber, Tate Donovan, Clea Duvall.  100 min.


1979.  O Irã se livra do regime opressivo, comandado pelo Xá Reza Pahlevi, com a vitória da revolução islâmica, que levou ao poder o regime dos aiatolás, sendo Khomeini o primeiro e mais importante deles.  A opressão tomaria outro rumo no país, mas não se extinguiria. 

Nesse momento histórico, no entanto, os ventos traziam mudanças e um sentimento de vingança contra o Xá.  E contra os Estados Unidos, que não só tinham dado todo o suporte àquele regime ditatorial, como recebiam o Xá em seu país, como exilado.  O Irã buscava a extradição dele.  A população resolve agir e, quebrando qualquer protocolo diplomático, invade a embaixada americana em Teerã e faz 52 reféns.  Esses viverão um longo cativeiro, de que as notícias da época dão conta.



Só que no processo de invasão da embaixada, 6 norte-americanos, que lá estavam, escaparam e obtiveram refúgio na casa do embaixador canadense.  Soube-se depois que haviam voltado aos Estados Unidos, sãos e salvos.  Mas como? Isso foi uma história secreta, só revelada pelo presidente Bill Clinton, em 1997.  Os fatos se passaram durante o governo Jimmy Carter.

A história do resgate dessas 6 pessoas é tão incrível e absurda, que seria inteiramente inverossímil, não fosse que é... verdadeira.  Hollywoodiana em todos os sentidos, maluca, mesmo.  Essa é a narrativa do filme “Argo”, dirigido e estrelado por Ben Aflleck.



Difícil imaginar uma história melhor do que essa, que envolve a produção de um filme fictício, o tal “Argo”, para lograr o resgate de cidadãos que estavam entre a vida e a morte e arriscaram tudo.  Assim como a CIA e o Departamento de Estado arriscaram a própria reputação.

Se a história é mesmo fascinante, a realização do filme, nem tanto. O suspense é muito intenso e bem realizado, as tiradas de humor, adequadas e oportunas, sem comprometer a credibilidade da tal trama absurda.  Destaque para o trabalho, sempre notável, de Alan Arkin e John Goodman.  Só que o filme segue em tudo as convenções de gênero.  O que mais incomoda é aquele mais do que manjado final em que tudo tem de se resolver no último instante do último minuto.  Sendo que o final é, obviamente, previsível.



Não dá para esperar demais de um filme com tais características.  É curtir a história, aprender algo novo, que ainda não estava plenamente divulgado, e que surpreende.

2 comentários:

  1. Boa dica, vou assistir.Está passando em quais salas de cinema?
    Fica aqui uma dica, de a sala de cinema onde está passando a fita comentada.

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  2. Isso fica por conta de cada um na sua cidade, consultando a programação local nos jornais, revistas ou internet.

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